FMI a caminho

Alerta no ionline: Portugal já estará a negociar com Bruxelas a ajuda externa, avança o “Financial Times”

De qualquer das formas, os socialistas já entraram em modo volte-face e já começaram a admitir a necessidade de pedir ajuda, um mês depois de termos um superávit nas contas…

Comments

  1. Não é giro vê-los em “multi-face”?

  2. Em Outubro 2010 num post intitulado “Venha daí o FMI”, defendi a vinda deste organismo para Portugal como única solução para saírmos do buraco em que estavamos. E note-se que nessa altura o buraco não era tão fundo como é agora. Neste momento estamos ao triplo da profundidade.

    Era mais do que óbvio que o Governo que nos levara àquela situação seria totalmente incapaz de nos tirar dela. Aliás, alguns (entre eles, eu) suspeitavam que, pelo contrário, o Governo poderia até agravar a coisa dada a sua incompetência e falta de credibilidade.

    Os evidentes sinais não foram suficientes para muitos entendidos na matéria. Personalidades como Silva Lopes, entre outros, rejeitavam a vinda do FMI diabolizando-a. Isso levou a que fosse criada a imagem do “papão”. Os mesmos vêm dizer hoje que é única salvação.

    Como já foi dito, o FMI é uma entidade que Portugal integra. É um organismo que serve precisamente como “seguro” em situações de aflição. Ao invés de Portugal se endividar nos mercados a ~10% poderá ter à disposição, no FMI, o dinheiro que precisa por ~3%.

    Existe um preconceito em relação às medidas que o FMI possa tomar. Acredito que a prioridade seja cortar nas despesas ao nível das benesses, consultorias, obras públicas magalómanas, etc. – onde sabemos que nunca os partidos tocarão – porque isso afecta os boys.

    Ainda assim admito que também seja necessário aumentar impostos, cortar nos benefícios sociais, reduzir salários da função pública ou tirar subsídios férias/natal. Mas qual é a novidade? A única coisa que o Governo PS ainda não tinha feito era tirar subsídios férias/natal.

    E qualquer pessoa minimamente esclarecida, consegue perfeitamente perceber que essa medida não tardaria. Se não viesse no PEC 4 viria no PEC 5 ou no OE 2012. Portanto, e sendo assim, é melhor termos um Governo PS ou o FMI a governar? Eu não tenho dúvidas.

    • jorge fliscorno says:

      Olhando para o histórico dos juros que pagamos, de 2010 até agora, é claro como água que a situação se veio agravando continuamente e que o actual desfecho era previsível.

      Quanto ao FMI, a única coisa que lhe interessa é que os cortes sejam feitos e, nesse sentido, é o governo que estiver em funções que terá a escolha de onde cortar. Naturalmente, antes da situação ser crítica há mais margem para manobra. Por isso é uma falsa conclusão dizer que FMI equivale a cortes cegos. Depende de quão grave for o estado das contas. E cá, vai-se sabendo, o estado é mau.

  3. Também é interessante ver o “Financial Times” a debitar em catadupa informação sobre Portugal.

    • jorge fliscorno says:

      Lá está, é a internacionalização. Portugal na ribalta 🙂

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