Carta de Rui M. Alves, publicada no DN
As negociações em curso entre o Ministério da Educação e os sindicatos dos professores sobre a respectiva carreira, estão a deixar muitos quadros superiores da função pública na mais absoluta das perplexidade, tal é a disparidade entre as condições que já vigoram para estes últimos e aquelas em discussão com a classe docente.
Em cima da mesa está uma versão light de avaliação e progressão, que, ao invés das restantes carreiras, pretende abolir as quotas na avaliação, consagrar a contagem de tempo de serviço entre 2005 e 2007, e até, pasme-se, manter um período de permanência de 4 anos entre cada escalão, enquanto nas restantes carreiras os quadros qualificados com “bom” no seu desempenho são forçados a esperar cerca de 10 anos até poderem subir de nível remuneratório.
A serem concretizadas tais medidas aos 140 mil professores do ensino público, estes seriam detentores de um estatuto previligiado, relativamente a…outros servidores do Estado, o que seria de todo inadmissivel, pelo que teria de existir obrigatoriamente uma equiparação extensível às outras carreiras.
E isto pela simples razão de que o Ministro das Finanças declarou, aquando da implementação do PRACE, que um dos objectivos do programa consistia na uniformização da multiplicidade dos sistemas remuneratórios e de progressão, até aí existentes no sector público.
PS: que é como quem diz, nós tambem queremos ser tratados tão mal como os professores…
No seguimento deste comentário a outro texto
http://www.aventar.eu/2010/01/09/acordo-%E2%80%93-o-que-la-esta-nao-esta%E2%80%A6-deveria-poderia%E2%80%A6-parte-iii/#comment-13007
tenho a acrescentar o seguinte: quando passar a perplexidade aos restantes funcionários que se sintam injustiçados, imitem os professores: reclamem.
«quando passar a perplexidade aos restantes funcionários que se sintam injustiçados, imitem os professores: reclamem» é isso mesmo
Até que alguem tome conta disto. Não há razoabilidade.É cada um por si, ao ataque ao pote do mel. Nem o Fernando nem a Maria acreditam nisso que comentam…
Que é como quem diz – com os seus botões – obrigado Maria de Lurdes Rodrigues por teres esticado tanto a corda.
Bom até parece que me conheces um bocadinho…. Acredito que se os funcionários públicos se sentem injustiçados, têm que ir à luta, fazer greves…, consigam-no com o próprio sangue suor e lágrimas e não à custa dos outros
Então, Maria, estamos no reino do sacar o mais depressa e o mais possível? Os Jardins, ao nível deles, sempre têm razão!
O facto de eu discordar do Luís nunca me levaria a cometer a deselegância de afirmar que não acredita naquilo que defende.
Seria excelente se o Ministério da Educação também olhasse para o ensino de português na Ásia. Ora vejam este video de Goa. Há um ano. Sem um tostão, completamente abandonados, quando andamos a gastar milhões com o lixo europeu. Vejam este link no youtube
youtube
Vem cantar – Os rouxinóis de Chowgulw College, Margão
Fernando, a elegância é muito bonita, ma acreditar que isto não tem um bocado de lógica, é um bocado dificil de levar a sério…
Pois é Luís, o reino em que uns vivem a sacar e outros sobrevivem sacados… talvez chamando os bombeiros da Vidigueira a coisa se resolva
Pois, mas achar que o caminho é esse, vamos longe…
se temos que nos mexer pela nossa saúde…. primeiro temos que ir perto e só depois é que iremos longe
Argumentar que se deve sacar o que se pode é o que criticamos aqui todos os dias…como é que se governa um país assim? Há duas semanas atrás nem a avaliação queriam, Afinal, tudo se resumia a mais uns tostões.
Se eu discutir com alguém, partindo do princípio de que as pessoas de quem discordo não estão a ser sérias, mais vale nem sequer discutir. Eu acredito que o Luís está enganado e tento explicar-lhe o que penso, o que quer dizer que o levo a sério. O Luís considera que eu sou, no mínimo, leviano. Eu também não daria atenção a leviandades.
Você,Fernando, passa a vida a dar lições de moral. O que eu disse, à velocidade de um teclado, é que o seu argumento é impraticável, e leva a consequências desastrosas. Se for cada um por si, isto é uma selva, e quem perde é quem não pertence a qualquer grupo de força Isto é, os mais fracos de todos. Argumentar que agora os outros devem fazer o mesmo que fizeram os professores, e assim sucessivamente, isso quer dizer que o Fernando acha que isto tem uma única lógica. Tirar o mais e o mais depressa possível. Não é o meu conceito de sociedade e muito menos ao que aos funcionários do Estado diz respeito. Não querem carreiras, nem avaliação, vão para a privada, arrisquem, façam contratos individuais assentes nos resultados e ganhem sem precisarem de esperar por comparações, com outros grupos profissionais. Foi o que eu fiz.Nunca aceitei esperar que me promovessem, troquei a segurança e a comodidade pelo risco e por mais dinheiro. Os tais que ganham muito e que são criticados por quem é defendido por sindicatos! Tambem fui funcionário público e deixei de ser aos 25 anos. Como vê, já tive que fazer essa opção!
O Luís tresleu quase tudo o que escrevi. O erro terá sido, com certeza, meu.
Ó Luís isso da avaliação na FP é aquela coisa dos polícias que têm metas de multas e de detenções? Ou é aquela contenção de despesas com funcionários extinguindo lugares para depois gastar mais contratando empresas privadas? E o pessoal das empresas municipais e das fundações e institutos, também achas que deve ser avaliado, com o parâmetro “grau de parentesco com…” já para não falar do factor horizontalidade no caso de serem senhoras?
João, eu percebo muito bem que quando os dirigentes dão os exemplos que dão, não se pode esperar que o resto do país, seja diferente. Mas isso não quer dizer que seja esse o caminho. Sabes quanto ganha um Juiz que sai da Escola Superior de Justiça? Um puto com 28 anos, sem qualquer experiência ? Perto de 3 000,00 euros!!! É o Estado corporativo a funcionar! Quem tem força, leva a taça!
A tua próxima guerra, Luis, podia ser a avaliação dos juizes. Ou a dos médicos. Quanto à dos professores, já está garantida.
Não, agora vamos à guerra da escola pública autonoma…
Essa guerra tem de ser com o Governo. O Ministério quer controlar tudo o que se passa nas escolas de uma ponta à outra.