Legislativas 2015: Sondagens mostram bipolarização num eleitorado bipolar

sondagem-legislativas-2015-20150918

Coligação PSD/CDS perde terreno para PS. Portanto, 70% dos eleitores acreditam que terão resultados diferentes continuando com com os políticos que, na sua alternância, nos trouxeram até aqui. E, destes, 35.3% querem continuar com o governo que lhes trouxe o aumento brutal de impostos, que foi além da troika porque acreditava que esse era o caminho para o país e que governou sistematicamente no limite e para além da lei.

Em circunstâncias normais estaríamos a discutir o tamanho da maioria absoluta do Partido Socialista, escreve o RMD. Acontece que não estamos em circunstâncias normais. Há o factor Cavaco Silva que fez toda a diferença. Um Presidente que fosse da República, em vez de o ser de uma facção, teria demitido este governo há muito. A bomba atómica foi usada antes e por muito menos, mas a dualidade de pensamento de Cavaco foi o garante de um governo que falhou todas as metas que se propôs atingir no início do seu mandato e que serviram de justificação para as opções ideológicas que foram tomadas.

Comments

  1. R.J.O. says:

    A esquerda do PS bem poderia estar a discutir cenários pós eleitorais.
    Preferirão uma aliança PS/PSD/CDS ou engolirão uns quantos sapos vivos e aliarem-se so PS ?

    Haverá outras alternativas, meus mui doutos senhores e senhoras ? Aventem, se fizerem favor.

    • Nightwish says:

      As propostas são as mesmas, eles que se entendam. Sem Passos, claro.

  2. JgMenos says:

    A memória vai além de 4 anos.
    De há muito se sabe que que o cálculo de que a UE pagaria a conta era falso.
    A esquerda faz o que sabe fazer: monta-se no capitalismo e quer acreditar que o pode sangrar sem limite.
    Onde está um projecto de esquerda económicamente viável e socialmente aceitável?
    Tem a Revolução? Não se ouve notícia desse projecto…

    • j. manuel cordeiro says:

      Pois vai. Vai por exemplo até 2004. Ou 2002. Ou até antes.
      Projectos economicamente viáveis? Onde é que a direita os têm? Ah tem razão. Passam por financiar bancos falidos com dinheiro público.

  3. Ricardo says:

    Parece que vão ser mais quatro anos do mesmo.. Oh Portugal…nunca vais aprender. É como se o país sofresse de uma doença e apesar de termos uma miríade de medicamentos disponível e as suas várias combinações, insistimos em tomar alternadamente sempre os mesmos dois… um dá nos uma diarreia desgraça e o outro provoca impotência sexual, mas por qualquer razão os portugueses preferem andar todos borrados ou flácidos a tentar outra coisa.
    Não sei porque raios os partidos perdem tempo a arranjar candidatos. O PSD, depois de nos ter brindado com quatro anos do mais ridículos de que há memória, podia perfeitamente colocar um chimpanzé como cabeça de lista e ainda assim conseguia na boa 30% dos votos.. às vezes só me apetece chorar..

  4. Deve ser por isso que estamos numa situação semelhante a de países bem governados, por exemplo a Grecia!! Os oculos coloridos prejudicam a vista.

    • j. manuel cordeiro says:

      E os óculos coloridos são sempre usados pelos outros.
      Já que vamos em comparações, porque insistem em comparar-nos com os que estão piores? Compare lá a nossa situação com a Irlanda, por exemplo.

  5. Joam Roiz says:

    J. manuel cordeiro: sou eleitor no círculo eleitoral de Coimbra e, apesar de alguma pesquisa, não consegui apurar qual foi o partido à esquerda do PS que esteve mais perto de eleger um último deputado nas eleições legislativas de 2011 por este círculo. Sendo eu um eleitor que vota à esquerda do PS, votar útil significa votar pelo partido (PCP ou BLOCO) que mais perto tenha estado de conseguir, considerando o método de Hondt, o último mandato remanescente. Reconhecendo que são vastos os seus conhecimentos em matéria eleitoral, muito agradecia um esclarecimento sobre a matéria. joamroizdecastelbranco@gmail.com

    • A.Silva says:

      O partido(coligação) que esteve à beira de eleger o último deputado em Coimbra foi a CDU.

      • j. manuel cordeiro says:

        Obrigado por ter esclarecido. Não tive tempo de pesquisar.

  6. Carlos says:

    Os eleitores já perceberam que, por pior que este governo tenha sido (e não foi,) é melhor confiar nele do que arriscar na aventura da esquerda, PS inclusive, que nos conduzirá ao novo resgate e a uma nova troika. Daí a vitória, e esmagadora, da coligação que as sondagens começam a prever.

    • j. manuel cordeiro says:

      Até dia 4 ainda muitos cestos se vão lavar nesta vindima.
      Sobre um tal novo resgaste, como é que ele poderia acontecer? Ora bem, basta que a dívida pública esteja descontrolada (está em mais de 130% do PIB) e os juros dispararem como em 2008. Estamos a um passo e não dependemos de nós, percebeu?

  7. A.Silva says:

    Mas estamos a falar de sondagens ou de exercícios de manipulação da opinião?
    Não aprendem com o que se passa na Grécia?

    antes do referendo as sondagens davam empate técnico entre o “sim” e o “não”, o resultado foi uma clara vitória do “não” com mais de 60%. Nas actuais eleições o empate técnico entre o Syriza e a ND que as sondagens “previam”, transformou-se numa clara vitória do Syriza com 35% frente aos 28% da ND.

    À medida que a direita fica à rasca, mais utiliza as empresas de sondagens para mentir e manipular o eleitorado.

  8. Joam Roiz says:

    A.Silva, muito obrigado pelo seu esclarecimento.

  9. martinhopm says:

    Eu só sei é que vivo pior e cada vez com mais e maiores dificuldades. Sou esmagado com impostos. Talvez por ser para este governo um homem «rico», pois recebo mais de 1.000 euros, logo um alvo a abater. Mas trabalhei dos 18 aos 66 anos, descontando sobre o que EFECTIVAMENTE recebia, sem manigâncias. Ainda hoje pago impostos até ao último cêntimo. Estamos melhor do que 2011? Não creio, e nem sequer voto no PS. A «alternância» já dura há quase 40 anos, e quais são os resultados dos governos destes dois partidos, PS e PSD, acolitados ou não pelo CDS? Corrupção, compadrio, descarados e afrontosos «jobs for the boys», RERT I, II, III, IV, perdões fiscais, isenções/reduções de impostos, subsídios para casinos, para gente da tauromaquia, para clubes de futebol, para o golf, etc., assunção de dívidas ao BPN (por Duarte Lima, por Victor Baía, por outros), privilégios de políticos e ex-políticos (pensões mensais vitalícias, subvenções) que passaram a ser secretos pela Lei 64/2013, de 27 de Agosto, cada vez mais gente em risco de pobreza ou de exclusão, o fosso entre ricos e pobres a aumentar, a concentração da riqueza num número cada vez mais reduzido de milionários, o facto de termos chegado ao ponto de ter emprego não significar estar a salvo da pobreza, pensões milionárias para uns quantos, PPP, «swaps», falências fraudulentas de vários bancos, etc., etc.
    Por isso só me resta votar nos partidos que considero verdadeiramente de esquerda: CDU ou BE. Vou votar CDU!
    PS. Ainda não consegui perceber como é que, no caso dos submarinos, os alemães que corromperam os portugueses terem sido condenados enquanto os portugueses corrompidos continuarem a exercer funções públicas. Alguém me explica? Esta é um das centenas(?) de negociatas de que vamos tendo conhecimento.

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