A regionalização é ainda assunto de melindre e pouco consentâneo, mas os países regionalizados evidenciam características particulares que permitem à União Europeia conhecer e responder melhor às populações locais.
Ontem e hoje, por exemplo, ficámos a saber que a Região Autónoma da Madeira entrou, e bem, na “lista verde” da Irlanda, de Inglaterra e Escócia, situação que só poderá acontecer às duas regiões autónomas que temos, tendo o Continente agregado como um todo, com todas as NUTS (regiões) a influenciarem-se negativa e positivamente umas às outras.
Penso ser tempo de repensar com ponderação a questão da regionalização, sem esquartejar o país em quintais como tentaram outrora, mas tão-só reconhecer as regiões de Portugal que a União Europeia já reconhece.
Para mais, com a bazuca anunciada, faria todo o sentido que cada região pudesse decidir como investir para melhor rentabilizar os investimentos estruturais.
Entretanto, e a talhe de foice, parece muito bem avisado irmos rapidamente e em força para Sevilha!
Não conheço o Carlos Araújo Alves, mas acredito que viva noutro país, talvez a Finlândia ou a Dinamarca. Em Portugal não vive de certeza… ou então é um incurável ingénuo.
A regionalização é “assunto de melindre”, Carlos, porque vivemos numa partidocracia a saque por uma classe pulhítica de chulos e corruptos, entende? E quanto mais caciques tiver a chular e a estourar, maior o saque e a bandalheira.
“Investimentos estruturais”, Carlos, é o nome pomposo que dão às esmolas europeias que usam para comprar os Audis e BMWs, entende? Para saber que regiões mamam mais ‘investimento estrutural’ é só ver a frota dos pulhíticos locais.
“Em força para Sevilha”, Carlos, só vão carneiros. E chulecos do bordel paralamentar, sempre prontos para mamar viagens à borla, porque sabem que estão acima da lei enquanto a ralé tem de gramar a histeria covideira. Entende, Carlos?
Não só a UE reconhece, como, por razões práticas, já existe em várias, mas sem o controlo democrático ou reconhecimento oficial de quem manda, ou sequer obrigação de colaborar e não fazer cada um por si.
Nunca a regionalização em Portugal deve ser uma realidade. Os defensores da regionalização, hoje em dia, são comparados aos que defendem a ideia, que as mudanças climáticas, não existem. Todos sabemos que as mudanças climáticas são uma realidade e quem apregoa o contrário, são apenas, aqueles que são pagos pelas companhias petrolíferas (mas não só), para dizer bem. Assim, gostaria de lhe colocar a seguinte questão :
– Quem lhe paga, ou que tenciona lucrar com a regionalização?
Pois, nos dias de hoje, só quem espera lucrar muito dinheiro com a regionalização é que continua a defender a regionalização.