Mariana Mortágua, a moral e a Lei entram num bar….

Foi paga durante meses pelo comentário televisivo, o que é incompatível com a sua exclusividade parlamentar. A bloquista esclarece que não se apercebeu da regra e, depois de contactada pela SÁBADO, pediu para devolver os 10% que recebeu a mais. E agora vai abdicar do salário na SIC Notícias.

A deputada Mariana Mortágua foi apanhada em falso. Não sei se é a primeira vez. Até admito, sinceramente, que não soubesse da alteração legal. Quem nunca? Eu já fui multado por desconhecimento. Acontece.

O problema é outro. A deputada Mariana Mortágua, e muito bem, não perdoa deslizes a ninguém. Sejam eles poderosos ou meros adversários políticos. Por isso, perante a situação deveria ter pedido desculpas. Não o fez. Ainda. Pode vir a fazê-lo entretanto. Também mudou de alinhamento na questão da Ucrânia e não lhe caíram os parentes na lama. Agora, que não venha com a sua costumeira superioridade moral. Violou a Lei. Eu até penso que perante o que fez, após a denúncia da revista Sábado (corrigiu, acertou contas) está, para mim, o caso resolvido. Mesmo sabendo que a ignorância da Lei não aproveita a ninguém.

Será que aprendeu a lição? É que para ela, quando toca aos seus opositores políticos, eles não violam a lei, são logo corruptos. E o estilo desta deputada, uma espécie de guardiã da moralidade, ficou bastante manchado em tudo isto.

 

 

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Peanuts e mais peanuts é igual a peanuts.
    🥜 + 🥜 = 🥜 🥜

  2. antero seguro says:

    É extraordinário o aproveitamento político das virgens ofendidas do costume que proliferam em todos os jornais rasgando as suas púdicas vestes. Sendo de facto contrário à Lei merecendo a censura e o pronto retorno das quantias em causa. De qualquer forma não havia um único cêntimo subtraído aos nossos impostos. O que dizer daqueles caterva de deputados (PS/PSD) que andaram a anos a fio sacar dinheiro dos nossos impostos em viagens imaginárias à volta do Mundo, tendo ficado célebre o deputado Batman do PSD que conseguiu a proeza de ter dado a volta ao Mundo não em 80 dias mas apenas em 30 dias. Outros assinavam o ponto uns pelos outros para não perderem senhas de presença, enquanto outros ainda dão moradas falsas para receberem lautos subsídios de deslocação. Havia até uma deputada do PS eleita pelos circulo de Lisboa que tendo dado a morada de Paris lá ia frequentemente se calhar regar as plantas tudo à conta dos nossos impostos. A toda esta gente que os silencia, não falta vergonha, não se coibindo de fazer deste assunto uma bandeira. serão problemas de consciência?

    • Rui Naldinho says:

      O deputado do PSD eleito pelo círculo da emigração chama-se António Coimbra. Foi condenado a devolver uma boa parte do dinheiro.
      A deputada do PS que deu a morada de Paris, mas eleita pelo círculo de Lisboa, foi a actual Presidente da Câmara de Almada, Inês Medeiros.
      Mas o manancial de trapalhadas naquela AR é muito superior a esses dois casos.

  3. Lourdes Ribeiro says:

    E quando é que Ricardo Salgado devolve os milhões de milhares de pessoas que confiaram as suas poupanças num banco? Alguém se preocupa? A lei existe mas é deturpada, inadaptada e, muitas vezes, violada. Há demasiada corrupção em Portugal e fraca fiscalização… há os revisores da Carris por causa de 2€, há também a caça à multa do INEM…mas os milhares e milhões passam despercebidos e… até há perdão fiscal para os que desviaram lucros para o estrangeiro….

  4. Alexandre+Barreira says:

    Mas ó x^guarda….eu nem xabia que o xnal éra pra mim….!

  5. Paulo Marques says:

    É o tipo de trapalhadas com que vivo bem. Há quem prefira o voto quem facilita a lavagem de capital, desde que seja legal. É para isso que existem tantos partidos.

Trackbacks

  1. […] errei. Escrevi um texto com o título: Mariana Mortágua, a moral e a Lei entram num bar…. e, sem saber, induzi em erro os leitores. Passo a […]

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