Abre hoje, 2 de Abril

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O humorista “de,pu,tado”

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Ricardo Araújo Pereira vai perder o emprego. Nem ele, com todo o seu génio, consegue bater o famoso “de,pu,tado” Duarte Marques.

No dia 28 de Março, há uns longínquos 3 dias, o famoso “de,pu,tado” dizia:
“É lamentável o que está a ocorrer em Angola com a prisão de alguém apenas por discordar do regime. Aguardamos a indignação do Bloco de Esquerda e o seu pedido de ingerência por parte do governo português nesta situação. Também aguardo a reação do partido-irmão do MPLA, o PCP, e dos primos do PS com quem partilham a cadeira na Internacional Socialista. “

Um nojo

Os votos contra do PSD e do CDS já se esperavam. Afinal de contas, enquanto governo foram os partidos que mais incentivaram esta relação pedante que temos com o regime angolano: censuras e violações à parte, a relação que aqueles partidos criaram com o regime angolano pode ser explicada com recurso a uma analogia de tasca, ou seja, aquele bebedo que já não tendo fichinhas para ir ao balcão malhar meio-porto numa casa que não lhe presta fiado, contenta-se em ficar com os restos da picheira de 5 litros de Real Lavrador que os amigos trouxeram para a esplanada, ficando ali a aguar pela vez de ir beber directamente da picheira os restos para matar o vício. O Princípio Jurídico da Igualdade Soberana foi só a escusa usada pelos meninos para não cortar já uma possível ponte de entendimento futura perante o dito regime. Todos sabemos que desde a invasão ilegal do Iraque por parte das forças aliadas, o Direito Internacional serve precisamente para aqueles momentos de aflição na redondinha.

O voto contra dos deputados da CDU também não me estranhou. Arreigados até à medula ao velho pacto, os camaradas continuam a tapar a viseira aos atropelos judiciais que lá se cometem em prol de uma fraternidade sem sentido.

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Pedro Passos Coelho, a cara de pau e a eterna aposta na falta de memória dos portugueses

Despesista

No registo decadente marcado pela ironia barata que vem caracterizando os dias do fim da caranguejola, Pedro Passos Coelho afirmou ontem no Parlamento que é “bom notar a diferença entre o PM António Costa e o secretário-geral do PS António Costa”, a propósito da suposta necessidade de aprofundar as reformas estruturais apresentadas pelo governo. [Read more…]

Acima de tudo os órgãos de soberania

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Luís Montenegro, protagonista de um PSD sem rumo, a explicar a decisão de votar contra a proposta (do PS e do BE) de pedido de libertação dos ativistas angolanos, ao mesmo tempo que se condena a atitude dos tribunais e regime angolanos: fazem uma intromissão, uma ingerência numa decisão, concorde-se ou não se concorde com ela, de um órgão de soberania angolano”.
Fica para memória futura. A partir de hoje o PSD nunca aprovará, ou proporá, nenhum voto de condenação de nenhum país que tome decisões arbitrárias e contrárias aos direitos humanos, desde que essas sejam decisões de um órgão de soberania desse país. E o PSD respeita acima de tudo os “órgãos de soberania”. A liberdade, a democracia, os direitos-humanos, etc., isso será sempre secundário a partir de agora.
Mais importante do que isso – com esta declaração de Luís Montenegro – o PSD está, aparentemente, a dizer que se enganou em 2014 quando propôs a “condenação dos crimes cometidos pelo regime norte-coreano contra o seu próprio povo e lamenta as vidas perdidas às mãos de um regime autocrático e repressivo. Na verdade, esses “crimes” foram/são cometidos por “órgãos de soberania” da Coreia do Norte e condená-los é, seguindo o “raciocínio” de Luís Montenegro, uma “ingerência nessa decisão”.
Fantástico! E muito esclarecedor!

“O PSD tem de fazer o seu trabalho e não esperar nada do Presidente”

Esta frase de Paulo Rangel diz tudo sobre o que foram os mandatos de Passos Coelho e de Cavaco Silva. Um presidente de facção, que fechou os olhos a flagrantes inconstitucionalidades (orçamentos), que manteve um governo ligado à máquina (a demissão irrevogável), que deu tempo aos partidos de governo para se prepararem para eleições (não antecipou as legislativas, tal como precisava o país) e que fez todos os possíveis para que um governo minoritário governasse sem apoio da Assembleia da República e sem corresponder à vontade maioritária dos portugueses. Uma nódoa, portanto, que levou um governo ao colo.

Percebe-se que o PSD estranhe. A quem se habitou a jogar com o árbitro, custa-lhe perder a vantagem.

Transporte de emigrantes portugueses – relato na primeira pessoa

Mini bus

Joel Martins

Introdução: Sou filho de emigrante, e eu próprio já fui emigrante várias vezes, ainda que em curtos espaço de tempo.

Esta introdução serve para atenuar as críticas que se irão seguir pelo que vou escrever.

Há dois motivos muito simples para isto acontecer (o transporte de emigrantes da França e da Suíça para Portugal em mini-bus ou carrinhas ligeiras de transporte de mercadorias adaptadas):
1. A capacidade de carga: o emigrante quando vem de férias traz a mala cheia de chocolates, rebuçados, e um salpicão comprado em Espanha. É certo que se podia comprar isto num qualquer intermarche, mas recordo-me da emoção de ver o que o meu pai trazia no saco quando chegava de férias, por menos que fossem umas botas “made in portugal” compradas em França, true story …..
2. A comodidade: as “carrinhas” apanham os passageiros em casa, e largam-nos em casa, dado que muitos dos nossos emigrantes são de zonas remotas que ficam a centenas de km’s dos aeroportos.

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