Para André Ventura, o CDS é a “direita mariquinhas” . O uso do termo “mariquinhas”, associado à homossexualidade, é uma artimanha populista que visa enfraquecer e desqualificar a imagem do CDS e de Francisco Rodrigues dos Santos aos olhos do eleitorado mais conservador à direita, que Ventura disputa com Chicão e que abomina a comunidade LGBT. Uma estratégia repugnante, mas bastante eficaz.
Estou nos antípodas de Francisco Rodrigues dos Santos, mas reconheço-lhe a coragem de ter enfrentado o establishment do seu partido, num momento em que o CDS estava de rastos. Já André Ventura, o único líder partidário que passa a vida rodeado de seguranças, e que só ataca os mais fracos e desprotegidos, é o mais aproximado a um maricas – no sentido cobardolas da palavra – que a política portuguesa pariu nos últimos anos. Compará-lo a um homossexual e ofensivo para os homossexuais. Porque ser um demagogo é fácil. Ser um homossexual e enfrentar o estigma social requer um par de tomates que Ventura não tem. Tanto paleio sobre castrações e o castrado é ele.
André Ventura tem uma certa razão, na medida em que o CDS é um partido que esteve bastante bem recheado de homossexuais. A palavra “mariquinhas” na frase dele deve ser entendida no seu sentido literal, como referindo-se a homossexuais, e não no sentido figurado de pessoas fracas e medrosas. Ventura estava a referir-se a homossexuais de direita, que efetivamente se agruparam mais no CDS do que noutros partidos.
O balio não se chamará Luís Lavoura?
Esse comentário parece mesmo uma lavourada.
Não, LL. O que o Ventura queria dizer é que aos olhos dele o CDS é uma direita branda, fofinha, etc.
A cambada anda mesmo impressionada com o Ventura!
O certo é que teve tomates para ser o único a declarar-se ant-socialista e ant-corretês.
A esquerdalhada, para quem o esforço de fazer melhor sempre é ofensa ao direito à mediocridade que tanto prezam, é na normalização das anomalias que buscam uma fácil caricatura de uma qualquer transcendência,
Têm por isso boas razões para o detestar o Ventura.
Concordo e gostava de acrescentar que o Ventura tem razão.
Neste momento e depois de Portas, o CDS era a direita que a esquerda autorizava.
A Cristas podia muito bem estar no PS ou PSD que estaria perfeitamente integrada.
A comunada está a começar a “sentir passos” (adorei este trocadilho), pois pela primeira vez aparece uma direita que não autorizada pela esquerda.
A caixa de Pandora abriu-se quando pela primeira vez se ouviu na CS que tínhamos que acabar com o Socialismo para deixarmos de ser o pais mais atrasado da Europa, e consequentemente as pessoas melhorem o seu nivel de vida.
Joana Quelhas
Pois temos de reconhecer!
É um lindo romance e dará um bom argumento, não há dúvidas. Quando estreia? Estamos todos em pulgas!
Que mais irá acontecer? O Quarto Pastorinho abandona a vida religiosa e a divina missão para que foi enviado e volta para as cabras que sempre amou?
Já está no prelo e vem assinado por Joana Quelhasimov.
Ufa, alguém nos livre do socialismo de não ter direitos laborais, permitir evasão e fraude fiscal ruinosa e rendas ao privado para cumprir o papel do estado. Maldito socialismo do Portas.
“o CDS era a direita que a esquerda autorizava”
MIRN, Frente Nacional, PDC, Nova Democracia, PNR/Ergue-te e mais uns tantos.
Pelos vistos, entre nós, a esquerda tem “autorizado” muitas direitas á direita do CDS.
Fazer melhor o quê? Faltar ao emprego? Já a bancada ao lado o fazia. Lavar dinheiro? Branquear ilegalidades dos amigos até dar torto e nunca teve nada a ver com isso? A ser condenado por insultos?
O que é a “comunidade LGBT”? Porque é a que as pessoas formam uma “comunidade” em função das suas orientações sexuais? Porque é que os homossexuais têm de se sentir irmanados com outros homossexuais, e de ter mais em comum com eles do que o de se sentirem sexualmente atraídos por pessoas do mesmo sexo? Porque é que a comunada não respeita o indivíduo e tem de criar “sectores” e “comunidades” em todo o lado? Para definir as regras do grupo e denunciar os dissidentes, como fizeram com o Quintino Aires, o Goucha e o Cláudio Ramos, os “homossexuais homófobos”? Para arranjarem tachos? Disto isto, não deixa de ter a sua piada, ver os ex-fãs do Brejnev, do Fidel, do Mao e do Enver Hoxha (tudo grandes amigos da “comunidade LGBT”) com esta linguagem e conceitos importados da América. PS: ah, sim, o Ventura é cocó.
As pessoas formam comunidades para defender interesses comuns. Não é só o Mont Pelegrin que tem direito.
Porque é que os homossexuais têm de se sentir irmanados com outros homossexuais…?
Essa é fácil: porque são uma minoria com problemas em comum que sofre uma discriminação comum, logo tendem a encontrar afinidades e a juntar-se para ter mais força.
Há realmente alguns meios onde é ao contrário, heterossexuais é que estão em minoria ou parecem ser discriminados, como a TV dos Gouchas, Ramos e afins. Mas não é a norma.
Dito isto, tem razão quanto à esquerda ‘identitária’: só divide as pessoas, é um tiro no pé, um hobby de burgueses e instalados. Como o Paulo Marques tão bem ilustra.
Cá está o obrigatório post diário sobre o Ventura. O pulha goza com isto tudo. E a malta deixa-se gozar.
Mendes, parece-lhe provável que alguém que aparece rodeado de cor-de-rosa abraçado à sua coelhinha de estimação é homofóbico? Acha que atira ‘mariquinhas’ como insulto sério?
E alguém que há poucos anos criticava o “populismo” e deplorava a “estigmatização de minorias” é um xenófobo convicto?
A hipocrisia, o oportunismo é tão desastrado e tão transparente que só devia suscitar gargalhadas. Raio de país.
Sim, é para ganhar votos, e consegue-o. Por muito que isso não seja um assunto sério para o senhor.
Eu vejo o Ventura/Cabeça de Geleia mais como uma marioneta na mão de outros que cobardemente não mostram a cara, como o equiparado a catedrático Passos Coelho que o apoiou quando estava no PSD. Nunca se esqueçam disso, Passos Coelho mentirá sobre isso se necessário, mas apoiou na candidatura autárquica a Loures.
“Ser um homossexual e enfrentar o estigma social ….” Recordo que um criminoso ou assassino, pode-se queixar do mesmo. Conclusão, o autor deste texto, é defensor de todos os “coitadinhos” vítimas de “estigma social”, pois a Moral subjacente, não lhe interessa nem as consequências sociais para as pessoas, para as crianças! Nada de censura, combinados?
Pois lá está!
Lá diz o povo: palavra puxa palavra, e as palavras são como as Amoras, vêm umas atrás das outras…
“Homossexual, criminoso, assassino, crianças…”
Uma tão brilhante associação só pode ser produto da venturosa argúcia da sagaz mente como a da Dona Amora. A das monumentais Bruegas.