O humorista “de,pu,tado”
31/03/2016 by
Ricardo Araújo Pereira vai perder o emprego. Nem ele, com todo o seu génio, consegue bater o famoso “de,pu,tado” Duarte Marques.
No dia 28 de Março, há uns longínquos 3 dias, o famoso “de,pu,tado” dizia:
“É lamentável o que está a ocorrer em Angola com a prisão de alguém apenas por discordar do regime. Aguardamos a indignação do Bloco de Esquerda e o seu pedido de ingerência por parte do governo português nesta situação. Também aguardo a reação do partido-irmão do MPLA, o PCP, e dos primos do PS com quem partilham a cadeira na Internacional Socialista. “
Hoje votou contra a proposta do BE e do PS com uma declaração de voto onde diz:
” O delito de opinião e a liberdade de pensamento não podem constituir razões para alguém ser privado da sua liberdade. São também esses os valores que estão na origem da CPLP, do Conselho da Europa e da União Europeia, três organizações das quais Portugal é membro, das quais partilha integralmente os seus princípios e valores.
Fantástico. RAP já foste, o “de,pu,tado” é muito melhor humorista e não tem vergonha nenhuma. [Read more…]
Um nojo
31/03/2016 by
Os votos contra do PSD e do CDS já se esperavam. Afinal de contas, enquanto governo foram os partidos que mais incentivaram esta relação pedante que temos com o regime angolano: censuras e violações à parte, a relação que aqueles partidos criaram com o regime angolano pode ser explicada com recurso a uma analogia de tasca, ou seja, aquele bebedo que já não tendo fichinhas para ir ao balcão malhar meio-porto numa casa que não lhe presta fiado, contenta-se em ficar com os restos da picheira de 5 litros de Real Lavrador que os amigos trouxeram para a esplanada, ficando ali a aguar pela vez de ir beber directamente da picheira os restos para matar o vício. O Princípio Jurídico da Igualdade Soberana foi só a escusa usada pelos meninos para não cortar já uma possível ponte de entendimento futura perante o dito regime. Todos sabemos que desde a invasão ilegal do Iraque por parte das forças aliadas, o Direito Internacional serve precisamente para aqueles momentos de aflição na redondinha.
O voto contra dos deputados da CDU também não me estranhou. Arreigados até à medula ao velho pacto, os camaradas continuam a tapar a viseira aos atropelos judiciais que lá se cometem em prol de uma fraternidade sem sentido.
Pedro Passos Coelho, a cara de pau e a eterna aposta na falta de memória dos portugueses
31/03/2016 by
No registo decadente marcado pela ironia barata que vem caracterizando os dias do fim da caranguejola, Pedro Passos Coelho afirmou ontem no Parlamento que é “bom notar a diferença entre o PM António Costa e o secretário-geral do PS António Costa”, a propósito da suposta necessidade de aprofundar as reformas estruturais apresentadas pelo governo. [Read more…]
Acima de tudo os órgãos de soberania
31/03/2016 by

Luís Montenegro, protagonista de um PSD sem rumo, a explicar a decisão de votar contra a proposta (do PS e do BE) de pedido de libertação dos ativistas angolanos, ao mesmo tempo que se condena a atitude dos tribunais e regime angolanos: “fazem uma intromissão, uma ingerência numa decisão, concorde-se ou não se concorde com ela, de um órgão de soberania angolano”.
Fica para memória futura. A partir de hoje o PSD nunca aprovará, ou proporá, nenhum voto de condenação de nenhum país que tome decisões arbitrárias e contrárias aos direitos humanos, desde que essas sejam decisões de um órgão de soberania desse país. E o PSD respeita acima de tudo os “órgãos de soberania”. A liberdade, a democracia, os direitos-humanos, etc., isso será sempre secundário a partir de agora.
Mais importante do que isso – com esta declaração de Luís Montenegro – o PSD está, aparentemente, a dizer que se enganou em 2014 quando propôs a “condenação dos crimes cometidos pelo regime norte-coreano contra o seu próprio povo e lamenta as vidas perdidas às mãos de um regime autocrático e repressivo“. Na verdade, esses “crimes” foram/são cometidos por “órgãos de soberania” da Coreia do Norte e condená-los é, seguindo o “raciocínio” de Luís Montenegro, uma “ingerência nessa decisão”.
Fantástico! E muito esclarecedor!
“O PSD tem de fazer o seu trabalho e não esperar nada do Presidente”
31/03/2016 by
Esta frase de Paulo Rangel diz tudo sobre o que foram os mandatos de Passos Coelho e de Cavaco Silva. Um presidente de facção, que fechou os olhos a flagrantes inconstitucionalidades (orçamentos), que manteve um governo ligado à máquina (a demissão irrevogável), que deu tempo aos partidos de governo para se prepararem para eleições (não antecipou as legislativas, tal como precisava o país) e que fez todos os possíveis para que um governo minoritário governasse sem apoio da Assembleia da República e sem corresponder à vontade maioritária dos portugueses. Uma nódoa, portanto, que levou um governo ao colo.
Percebe-se que o PSD estranhe. A quem se habitou a jogar com o árbitro, custa-lhe perder a vantagem.
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