Borboleta Esvoaçante

Espero que Passos Coelho ganhe as eleições. Não sou militante do PSD. Mas amo o meu país. E gosto da palavra Pátria. Sabe-me bem até ao tutano dos ossos. E da palavra escrita em Português. Somos o povo do desenrasca. Desorganizado. Capaz da genialidade do improviso. Incapaz de se organizar. Séculos de barafunda. Inventámos o mundo e esbanjámos sempre aquilo que o mundo nos entregou. Mas somos a Pátria do afecto, do abraço, da festa. E resmungões. Mais refilões do que revolucionários. Incapazes de consolidar elites criadoras. Fogem daqui a sete pés. Somos exportadores de inteligência. Se a inteligência pagasse IVA, o ministro das finanças não precisava de PEC.E adoramos o decadentismo.

Não sou militante do PSD, dizia. Mas nas sua listas, liderei o projecto Santarém. Na primeira eleição passámos dos oito mil votos, de média histórica, para doze mil votos. Coisa que só uma vez o Prof. Cavaco Silva conseguira numa das suas maiorias absolutas. Ganhámos. O mais impávido e sobranceiro bastião socialista ribatejano caiu feito em cacos.Agora, nas últimas autárquicas, chegámos aos 22 mil votos. Não volto a recandidatar-me a Santarém. O trabalho que estamos a fazer e o crédito a favor do PSD é de tal forma que só a palermice pode fazer com que não dure muitos anos.

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Se hoje evocamos a primavera e a poesia

porque não havemos de lembrar também, antes que o  dia se esgote, o sr. Johann Sebastian Bach, que veio ao mundo a 21 de Março de 1685?

Dia mundial da poesia?

Dia mundial da poesia?

Comemora-se hoje o dia mundial da poesia. Não é coisa que eu engula facilmente.

Por todo o país e, provavelmente, por todo o mundo há tertúlias e coisas mais ou menos engraçadas. Algumas coisas boas, e outras de pouco ou nenhum valor. A pergunta mais corrente será: O que é a poesia? O que é ser poeta?

Daniel Barenboim, um dos maiores pianistas e maestros da actualidade, diz que é impossível falar de música, e que são muitas as definições de música, mas que, na prática, se limitam a descrever uma reacção subjectiva. Todas elas parecem dizer muito e não dizem nada.

Sem querer pôr-me à ilharga de Barenboim, eu também digo que não sei o que é a poesia, e duvido muito de quem diz que sabe. Desde a respiração de Deus à depuração absoluta da palavra, já ouvi de tudo.  Parecem dizer muito e não dizem nada.

Isto, porque a poesia é um sentimento, o sentimento poético, como o sentimento do amor, o sentimento da alegria, o sentimento da tristeza, o sentimento do medo. O mesmo acontece na arte, ou sentimento artístico, seja qual for a expressão artística, plástica, musical etc. E o sentimento é um fenómeno muito complexo. [Read more…]

Directas PSD #4:

Eu gosto mais de usar a seguinte frase: “Rabo escondido com o gato de fora“. Vejamos:

1. O famoso, pelas piores razões, António Preto apoia e colabora afincadamente com Paulo Rangel. Este não sabia. Nem eu.  Nem o Pedro Picoito

2. Morais Sarmento consegue ser, simultaneamente, árbitro e jogador. Alguém acredita que Aguiar Branco não consegue as assinaturas?

3. Call center de António Preto + Actores contratados = Ruptura

Sobre as eleições directas no PSD podemos sempre recorrer a uma conhecida frase publicitária: “Ele há coisas fantásticas”!

Adenda de última hora:

“Tome-se, só para exemplo, o caso da educação. Sócrates não teve pejo em apresentar como relatório da OCDE um estudo privado encomendado à la carte. Sócrates não hesitou em lançar os quadros interactivos perante uma plateia de estudantes simulada, composta por crianças contratadas. Sócrates nunca enjeitou a encenação, repetida dezenas de vezes, da distribuição de computadores Magalhães, que, no minuto seguinte, eram retirados aos alunos. Este padrão de comportamento diz tudo sobre a substância da política do PS.” Escrito por Paulo Rangel em 17/9/2009…

Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos

(FRAGMENTO)

  • de Mário Cesariny de Vasconcelos

«Coitado do Álvaro de Campos!»
«Tão isolado na vida! Tão deprimido nas sensações!»
«Coitado dele, enfiado na poltrona da sua melancolia!»
«Coitado dele, que com lágrimas (autênticas) nos olhos,»
«Deu hoje, num gesto largo, liberal e moscovita
«Tudo quanto tinha, na algibeira em que tinha pouco, àquele
«Pobre que não era pobre, que tinha olhos tristes profissão.» [Read more…]

Os golos da superioridade benfiquista

Desta vez não houve túneis, nem árbitros, nem penaltis, nem expulsões. Houve duas equipas em campo, uma muito  superior à outra no resultado e atitude. Houve duas claques, uma muito melhor do que a outra, pelo menos dentro do campo. Houve duas posturas, uma mais objectiva do que a outra. Houve três golos de um lado e um frango monumental do outro. Está o jogo resumido.

http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/1sHZAhbbTN6JrvKyqkkA/mov/1 [Read more…]

Filosofia de bolso (10)

Quremos tudo comandado à distância, para depois gastar dinheiro e tempo no ginásio a queimar as gorduras do comodismo.

