Em Outubro passado, o Ministério Público emitiu um mandado de captura internacional com o objectivo de deter Hélder Bataglia, presidente da ESCOM, por suspeita de ter transferido vários milhões de euros para uma conta de Carlos Santos Silva, o famoso mecenas de José Sócrates, milhões que tinham como destinatário o ex-primeiro-ministro, como alegado pagamento de luvas relacionado com o processo Vale do Lobo, do qual é accionista. Refugiado em Angola, onde os negócios da ESCOM continuam a rolar, Bataglia está protegido pela lei angolana que impede a extradição de cidadãos angolanos, nacionalidade que partilha com a portuguesa.
O processo Vale do Lobo não é, contudo, o único a envolver o nome de Hélder Bataglia, que vê o seu nome associado também ao caso Monte Branco, que envolve gente tão distinta como José Oliveira e Costa, Duarte Lima, Dias Loureiro, Ricardo Salgado, José Sócrates, Armando Vara e uns quantos oligarcas de Luanda. Até o impoluto Medina Carreira viu o seu nome associado ao caso que tem no seu centro o fundo de gestão de fortunas Akoya, um esquema de branqueamento de capitais e fraude fiscal, do qual Bataglia era sócio.
Hélder Bataglia chegou a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito do caso BES, onde com naturalidade explicou aos deputados que o BES e a ESCOM, a que presidia, montaram um esquema para fugir aos impostos com o incontornável negócio dos submarinos, o tal que coloca gregos e alemães atrás das grades mas que não surte qualquer efeito nos portugueses envolvidos. Foram distribuídos 27 milhões de euros pela corte de Ricardo Salgado e a fuga ao fisco foi feita através de um fundo criado para o efeito no Panamá, mais tarde regularizada com a benção parlamentar do bloco central.
Segundo o jornal Expresso, o procurador Rosário Teixeira pretende ouvir Hélder Bataglia no âmbito da investigação da Operação Marquês, considerado uma testemunha-chave no processo. Porém, o presidente da ESCOM exige imunidade e, ao que tudo indica, o procurador até está disposto a concedê-la. Bataglia teme ser preso, e bem, porque quem não deve não teme e os factos não abonam em seu favor. É pouco provável que, estando em todas, seja apenas uma inocente vítima apanhada nas malhas do sistema. Uma vítima que, não por acaso, se recusa a viajar até Lisboa sem que lhe seja garantida imunidade. Estranho que para se prender um (José Sócrates) se esteja disposto a deixar outro escapar.
A “justiça” tem buracos que não lembra ao careca, mas lembrou aos deputados que a aprovaram!!. O homem dos robalos está preso por 20 anos e bem , mas para quem ele trabalhava anda soltinho e impante com o beneplácito dos tudologos e trolls deste moralizado país.
E os seus amigos ligados ao BES e ao BPN também…
‘Estranho que para se prender um (José Sócrates) se esteja disposto a deixar outro escapar.’??
Estranho?
Entre quem se diz servidor público e quem nunca a tal se propôs não há diferença?
Não é o primeiro a fazer tal exigência.Pinto da Costa quando viu Valentim Loureiro ser detido pela Polícia judiciária fugiu para Espanha a aguardar notícias,só quando o seu advogado negociou com o Procurador do processo e este lhe garantiu que se Pinto da Costa se apresenta-se o ouviria e ficaria em liberdade é que o “DONO DO PORTO” regressou de Espanha,e efetivamente ficou em liberdade,por isso TRISTE PAÍS QUE NINGUÉM TE RESPEITA!
‘Estranho que para se prender um (José Sócrates) se esteja disposto a deixar outro escapar.’??
Estranho?
Entre quem se diz servidor público e quem nunca a tal se propôs não há diferença?
Só mesmo um cretino …