Celebro, sim, sem qualquer mas, grato, sempre e muito, ao MFA, os militares que nos conduziram ao fim da ditadura moribunda do Estado Novo e nos ofereceram, através do seu programa, a Liberdade, individual e associativa, e a Democracia.
Quem diz celebrar este dia com “ah, mas o PREC” ou com “ah, mas só com o 25 de Novembro”, não está ainda preparado para sentir que o MFA, que mais tarde se dividiu, é certo, foi quem nos ofereceu a possibilidade de tudo o que nós fizemos após 25 de Abril de 1974.
Foi o 1º Dia, o primeiro Dia da Liberdade, após 48 anos de ditadura e é apenas esse dia que neste Dia celebro sem reserva alguma.
E celebro sim, com a Grândola que o João Mendes já colocou e com a marcha “A Life on the Ocean Wave”, de Henry Russel, adoptada como Hino do MFA!
…o verdadeiro espírito…do 25 de Abril evaporou-se há décadas….!!!
Pois V. Exa…
É que se evapora todos os dias. Então quando come feijoada…
…E o do estado Novo há séculos !
Evaporou-se nada. Dos esgotos à luz, da mortalidade infantil e maternal ao aumento da esperança de vida em 14 anos, da liberdade individual à liberdade criativa, mas sobretudo à liberdade da mulher, tão bem expressa no prémio pessoa a essa notável cientista chamada Elvira Fortunato, algo completamente impensável há menos de 5 décadas, protestamos o nosso mundo de hoje porque esquecemos ou ignoramos o que éramos.
A democracia é um lego. Vai-se construindo aos poucos.
A democracia é um lego. Vai-se construindo aos poucos.
As peças devem ter algum defeito: até agora só montaram uma partidocracia chula e corrupta, uma cidadania infantil que delega todas as decisões numa espécie de monarquia 2.0, onde pulhíticos e mamões são os novos aristocratas.
Fala de liberdade, esgotos e avanços técnicos como se fossem grandes vitórias deste regime: como esperava que fosse, num país da Europa Ocidental no séc. XXI?
A sua análise está de pernas para o ar – comparado ao que devia ser, este país é uma bela trampa. Ainda há dias vimos um ex-PM digno da América do Sul prestes a sair impune.