Garantir a informação e o *contato com a comunicação social?

Sir To. Fie, that you’l say so! he playes o’ th Viol-de-gamboys, and speaks three or four languages word for word without booke, & hath all the good gifts of nature.
— Shakespeare, Twelfe Night, Or What You Will (Folio 1, 1623), aka La Nuit des Rois.

A century has passed since John Maynard Keynes called the gold standard — and by implication the idea that gold is money — a “barbarous relic”.
— Paul Krugman, The New York Times, 24 de Janeiro de 2023 (data da edição internacional, a que chega em papel a Bruxelas)

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Como é sabido, o Acordo Ortográfico de 1990 funciona como uma pedra de estimação, uma “pet rock”, como a mencionada por Krugman, no NYT, à qual alguns atribuem qualidades e defeitos inexistentes, tratando-a como se de um ente querido se tratasse. De facto, não tem valor, é uma fraude sobrevalorizada, uma “hyped-up fraud”. Mas, por aí, continuam acriticamente a dar palco aos promotores da fraude . E o palco não é o do S. Luiz.

Haja pachorra.

Efectivamente, ontem, ganhou força a teoria segundo a qual a proliferação de *fatos e *contatos na comunicação social que segue o Acordo Ortográfico de 1990 tem como origem a montra.

 

Exactamente.

Hoje, o espectáculo continua.

Hoje, de facto.

E amanhã? Previsivelmente, mais do mesmo.

Votos de uma óptima semana.

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Um hambúrguer entra num bar:

—  Era uma Super Bock, sff.
Responde-lhe o empregado:
— Desculpe, mas não servimos comida.

Sons do Aventar – O Verão Negro dos Pimentões

N.B. Por razões técnicas (um problema de concordância de género), estes Sons do Aventar foram publicados no dia seguinte ao da gravação. Por isso, “há três dias” e não “há quatro”, consequentemente, “hoje” em vez de “amanhã”, etc.

Sons do Aventar
Sons do Aventar
Sons do Aventar – O Verão Negro dos Pimentões
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O extraordinário caso do *externado com notas *inflaccionadas

Duh-dih-dih-dah-duh-dah-duh-dih-dah-dah-dah-dah.
Flea

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Trata-se de um caso extraordinário, extremamente curioso e, como outros, merecedor de distinção. Mesmo assim, cá entre nós, prefira-se *inflaccionadas a *inspeção (aliás, entre *inspeção e *externado, venha o diabo e escolha). Há razões que explicam a hipercorrecção *inflaccionadas. Nada explica *inspeção. Nada.

Os *fatos também têm explicação.

Continuação de uma óptima semana.

Nótula: João Mendes, obrigado pela notícia.

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O fim-de-semana é óptimo

La la la la la la la…
John Frusciante

Aber eine Maschine kann doch nicht denken!—Ist das ein Erfahrungssatz? Nein. Wir sagen nur vom Menschen, und was ihm ähnlich ist, es denke. Wir sagen es auch von Puppen und wohl auch von Geistern. Sieh das Wort “denken” als Instrument an!
Wittgenstein (cf. Noam Chomsky)

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Sendo certo que estamos há muito habituados a exercícios cosméticos, como rectificações no Diário da República ou este “pain in the ass” visto, apesar do “heart of glass” ouvido,

também não é menos verdade que, infelizmente, já temos como adquirida a ortografia corrompida no Diário Oficial da União… perdão, no Diário da República, uma montra daquilo que todos vêem no “portuguez lingua escripta” desde Janeiro de 2012.

Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.

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O Júri pode exigir o quê?

They are dumb proposals.
Frank Zappa

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O novo ano lectivo começa na próxima semana. Felizmente, como nos garantiram há uns anos, a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 corre sobre rodas.

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Rui Gomes da Silva lança o quê?

If collectors who don’t play guitars didn’t buy them, their value would be based on what players feel they’re worth. But when the people who would really use them don’t get the chance, it’s a real shame.
John Frusciante

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A situação é grave e os responsáveis, depois de terem ignorado os avisos, encolhem agora os ombros perante o desastre.

Depois dos contatos de ontem e do reto de hoje, de facto, não há condições.

Vou de férias.

Até breve.

Actualização (16h56 de Bruxelas): O reto já tem pê.  E o abruto também. Mas o que causa os retos e os abrutos mantém-se. Não vamos lá com cirurgia estética.

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