Todos os fins-de-semana há milhares de tugas que metem pés ao caminho e fazem mexer uma parte fundamental da estruturação da nossa sociedade. São aos milhares, os pais e mães, atletas e treinadores, dirigentes e árbitros que viajam pelas nossas estradas e vias rápidas e, pelos becos e caminhos de Portugal. Meninas e meninos, entre os 8 e os 18, dos escalões de formação das mais diversas modalidades, de equipa como o futsal ou o andebol, ou no atletismo e na natação quando se tratam de competições individuais.
Muitos quilómetros, muita despesa, mas acima de tudo muito amor ao desporto e a práticas de vida saudável. Para além dos valores normalmente associados ao Desporto, a sociedade sedentária e hiper-escolarizada ganha uma nova importância. Os treinos e os jogos são o único momento em que os nossos jovens deixam as máquinas e os jogos digitais.
Se a futebolização do nosso país nos impede ter um olhar sobre outras modalidades, então os olhos de todos estão completamente fechados para o desporto jovem e para o esforço que tantas e tantas pessoas fazem para que ele se mantenha.
É, também por isso, maior a responsabilidade das estruturas federativas na gestão de alguns episódios, cada vez mais frequentes nas competições distritais, neste caso, do Porto.
A geografia social da invicta comporta um número elevado de bairros sociais, certamente habitados por gente respeitável, embora votante do Rui Rio. Em quase todos eles há equipas, cujos adeptos, espalham semanalmente o terror em campos de futebol e pavilhões da região. Não quero, claro, colocar intenção nas mãos dos responsáveis, sejam eles dos clubes ou da associação. Aqui, neste texto, quero apenas questionar a ausência de mão pesada para os criminosos que por aí andam.
Uma equipa de iniciados ou infantis, de crianças com menos de 15 anos, não pode ser agredida, os seus pais não podem ser obrigados a visitar um hospital depois de um jogo…
E, perante isto, o silêncio é cúmplice!
Não fazer nada é apoiar estes marginais e deixar as forças policiais nas mãos de criminosos.
O desporto é uma ferramenta de inclusão, não pode ser uma desculpa para os pobrezinhos e os desgraçadinhos…
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