Portugal:

paraíso para reformados… estrangeiros. E para todos os que queiram comprar os imóveis que os portugueses no Inferno entregam por estes dias aos bancos.

A tentação

AntiDeuteronomio II

  (adão cruz)

AntiDeuteronómio II

No tempo em que as sardinheiras das varandas dos pobres faziam parte dos nossos sonhos florindo em poemas de sol e de cor no tempo em que as andorinhas teciam grinaldas de vida nos beirais no tempo em que os rios bordavam a terra de areia branca no tempo em que a brisa sussurrava por entre as flores e as fontes murmuravam seus amores a aurora da nossa inquietação tinha o cheiro a maçãs e o pulsar das coisa vivas e o levíssimo sorriso dos jardins do paraíso tudo amávamos em nobre sentimento de exaltação [Read more…]

Inferno e paraíso

O pecado original

  (adão cruz)

Quando nasceu trazia entranhados em si dois grandes pecados, o pecado original e o pecado de ter sido gerado em mãe solteira. [Read more…]

O deus do homem

(em termos de conclusão do post anterior “Que deus?”, transcrevo uma pequena parte de um texto meu, já antigo)

Negando os limites da sua própria natureza e da sua imaginação, o Homem assume-se como centro do Universo e inventa um deus, seu pai, cuja ontológica preocupação máxima, permanente e eterna, é a salvação da alma deste ridículo micróbio, desprezando todos os outros seres cuja diferença está, apenas, num número inferior de neurónios!

Admitindo absurdamente a pré-existência de tal deus, a sua revelação exclusiva ao animal-homem, repito, apenas porque os neurónios deste são mais numerosos do que os do cão ou do macaco, faz rir.

Consideram os cientistas, após as últimas fotografias das sondas que foram até Marte, que este planeta deve ter contido muita água e provavelmente vida, há milhares de milhões de anos. Se assim for…que vida? Animais com mais ou menos neurónios do que o Homem? Sem neurónios mas com outro substrato da razão que não imaginamos? Outros seres, estruturas materiais desconhecidas, mas, eventualmente, muito mais complexas do que o Homem? [Read more…]

A Madeira já não é um jardim

Quem conheceu a Madeira em 1974/5 fica assombrado com o que vê agora. A ilha foi literalmente destruída com betão! Há quem chame a isto “obra feita” mas  a verdade é que “obra” seria melhorar ou fazer desaparecer as bolsas de pobreza que persistem, manter aquele paraíso de verde e cor. Uma realidade que ninguem pode negar, nesta primeira fase o nível das condições de vida melhorou muitíssimo, o turismo cresceu muito e com ele a hotelaria, construi-se um magnifico aeroporto que já não tira o sono a tripulantes e passageiros. A partir desta primeira fase o que se constrói na Madeira é para alimentar a máquina de construção civil que existe e que precisa de obras. Há sempre mais um túnel, mais uma autoestrada, mais uma ponte em construção ou em projecto, assusta perceber que há autoestradas que correm lada a lado.   [Read more…]