
José Crespo de Carvalho, professor no ISCTE e cronista no Observador, brindou-nos a todos com uma bela dissertação sobre as vantagens económicas de receber refugiados ucranianos. Há quem o tenha acusado de promover a exploração, da forma mais desumana possível, cavalgando o drama dos refugiados para promover a ideia de que os portugueses são mandriões que não querem trabalhar. Más línguas, seguramente. Más línguas de subsídio-dependentes que não querem trabalhar.
No artigo “Ucranianos em Portugal e o mercado de trabalho”, José Crespo de Carvalho deixa bem clara a sua posição no destaque do artigo, que podem ver em cima. Ideias chave:
- Trazem consigo o ódio, um excelente combustível que, aparentemente, escasseará no mercado de trabalho português;
- “Colocarão a faca nos dentes”, porque não são gente para trabalhar das nove as cinco, como os mandriões portugueses (e europeus em geral);
- Não reclamarão, que era exactamente aquilo que pretendia Putin, ainda que por motivos não tão nobres;
- As empresas portuguesas terão nestes emigrantes uma força de trabalho que trabalha mais e reclama menos. Podem inclusive instalar um letreiro à porta a dizer “O trabalho liberta” (sugestão minha);
- As áreas da construção e restauração são “menos nobres” (por oposição, imagino, às da docência e da escrita de crónicas);
- E, finalmente, a minha preferida. Cito: Não têm forma de exigir muito, mas trabalharão muito. Não tem forma de querer voltar as costas ao trabalho, porque apenas lhes resta trabalhar.”.
Todo um programa.
Depois do sucesso que tem feito Alexandre Guerreiro, está na hora das televisões porem os olhinhos em José Crespo de Carvalho. Há ali ideias muito interessantes para o país. Sobretudo para os ucranianos.


Só há um probleminha nisto. É que a maior parte dos refugiados ucranianos são mulheres com filhos pequenos, dos quais têm que cuidar. E não falam português, que demorarão tempo a aprender. Há uma data de profissões que não poderão desempenhar. Não vão ser o maná para os empregadores portugueses que os ucranianos do 1995 a 2000 foram.
Mas e o que anda o nosso Ministério da Saúde a fazer?
Ninguém ajuda, não há ninguém que trate do problema deste pobre psicopata?
Que hooror!
Gente de trabalho para ensombrar as conquistas de Abril?
Arreda, arreda….
Pois pois!
Vosselência já saliva! Que saudades lá das áfricas!
A caminha de rede já está montada?
Pois é!
Inda a coisa vai quentinha e já há por aí meia-dúzia de carvalhos a esfregar as patas de contentes!
Como diz o povinho lá na minha terrinha: “há guerras que vêm por bem para certos filhos de mãe”.
Muito sábio é o povinho. Lá na minha terrinha.
Essas caracteristicas, trazer odio, trabalhar imenso sem reclamar, etc, fazem-me lembrar os escravos negros que iam de
Africa para as americas. Eram tal e qual. Quanto ás empresas colocarem á entrada um lindo cartaz ” Arbeit Mach Frei” acho uma excelente ideia. Talvez os ucranianos não entendam, mas ficam certos de que se trata de um cartaz de boas vindas