BES, pescas, agricultura, IP5…
Motivações do eleitorado
No próximo Domingo os brasileiros irão muito provavelmente derrotar o candidato do PT. Fartos de corrupção, de insegurança, da crise, a expectativa dos eleitores é mudança. Para muitos, a eleição de Jair Bolsonaro é consequência, a grande motivação passa pelo afastamento do PT, que consideram prioritária, fundamental e necessária para uma mudança no Brasil. Por muito que alguns desconfiem de Bolsonaro, a vontade de afastar o PT fala mais alto. [Read more…]
Um país civilizado faz leis contra mim
Se uma besta qualquer agredisse alguém que me seja querido, independentemente das razões, o meu desejo mais profundo e superficial seria o de conseguir levar a dita besta a sofrer dez vezes mais do que a vítima. Se fosse possível, gostaria, ainda, que todo o processo fosse lento, demorado e publicado em todas as redes sociais, com vídeos e fotografias suficientemente horripilantes para que o mundo inteiro pudesse assistir a todas as sevícias a que sujeitaria sadicamente a besta.
Isto faz de mim uma má pessoa? Sim, faz. Faz de mim uma pessoa normal? Penso que sim, porque o animal que está dentro de nós convive mal com o perdão. A lei de talião está-nos no sangue.
Ora, a civilização é um esforço, não é uma natureza, mesmo que queira sê-lo. O mundo é, no fundo, a ilha do Dr. Moreau: se não houver regras, comemo-nos uns aos outros. As leis existem para que o lobo que (também) sou seja obrigado a comportar-se como um homem.
Um homem, especialmente se for um agente da autoridade, não publica fotografias de criminosos em situação de fragilidade, porque isso já é uma forma de vingança, é, para ser meigo, feio. As leis obrigam à defesa da dignidade mesmo daqueles que se comportaram de modo indigno. As leis feitas contra mim impedem-me de agredir – e há fotografias que são agressões – os criminosos.
Defender isto não é o mesmo que defender o direito de roubar, agredir ou torturar. Concordo, em princípio, com a afirmação da Associação Sócio-Profissional da Guarda: os criminosos não são merecedores do mesmo respeito que o cidadão comum. Por isso é que devem ser condenados, que esse é o respeito que merecem os criminosos. O que for para além disso é indefensável.
Finalmente, não porque seja politicamente correcto, mas só porque é correcto, leia-se a Posição do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas sobre a divulgação de imagens de suspeitos em situação humilhante.
Sejam bem-vindos ao esgoto virtual da direita radical, onde laranjas e nazis chafurdam lado a lado
A peça é do DN mas teve ecos um pouco por toda a imprensa nacional. Resumidamente, a reportagem revela que várias páginas de Facebook, alinhadas à direita e amplamente conhecidas pelas fake news que publicam, pela deturpação de informação e pelo ataque cerrado e constante a tudo o que mexe à esquerda da ala mais à direita do PSD são propriedade de uma só pessoa: João Pedro Rosas Fernandes, aparentemente o primeiro empresário português do sector das fake news. Isto, claro, se exceptuarmos a esmagadora maioria dos partidos políticos e as agências de comunicação que produzem mentiras e outros tipos de esterco por encomenda. [Read more…]
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