Glauco Vilas Boas era um cartoonista brasileiro natural de Jandaia do Sul. Foi assassinado no dia 12 de Março na cidade de Osasco, Estado de S. Paulo, por um jovem universitário.
Chamou-me a atenção, neste caso, o facto de ser alguém ligado à Comunicação Social. E chamou-me a atenção porque não surpreenderia que, num país da América Latina, o crime estivesse relacionado com esse facto. Até porque recentemente publicara um livro com 64 cartoons sobre Lula da Silva.
No entanto, depois de ler sobre o assunto, parece que as motivações foram religiosas. Glauco Vilas Boas era um dos fundadores da Igreja Céu de Maria, uma Igreja animista (defensora do princípio segundo o qual tudo o que acontece no Universo é provocado por fenómenos naturais) que funcionava na garagem da sua casa. Esta instituição está ligada ao Santo Daime, uma seita denominada «a doutrina da floresta», cujos membros consomem uma bebida alucinógena para fins religiosos.
Os princípios que estão na base desta seita são incríveis: a bebida tem propriedades enteogénicas, isto é, produz uma expansão de consciência responsável pela experiência de contacto com a divindade, através do encontro interior com o nosso Eu Verdadeiro, seja lá o que isto for.
O assassino era um dos membros da seita e estava alcoolizado. Quanto a Glauco, foi vítima também de si próprio e de um conjunto de crendices que, no Brasil, todas reunidas, são assustadoras.
O assassinato do cartoonista Glauco
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Pois é, Ricardo, o mundo “palpável” não basta, o homem precisa desse compenente espiritual entre Deus e o Diabo.
Tudo o que leva a crendices é assustador e não me estou só a referir a seitas também… há crendices nas religiões