BPP – 600 milhões foram à vida!

Primeiro eram 300 milhões de euros agora já vai nos 600 milhões. Lembram-se que a massa que lá entrou depois das tropelias do Rendeiro foi garantida pelo Estado, o mesmo que nos vem agora ao bolso aumentando os impostos? Pois é, quem paga é cá ” a malta” a tal que não pagaria mais impostos, segundo esse grande estadista que dá pelo nome de José Sócrates!

Os accionistas, que achavam que podiam receber o dobro de taxa de juro, andam agora de candeias às avessas a mover acções em tribunal contra o João Rendeiro  que jura, sem se rir, que vai pedir uma indemnização ao Estado! E o mais certo é ganhar ou pelo menos ficar com um trunfo para a troca. Eu deixo cair a acção e tu pagas! Mas o Diogo Vaz Guedes que tinha lá muita massa, vai processar não só o Rendeiro, mas também o Estado, o Banco de Portugal,, auditorias e a actual gestão do BPP!

E porquê? perguntarão vocemecês. Porque as suas propostas de viabilizar o banco não foram aceites!

"You can never hold back spring": Tom Waits

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não repares que tremo

andy goldsworthy

não repares que tremo

se me tocas. que a pele

se eriça sob os dedos.

não repares que morro

se me tocas. o corpo

esvai-se sob o toque.

não repares que tremo.

toca-me. é pelos dedos

que melhor me matas.

.

Violência e indisciplina na escola

Neste fim-de-semana TODOS falaram porque Mário Nogueira e o Conselho Nacional da FENPROF aparecem, obviamente, como a VOZ dos Professores. É apenas a demonstração da importância que TEMOS na sociedade Portuguesa.
A FENPROF sugere que a prevenção deve ser prioritária em relação à punição: acredito, desculpem-me camaradas, que Jacques de la Palice não diria melhor.
Mas, a FENPROF disse mais:
– as condições, nomeadamente ao nível dos recursos humanos tem que ser objecto de um projecto tipo, “Parque Escolar”, porque não são as paredes, nem os computadores que criam boas escolas. A presença de equipas multidisciplinares (psicólogos, educadores sociais, animadores, assistentes sociais, terapeutas) é urgente e o aumento do número de funcionários auxiliares é igualmente prioritária.
– a carga burocrática, absolutamente desnecessária e que nada acrescenta ao acto educativo tem que terminar: o horário dos PROFESSORES TEM que ser usado para aquilo que é a sua função, dar e preparar aulas, trabalhar com os alunos; não somos burocratas, nem técnicos oficiais de contas.
– “conferir ao professor, a exemplo do que acontece já em algumas comunidades espanholas, o estatuto de autoridade pública e a figura jurídica da presunção da verdade;”
E esta última referência tem merecido comentários ao longo do dia, quer por parte da Srª Ministra, quer por parte do Presidente de alguns pais.
A Srª Ministra, no seu habitual registo, “não sei de nada, só vim aqui ver a bola” diz que a proposta da FENPROF é uma possibilidade.
O sr. que não refiro o nome para não sujar o Aventar deseja que as faltas continuem a ser todas iguais, sejam elas justificadas ou injustificadas.
Sem margem para dúvidas: 99% dos problemas de indisciplina nas escolas são CULPA (com as letras todas) dos PAIS dos meninos. Eu, como Pai de dois alunos da Escola Pública, exijo que 99% dos alunos da “minha” escola não se percam por causa de alguns pais que não cumprem o seu papel.
Por mim, Pais de alunos violentos devem ter sanções financeiras.

Valsa das Flores e Versos à Primavera

Na minha homenagem à Primavera, recorro a ‘Valsa das Flores’, editada por Adya Classic. E, não sendo escritor, e muito menos poeta, atrevo-me a publicar uns singelos versos, meus, à Primavera:

Oh Mãe Natureza, imploro-te com amor

Manda o Sol suave, doce e reluzente

Trazer a Primavera no matinal alvor

Para valer a este mundo carente.

Que os campos se vejam floridos,

De manhãs e tardes de mil cantares

E de misteriosos voos destemidos

De aves livres em todos os lugares.

