“ Nesta investigação, Manuel Pinho — que exerceu funções governativas entre 2005 e 2009 – é suspeito de ter sido corrompido pela dupla de executivos, que controlou a EDP entre 2006 e 2020, António Mexia e João Manso Neto. O antigo banqueiro Ricardo Salgado, também é, segundo a tese do Ministério Público, corruptor activo do antigo ministro da Economia. O antigo governante é suspeito de ter tomado várias decisões que terão beneficiado a EDP e prejudicado em 1200 milhões de euros o erário público.”
Mesmo sem ter ainda sido condenado, dá vontade de ir em manifestação para a frente da quinta onde Manuel Pinho cumpre prisão domiciliária exigir que devolva aos portugueses o valor que já transferiu para as contas em Espanha, na Alemanha e no Brasil. E mais, que peça publicamente perdão aos portugueses. Um ministro corrupto é do mais miserável que pode haver.
Custa-lhes muito a entender, mas estão lá para nos servir.
E, claro, há que boicotar a EDP, pelo menos dentro do possível (a parte comercial).
Um ministro corrupto
Mas a Ana Moreno acredita nas acusações do Ministério Público português?
É muito ingénua, Ana!
Variadas acusações do Ministério Público têm sido repetidamente deitadas para o lixo em julgamento. Não têm credibilidade.
Pois. Também o 44 é perseguido sem motivo. É uma vida difícil e injusta para pulhíticos vendidos.
Fica-me sempre a dúvida de saber se ele estava sozinho no ministério e no governo, se não havia secretários de estado, directores gerais, técnicos principais e acessórios, assessores e consultores, e toda a parafernália da governação abrilesca?
Pois não, estava sozinho!
Já para não falar da rigorosa vigilância da Direita encabeçada por esse prestigiado Grande Honorário Militante Laranjão Eduardo Catroga.
Era impossível escapar! Em cada porta estava um CMEC disfarçado.
Apoio inteiramente as justas considerações da Ana e gostaria até de ir um pouco mais longe. Se Pinhos, Salgados, Rendeiros e Cª fizeram o que fizeram, isso deve-se tb à certeza de saberem que o podiam fazer com impunidade ou quase. Daí que surja a inevitável questão. O problema está muito longe de ter a ver apenas com a corrupção ilegal. A corrupção principal é a que acontece dentro dos limites da própria lei. O chamado roubo ou cambalacho legalizado. E nisso, convenhamos, há sempre uns chicos-espertos especializados prontinhos a passar a perna seja a quem for, para que no fim seja o Zé a pagar a conta das “imparidades”. A indignação e revolta que tudo isto causa tem levado muita gente a votar no desventuras para assim manifestar a sua mais profunda aversão a tais práticas.
Apoio inteiramente as justas considerações da Ana, do joseliveira e também a pertinente questão do Jg: o Pinho não governou sozinho; também não há-de ter trafulhado e mamado sozinho.
Vou um pouco mais longe do que o joseliveira: temos de mudar as leis, temos de responsabilizar os pulhas que as fizeram, e temos de malhar nesta canalha. À cabeça, pulhíticos e banqueiros.
O facto de não estarem agora mil, dez mil, cem mil pessoas à porta do Pinho, do 44 ou do Salgado é uma vergonha para todos nós. É a certeza da impunidade. A sina dum país de cornos mansos.
Ah, bom, mais uma tese. Mal posso esperar pela avaliação oral, costumam ser bem duras para os arguentes.
Os Pinhos deste país deviam estar todos a morar na actual casa do Rendeiro em Westville, talvez os próximos Pinhos pensassem duas vezes antes de fazer merda.
O Juiz Carlos Alexandre trata-lhe da saúde amenos que, por artes mágicas, o processo vá parar às mãos do zeloso Juiz Ivo Rosa.