Acordei num sobressalto, agitado com taquicardia, transpirado de gotículas de medo.
Sonhara-me rodeado por uma enorme turbe que me apontava o indicador aos berros dessincronizados, para me obrigarem a convencer-me de que o crime de assédio sexual era apanágio exclusivo dos heterossexuais e, dentre esses, apenas dos do sexo masculino!
Eram cada vez mais e mais cerca de mim me cercavam, elevando a berraria com um aumento fantasioso daqueles indicadores de unhas irrepreensivelmente limpas e envernizadas.
Fugi cobardemente acordando, talvez para lhes tirar a força para me obrigarem a convencerem-me de que não seremos todos iguais, independentemente da preferência sexual.
Depois daquele primeiro momento, apaziguei-me, por querer crer ter sido apenas um pesadelo, por crer não haver já pessoas acordadas que possam pensar assim.
imagem: pormenor de “Ghoul’s Night Out” de Christine Wu
Uma gaja desconhecida uma vez apalpou-me o cú.
Eu gostei.
Perguntei-lhe se lhe pudia retribuir.
Ela disse que não.
Será que estou em negação dos meus direitos?
https://youtu.be/ohtCKeNuiI8
Gosto da música, mas acho que não é pergunta que se faça a uma senhora.
https://m.youtube.com/watch?v=1oVSvigpcPI
Ahahahah…, boa!