Confesso que, apesar de não ser votante de Rui Moreira, fui surpreendido pela atitude persecutória que constituiu a não autorização da cedência do Rivoli para um Concerto promovido pelo “Conselho Português para a Paz e Cooperação” apoiado pela CDU, vulgo, PCP.
Também não sou votante do PCP, mas sinto-me indignado pela atitude anti-democrática, persecutória e censora da opinião diferente, da Câmara do Porto, ao justificar a não cedência pelo facto de, nas palavras de Rui Moreira citadas pelo JN, “o Município não pode aprovar que, ainda por cima, é promovida sob a égide de um partido político que tem vindo a branquear o hediondo ataque da Rússia”.
Isto é instigação ao ódio, é a não aceitação de opinião diferente em Democracia, opinião essa que em nada belisca a nossa Constituição, é uma atitude arbitrária de um déspota eleito, que passa agora a decidir quem pode ou não aceder a espaços públicos com base na opinião!
Esta gente pretende fazer o que os militares de Abril impediram que o 25 de Novembro consumasse: a ilegalização do PCP, a passagem á clandestinidade e a perseguição aos seus militantes.
O 25 de Abril foi feito para acabar com isto e, já agora, o 25 de Novembro, também, dito e gravado pelo saudoso Major Melo Antunes.
Ainda por cima, a alegação é inteiramente falsa. O PC já veio a público diversas vezes desmontar essa calúnia, reiterando a sua rejeição da invasão, mas como insiste em colocá-la a par de outras invasões ainda piores, a direita reaça continua a fingir-se desentendida e bate no ceguinho. Palavras para quê? O Rui é um artista português e usa desodorizante NATO.
É irrelevante para este caso. O pc até poderia apoiar a invasão.
O que está em causa é a atitude anti-democrática da Câmara e do seu Presidente. É inconcebível em Democracia.
Nos fieis da religião comuna é sempre possível assistir a apoiantes de ditadores e assassinos. como sempre.
Bem tenta colar-me rótulos, Luís Barreiro, mas será sempre viciado.
Aqui não há comunas nem meios comunas. Há Democracia e liberdade e lugar para todos os que as aceitarem e praticarem aqui, em Portugal.
Aos fieis da TINA, a morte é um fenómeno necessário para que o mundo prospere.