O fim do mundo não em cuecas mas na desgraça anunciada. Sete criancinhas comidas ao pequeno almoço. O horror. As prateleiras vazias nos supermercados. A tragédia. Trinta igrejas saqueadas. Enfim, o caos: em dois dias a bolsa de Atenas recupera todas as perdas desde as eleições.
Assim não há vacina que lhes valha.
Peter Paul Rubens, A Virgem no Apocalipse, (1624, para a Catedral de Freising, Alemanha
E algumas injeções letais atrás da orelha dos idosos.
Calma, essa parte é só para a semana.
E por cá?
Ainda existe esquerda capaz de dinamizar os portugueses a procurar uma alternativa ao roubo e à falta de pudor do desgoverno?
Onde está a esquerda portuguesa?
O PCP comemora os 40 anos da reforma agrária (uma coisa do milénio passado que nada diz a ninguém com menos de 100 anos de idade mental).
O Bloco desagrega-se e desfaz-se como bolo seco e bolorento. Novas cisões aparecem a cada dia (mas sempre em nome da união; claro que sim…)
PS? Eu disse “esquerda”, esses não são de esquerda desde o D.Dinis.
O que raio aconteceu à esquerda portuguesa?
Não merecemos melhor que este marasmo cinzento em que nos arrastamos?
Calma. A esquerda portuguesa está-se a vestir, já aparece para jantar.
E você já está vestido? Ou já está sentado à mesa
Está você para a lembrar e arrumar para coisas novas.
“Esquerda, direita”??? – será que isso ainda tem algum sentido? Para mim já deixou de ter. O que me parece que seria preciso, seria uma democracia mais participativa e transparente, em que votássemos mais em pessoas que em partidos, em que os políticos tivessem que dar contas de tudo o que fazem, ganham e gastam, em que as pessoas fossem chamadas a intervir e a dar a sua opinião (e que isso fosse levado em conta, claro). Tal como está o sistema, direita ou esquerda é-me indiferente…
“Esquerda, direita”??? – será que isso ainda tem algum sentido? Para mim já deixou de ter. O que me parece que seria preciso, seria uma democracia mais participativa e transparente, em que votássemos mais em pessoas que em partidos, em que os políticos tivessem que dar contas de tudo o que fazem, ganham e gastam, em que as pessoas fossem chamadas a intervir e a dar a sua opinião (e que isso fosse levado em conta, claro). Tal como está o sistema, direita ou esquerda é-me indiferente…
Falou como um verdadeiro analfabeto político. Claro que ainda faz sentido falar em esquerda e direita, faz sentido falar em luta de classes por que ela é ainda um grande desafio dos nossos tempos.
Reaccionários é que querem fazer crer que ideologias são coisas do passada, cheias de mofo, que a sociedade que vivemos é óptima e a única possível, a inevitabilidade da financeirização da economia, que acima de tudo é preciso preservar a estabilidade política. Que não podemos mudar o mundo nem a começar no nosso quintal.
Em democracia tem de haver sempre alternativas, dois lados de uma moeda. Se lhes quer chamar por outros nomes que socialismo vs. capitalismo, esquerda vs. direita, é lá consigo. Que desde Marx até aos nossos dias muito mudou e a ideologia de esquerda não são mandamentes escritos na pedra, tem que evoluir e adaptar-se tal como o “inimigo” capitalismo mudou, também é verdade.