A incompetência e a desumanidade do Júri Nacional de Exames

De acordo com esta notícia do Público, uma aluna disléxica não pôde concluir o exame de Língua Portuguesa de 9º ano, porque perdeu o direito à leitura do enunciado por um professor, como recomendado “pela sua escola, pela terapeuta que a acompanha”, o que merecera “um despacho favorável da Direcção Regional de Educação do Alentejo.”

A entidade que decidiu contrariar recomendações e despachos foi o Júri Nacional de Exames (JNE). Argumento? Segundo o JNE, algumas escolas “generalizaram certas condições especiais de realização das provas de uma forma pouco criteriosa, em particular a medida ‘leitura de enunciado por um professor’”.

Este argumento faz tanto sentido como começar a prender cidadãos inocentes porque há outros que cometem crimes.

Infelizmente, esta é uma atitude recorrente nos incompetentes que gerem a Educação em Portugal: quando não sabem o que fazer, inventam uma generalização idiota e não se preocupam em analisar cada caso. Se o fizessem, correriam o risco de permitir que a humanidade presidisse a decisões fundamentais e que afectam a vida das pessoas.

Comments

  1. A dislexia sempre foi um tema sem grande relevância no ensino, a minha só foi diagnosticada no 9º ano de escolaridade. Só depois consegui o acompanhamento necessário, coisas tão simples como ter mais meia hora. Fenomenal era ter alguém para me ler os enunciados, faz toda a diferença.

  2. Pedro Marques says:

    Esses gajos são umas bestas. E são escolhidos por bestas do ME liderados por maiores bestas e Nazis do Governo que querem destruir a todo o custo a escola pública! Isto é uma afronta à dignidade escolar, ao respeito pelos alunos que têm este tipo de problemas, essas pessoas deviam ser acompanhadas por um psiquiatra porque têm problemas psicológicos gravíssimos.

  3. maria celeste ramos says:

    E há ainda quem se queixe quando se diz mal de professores – calro não serão todos mas bestas há muitas e alunos disléxicos não serão muitos – nem a prof precisa de ler o enunciado *à aluna – bastaria uma coleca – confiar ou não tem a ver com a falta de qualidade da professora é claro – a ditadorazinha – estas humilham tanto as crianças como se não bastasse já ter um problema de base – essa professora besta é que devia mudar de turma ou escola – ou os alunos que se portam “bem” darem-lhe um enxerto de gritos e palavrões – talvez assim entendesse

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