E era isto. Boa noite!
Da manipulação da opinião pública
11/03/2016 by João Mendes
Filed Under: política nacional Tagged With: imprensa, opinião pública, Uma Página Numa Rede Social
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um […]
“Morta por dentro, mas de pé, de pé como as árvores” e (peço desculpa pela javardicezita) “Prefiro morrer de pé do que votar no Luís André“. A primeira dá o mote. A outra… A outra… A outra (ui!), valha-nos Nossa Senhora da Agrela.
OK. Já agora, como é que ficou aquela história do “agora facto é igual a fato (de roupa)”? Alguém sabe? É para um amigo.
É o tema do II Congresso dos Jovens da Família do Coração Imaculado de Maria. Aguardo as conclusões para ficar a saber se sou homem, se sou mulher e se sou de verdade.
Às escondidas. Aguarda-se o anúncio de um feriado nacional dedicado ao terrorismo fascista.
Para ouvir com bolas de naftalina nos ouvidos.
Greve geral nas redacções – página do Sindicato dos Jornalistas.
que pode acompanhar neste link. As primeiras notas, inevitavelmente, dizem respeito ao crescimento da extrema-direita.
Mesmo que não se confirme, o facto de André Ventura apresentar o nome de Miguel Relvas como aliado diz-nos tudo sobre a farsa anti-sistema que o seu partido tenta vender.
de José Pacheco Pereira, regressemos a A São solidária e a função diacrítica de há uns tempos.
Ainda sou do tempo em que o preço do azeite subiu porque mau tempo, más colheitas, imposto é roubo e socialismo. Afinal, era só o mercado a funcionar.
Depois do debate Mariana Mortágua/André Ventura vários comentadores em várias TVs comentaram o dito, atribuindo notas. Sebastião Bugalho, depois de dizer que MM mentiu, diz que ela ganhou o debate. Desde que começou a escrever no Expresso, Sebastião Bugalho marcelizou-se.
Vivi tempo suficiente para ouvir o Ventura dizer que a IL é o partido dos grandes grupos económicos – o que também não é mentira – quando é financiado pelos Champalimaud e pelos Mello.
Depois de o PSD ter anunciado que Luís Montenegro não irá comparecer nos debates frente a PCP e Livre, surge a notícia de que o Sporting CP, SL Benfica e o FC Porto não irão comparecer nos jogos frente a Casa Pia, Rio Ave e Portimonense.
Todos lemos e ouvimos. Todos? A excepção é um canal de televisão cujo estatuto editorial pode ser lido aqui.
A Coreia do Norte tão longe e aqui tão perto…….
Ah! A culpa é da CS de Lisboa! Sim, porque nós somos dragões!
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Esse enviesamento é grave, grave, grave. Manipula a opinião pública e anestesia Portugal. É subversivo, é antidemocrático, é inimigo da sociedade civil. Usa a receita de Salazar, a de alimentar a ignorância. É uma pena não haver maneira de o desmantelar.
1. Não é obrigatório aplaudir? Não, claro que não. Mas seria uma bofetada de luva branca, um gesto de fair play, sobretudo vindo de quem lutou (e bem) pela legitimidade democrática da actual solução governativa.
2. No dia da tomada de posse, aplaude-se a figura do Presidente, não a sua encarnação momentânea. E o Marcelo também tem legitimidade democrática.
3. Finalmente, se sabemos que existe enviesamento, mais uma razão para não darmos à direita pretextos para embandeirar em arco. Essa do “vocês também não respeitam o «nosso» Presidente (o da AR)” é um argumento fraquinho, que não faz mais do que perpetuar o ambiente de crispação. Alguém havia de elevar os padrões e eu esperaria que fosse a esquerda.
Eu tenho uma opinião diferente, sobre os aplausos, e neste caso em particular, a sequência da acção seria esta:
– Discurso de tomada de posse – (expectativa);
– Discurso de despedida – (aplauso ou vaia), consoante o caso.
É que, “As palavras voam e os escritos ficam” que é como quem diz – as acções!
Claro, respeito institucional!
Veja-se a eleição do Presidente da Assembleia da República, e os fortes aplausos de pé das bancadas Pafiosas à eleição de Ferro Rodrigues e ao seu discurso, sem sequer pôr em causa a sua legitimidade ou nada que se pareça. E a Comunicação Social atenta a ver se os deputados Pafiosos batiam palmas? Veja-se igualmente o modo respeitoso com que se dirigiram, na sua tomada de posse, ao primeiro-ministro apoiado por uma maioria parlamentar, e portanto eleito democraticamente, com termos da mais absoluta reverência e respeito democrático como “usurpador de poder” ou “primeiro-ministro, vírgula”.
Veja-se o modo digno como tratam a Constituição da República Portuguesa, e o Tribunal que zela pelo cumprimento da mesma, e como “nunca” em quatro anos desceram o nível, nem puseram em causa esse órgão de soberania, no modo como reagiram às suas decisões, que por algum motivo (vá-se lá saber), eram sempre sistematicamente contrárias às intenções dos Pafiosos.
Mas há que dar a mão à palmatória, beatas na missa a ver quem não faz o sinal da cruz ou quem na Assembleia não está a aplaudir o discurso do Sr Dr. Prof., nisso são imbatíveis.
Quem gostar de ver unaminismos e ovações entusiastas com cheiro a naftalina, tem bom remédio. De certeza que a RTP tem em arquivo as sessões da Assembleia no tempo da União Nacional. O espiríto de concenso era magnífico, até mesmo em torno de um tal Marcelo.
Em democracia, não. A democracia prima pela diferença, pela rejeição do pensamento único.