Pedro Passos Coelho afirmou ontem que, caso ainda estivesse no poder, estaria a “bombar” para que a crise ficasse cada vez mais para trás. Não haja dúvida que o Passos na oposição é sempre um Passos mais colorido e cheio de amanhãs que cantam. Ele é os impostos que não vão aumentar, os anéis que não devem ser vendidos, os salários e as pensões que não são para ser cortados e até a social-democracia parece encontrar uma nesga para se escapulir da gaveta onde coabita com bolas de naftalina e cadáveres de ratazanas. Agora este registo orientado para um público mais jovem é que não lhe conhecia. Quando li a peça do DN, imaginei logo um Passos Coelho de camisola de alças branca, dois pratos a girar, mão direita bem esticada no ar e 50 mil watts de potência a bombar no after hours da Universidade de Verão da JSD. Deixo-vos com o remix que poderia ter sido o hit do Verão passado em Castelo de Vide mas que provavelmente acabou censurado pelo lápis azul. Tinha tudo para ter bombado!
Quando ouvi Passos Coelho falar assim, lembrei-me logo dos comentários jocosos/ críticas que os meus alunos fazem aos pais que usam expressões afins: bué, fixe, “cool”, etc. Acham que eles ficam ridículos. E eu subscrevo inteiramente.
Caro Pedro,
A bastonária da enfermagem, quiçá, depois da “geringonça” parir, poder ser álbum com “eles no sítio”, a destapar o sol.
Aproxima-se o fim da opacidade.
Saia dela, caro Pedro.
O seu tempo é outro!