Ambas as partes, Rússia e Ucrânia, apontam para um avanço significativo conducente ao cessar-fogo e ao fim da invasão russa. Estaremos perto da retirada de Putin da Ucrânia? Julgo que teremos de esperar e, pior ainda, sem saber ao certo o que esperar.
O facto de Vladimir Medinsky, líder da delegação russa nestas negociações, admitir que consideraria positivo que a Ucrânia assumisse um estatuto de neutralidade idêntico ao da Suécia e da Áustria, membros da União Europeia, mas não da OTAN, indicia que, ou pode subentender-se, a Rússia admite uma Ucrânia independente e até como membro da União Europeia.
Putin sabe, penso, que não tem condições para ocupar a Ucrânia, nem sequer de suportar um governo fantoche contra os ucranianos que, neste momento e muito naturalmente, apenas sentem revolta e ódio contra os russos, de um modo geral, e contra Putin de uma forma muito particular.
Estaremos perto do fim da guerra e da desocupação russa? Não sabemos. Continua por negociar e acordar o futuro das regiões separatistas, a Crimeia e, julgo eu, Mariupol. A Ucrânia pretende a integridade territorial; os russos querem reivindicar uma parte desse território, seja através de independência, seja através de anexação pela Federação Russa..
A ver vamos, mas louvo um acordo que mantenha a Ucrânia independente e livre de escolher o seu futuro, desde que mantenha distãncia relativamente á OTAN.
We stand with people of Ukraine e por aqueles que exigem a paz!
A Rússia sempre admitiu uma Ucrânia independente. A Rússia sempre disse que o seu objetivo não era ocupar a Ucrânia na sua totalidade, apenas retirar dela pequenas partes (o Donbass e a Crimeia são menos de 10% do território da Ucrânia original) e obter o compromisso da sua neutralidade. A Rússia ainda não abdicou de nada daquilo que originalmente pediu.
Peço desculpa, mas não posso confirmar a veracidade das suas afirmações.
No final da ronda negocial ocorrida na Turquia, Lavrov foi muito claro quando afirmou que nunca a Rússia permitiria uma aproximação da Ucrânia ao Ocidente, nem permitiria que as suas riquezas fossem exploradas por capitais ocidentais.
Isto nada tem a ver com independência da Ucrânia, antes pelo contrário, com a sua subjugação.
Não peço desculpa nem vou traduzir os discursos do Putin que antecederam a invasão.
Não osbtante parecer que se caminharia para um acordo, Zelensky recua relativamente à neutralidade futura da Ucrânia, recusando um estatuto idêntico ao da Suécia e da Áustria.
Bom, há ainda muitas vidas para o Putin ceifar!