Há duas linhas de defesa a serem usadas quanto ao tiro nos pés que Passos Coelho deu em si mesmo.
A primeira é que ele não mentiu. Foi induzido em erro e cometeu uma gafe. Poderíamos discutir se quem propaga uma mentira estará ou não a mentir, mas nem precisamos de por aí entrar. Passos Coelho afirmou que soube de um suicídio por “notícia particular”, que terá recebido de “pessoa de família”. Acreditando nas declarações de João Marques, que afirmou ter sido ele a levar Passos Coelho ao engano, então houve uma mentira factual e intencional. Assunto arrumado.
A outra linha de defesa é a relativização, pela afirmação de que Costa também mentiu. Apesar de não seguir atentamente tudo o que se diz, não me surpreende que assim seja. Mas este é um argumento que apenas serve para controlo de danos, procurando desviar a atenção do essencial: a mentira de Passos e a precipitação ao tentar tirar dividendos políticos da desgraça alheia.
Como já antes referi, continuem assim que Geringonça agradece.
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