Postcards from Greece #14 (Thessaloniki)

Gazing at a World Heritage

mais exatamente esta igreja, chamada de São Demétrio que se avista da minha nova casa, de todas as janelas. Na verdade o que se vê são as traseiras da enorme igreja, mas ainda assim é digno de se ver. As janelas dão para a uma praceta grande o meio da qual se ergue, então, esta igreja que é parte dos sítios classificados como Património Mundial da Humanidade.
 
A igreja que chegou aos nossos dias decorreu da reconstrução feita no século VI. A primeira igreja existente neste local foi construída no século IV, mas sucessivos incêndios foram impondo também sucessivas remodelações e alargamentos. Já a visitei por dentro e é igualmente bonita. Até acendi umas velinhas, acho que contei num outro postal, que lhe acrescentaram beleza. Pelo menos, momentaneamente, à minha vida acrescentaram, tal como acrescenta esta vista.

 
Fiz as mudanças hoje e foi um dia cansativo, não por ter de mudar as coisas, que não são assim tantas como isso, mas porque tinha de se limpar muito bem as malas e pulverizá-las com biokill. Depois havia roupa para passar. Outra para levar à lavandaria, fechada em sacos que não chegaram a entrar nesta casa.
 
Esta casa é, aliás, limpa e bem cheirosa. Nota-se que a proprietária é cuidadosa, nos pequenos detalhes, no modo como nos apresenta as coisas, nos objetos que a casa contém. Como já disse antes, é um pouco acima da antiga casa, a da bicharada, mas essa pequena distância é, no entanto, grande no que toca ao cuidado, à limpeza e à atenção. Para já não falar (e até já falei) na diferença em termos de luz solar e de arejamento e de, portanto, ausência de humidade e cheiro a mofo.
 
Desde as 12h que me sinto bastante melhor em Salónica, apesar de ainda ter borbulhas e muita tosse (da constipação que já não tenho). Às vezes basta subir uma rua, ou um terceiro andar. E olhar para uma obra prima em honra do santo padroeiro da cidade, um santo guerreiro e milagreiro. Parece que não, mas sempre dá alguma segurança. Amanhã ou depois acendo-lhe uma velinha. Se não me fizer bem, com certeza não me fará mal!

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