Neo-liberal-capital: as Marteladas bilionárias

Desde 1980 (antes também, mas marquemos o barómetro aqui, porque Thatcher+Reagan=amor infinito) que se tem assistido a um cavalgar do capitalismo selvagem, imposto pelas políticas neo-liberais, o que levou à abertura do fosso, já de si grande, entre os muito ricos e os pobres e muito pobres. Para além disso, a narrativa dominante demonstra uma aporofobia asquerosa, de rejeição e hostilização do Ser que é pobre, negando-lhe acesso aos mais elementares direitos básicos de sobrevivência, assim como o hábito de inculpar o pobre por ser pobre, ao invés de se inculpar o sistema capitalista vigente há mais de quatro décadas.

Thatcher e Reagan, os dois maiores expoentes de um neo-liberalismo colonial entre as potências ocidentais; Fotografia retirada do site Aventuras na História

  • Uma pessoa, associação ou partido político defende que toda a gente deveria ter direito e acesso a uma habitação condigna, água e luz a preços acessíveis: radical!

 

Fotografia: DW.

  • Um senhor calvo, com semelhanças arrepiantes com o Dr. Evil, explora milhares de trabalhadores e gasta bilhões de euros numa viagem ao espaço, apenas para proveito próprio e vê a sua acção apoiada por certas pessoas, associações e partidos políticos: empreendedor!

Imagem de Humans of Late Capitalism.

Assim vai o mundo…

Comments

  1. JgMenos says:

    «toda a gente deveria ter direito…»
    Eis o grande contributo da cambada que nunca sabe fazer porra nenhuma sobre a qual possa construir-se o objecto de um direito.
    Não fosse a iniciativa e o esforço dos que pensam em iniciativas de acção e não em direitos sobre a acção dos outros, e este tipo de gente ainda vagueava por aí a apanhar amoras e o mais que a terra lhe desse.

    E sentem-se grandes, os cretinos!

    • João L Maio says:

      Major Silva Pais,

      Já sabemos todos, por aqui, que não crê nos direitos fundamentais.

      Sabemos, por contrário, que gosta muito de se ajoelhar perante fascistas. Para quê não sei, o sô Silva Pais lá saberá melhor do que eu por que razão tem esses joelhos todos esfolados e os cantos da boca todos assados.

      • POIS! says:

        Ó João maio, tenha calma!

        Não espante a caça, por favor!

        Agora que eu tinha começado uma coleta para se enviar o JgMenos para o espaço é que você resolve implicar com atividade?

        É a nossa última oportunidade! Já pedi orçamentos ao Musk e ao Bezos. Deixe lá passar a coisa que, depois, a gente contesta.

    • Paulo Marques says:

      Engraçado, não sabem fazer porra nenhuma mas criam riqueza todos os dias, mais ainda quando saem. Coisas.
      Mas pronto, já que é contra ditar as acções dos outros, deve ser contra patentes, direitos de autor, e direito de propriedade, presumo.

  2. Filipe Bastos says:

    Ver assim Thatcher e Reagan, juntinhos e sorridentes enquanto escavacavam o mundo por gerações, tem algo de estranhamente nostálgico. O Maio não deve perceber, não viveu os 80s.

    Afirmações como “toda a gente deveria ter…” têm resposta fácil dos Jgs desta vida: sem os ‘criadores de riqueza’, os Bezos e Belmiros, nada haveria para distribuir. É a defesa da desigualdade.

    Não se pode mudar tudo; que tal começar por uma coisa? Eu digo: limitar a riqueza. Ninguém deve ganhar ou ter mais de X. Quanto é X? Um valor razoável, de preferência referendado, com base no salário e na riqueza média do país. Comecemos por aí.

    Tem de se começar por algum lado. Também admito prescindir de uma democracia mais directa: para já, não seria mau apertar a trela à canalha pulhítica. Comecemos por aí.

    • JgMenos says:

      Esquerdalho na alma, mas com algum sentido do real, dá esta mistela que, aos que não têm limites para o quanto fazer se lhes diz: não te alargues ou far-te-ei parar.
      Logo se lhes põe como única alternativa, limitarem-se ou corromper as regras da manada a que toda a grandeza ofende!

    • Paulo Marques says:

      Um Moro em cada esquina e um Pazuello em cada ministério, e isto andava.

    • Filipe Bastos says:

      …a que toda a grandeza ofende!

      Era de esperar, Jg, essa mentalidade agachada e pacóvia que vê ‘grandeza’ em qualquer chulão ou mamão, neste caso um merceeiro online obscenamente rico e tão inseguro que precisa de lançar pilas gigantes para o espaço.

      Ainda assim, apesar dessa irreprimível vontade de lamber o cu a mamões, tente dar uso à sua dúzia de neurónios: não pode haver justificação lógica ou moral para tamanha disparidade.

      Um Moro em cada esquina e um Pazuello em cada ministério…

      Não faço ideia de qual a relação de lacaios do Bozonaro – um exemplo da sua partidocracia – com o que escrevi, mas no seu caso a estranheza é já normal.

      Repito, temos de apertar a trela à canalha pulhítica. Sobretudo ao seu caro Partido Sucateiro. O PS é a maior máfia do país.

      • Paulo Marques says:

        Até já prescinde da democracia, perdão, da democracia mais directa, desde que o triunvirato Vidal-Teixeira-Alexandre arranje qualquer coisinha a quem cheire mal à vox populi de consentimento de origem mediática, e os militares tenham mão forte em quem discorde. A bem da democracia e da igualdade, claro, pois logo cederão a serem julgados pelos mesmos critérios e nunca se repetirá, nem haverá influência estrangeira. Amen.

      • Filipe Bastos says:

        Até já prescinde da democracia mais directa…

        Enquanto a carneirada da partidocracia e idiotas úteis – terei a gentileza de não dizer lacaios – como v. e o POIS rejeitarem qualquer democracia digna do nome, que remédio senão prescindir dela? É a vida.

        Não é “qualquer coisinha que cheire mal”: são décadas de saque, corrupção, podridão e impunidade – a começar, repito, pelo seu caro Partido Sucateiro.

        Quais militares. Precisamos duma polícia política, a primeira digna do nome, para vigiar a canalha. Mas sei que isso lhe desagrada; v. é mais ‘temos de mudar as moscas’.

        • Paulo Marques says:

          Só gostava é que prestasse mais atenção, porque isso sempre deu em mudar as moscas, ou pior, diluindo o poder real em quem não sofre escrutínio nenhum.

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