Oh Primavera de sentidos sonhos

Volta a abençoar-me o frágil coração

E incandesce de brilho os meus olhos.

Regressa, dá aos novos as esperanças

Porque, dizia o sábio Poeta de então,

O melhor do mundo são as crianças.

A (in)diferença entre indisciplina e violência

O espaço mediático continua a ter referências mais ou menos explícitas a questões de indisciplina e / ou violência.
E permitam-me que possa reflectir sobre esta temática procurando ilustrar esta questão sob duas perspectivas: a de Pai e a de Professor.

Num post anterior procurei mostrar o que pode ser o dia-a-dia numa escola. A indisciplina é algo que faz parte das relações entre poderes divergentes – entre pais e filhos, netos e avós, alunos mais velhos e alunos mais novos, jogadores e treinadores…
A formação inicial dos professores não permite uma grande aprendizagem nas metodologias que permitem gerir esta realidade – é a experiência e o contacto real, em contexto de escola, com os alunos que permite ir realizando uma profissionalização que vai ajudando a construir as competências necessárias.
E, boa parte desta realidade surge porque na sociedade a instituição responsável pela Educação, não EDUCA – a família, seja lá o que isso for.
As pressões que hoje TODOS exercem sobre as famílias levam as pessoas a:
a) trabalhar de sol a sol, com tempo para os filhos ao fim-de-semana e apenas no Centro-comercial;
b)viver dos rendimentos sociais e, sendo tudo dado, nada é preciso fazer, só exigem.
Os “putos” chegam-nos às mãos convencidos que podem tudo e não têm regras: ir à casa de banho é quando querem, material, que tragam os profs… Calados, só se estiverem “motivados”… Enfim, como antes escrevi, para onde vais Escola Pública, onde todos nos enganamos? Uns a fazer de conta que ensinam e outros a fazer de conta que aprendem…

Off shores a 5%

Já sabe só paga impostos porque quer. Quem sacou a massa e a escondeu nos off-shores agora pode lá ir buscá-la, lavá-la e investi-la. Paga 5% !

Quem tem lucros nas empresas e os mostrou, clarinhos como a água doce, paga 25%! E a pergunta é: se você tivesse muita massa num off-shore, escondido, sem possibilidade de lhe mexer, ou para lhe mexer ter que pagar por baixo e por cima comissões e silêncios, não pagaria 25% para ter o dinheirinho de volta?

Feita à medida para  resolver a “Operação Furacão” a tal que envolve grandes e importantes empresas, e que, como se vê , passou num ápice de um caso de prisão para um caso de receita para o Estado.

A iamginação é um instrumento poderoso na governação dos Estados modernos…

Por falar em violência

O Desporto é uma escola de virtudes!
(acompanhe a batalha campal via SIC)

A Primavera no coração dos homens: Chaplin e Yeats

Chaplin tinha 63 anos quando filmou “Luzes da Ribalta”.

Mas reparem na candura infantil com que vai saltitando enquanto canta: “É o amor, o amor, o amor, o amor, o amor”.

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Coisas & Olhos

“jetzt
schreibst du.”
Paul Celan

Desobedece
traça e sega
sob um coração
a nudez das coisas

agora. As coisas que só tu habitas
deflagram sem, a rigor, nada de ti
te obrigar a entregá-las
puras

agora. Há um riso
clandestino
deduz os olhos
embriaga o amor

agora. Reconheceste só
os olhos apodrecem-te
pássaros em metal
asas de cinza

agora. Ultrajadas as coisas habitam-te
tu dentro delas conflagras
poeira e sol

agora. O breve amor
ainda te pendura
no vento
gomos de sangue

agora. Faz uma lotaria
nos sentidos que dás
às coisas
armadilhas
a tua língua

agora. Dói beijar respirar
a boca sobre as coisas
útero de mel

agora. Não morras
sem me desprezar
remo na face
inundada

agora. Ninguém sabe
os nossos olhos
no corpo o desejo
do sexo

agora. Lavras os olhos
no fio a que atas as coisas
a cicatriz é varanda
molhada delas

agora. Sentir ciúme é fácil
nos olhos
perco o pranto mergulho
na piscina de pulgas

agora. Espesso das coisas
admito o coração
no salto
da carne

agora. Não há aquilo
a amizade um bem uma coisa
é uma coisa um bem a amizade

agora. Para não perder
as coisas mais pequenas nos olhos
vejo melhor

agora. Amo-te só
só te amo
aqui
só a morte
chega
amar-te

agora. Um disparate a lembrança
no coração
dilacera-te

agora. Lado a lado
sem esquecer
todas as coisas
prolongam-nos uma distância

agora. O amor sempre
doente
eu amei sempre
a imperfeição

agora. Sou simples
complico-te
tal como és

agora. Agora mesmo passa
por aqui entra fica,
guarda
os olhos
blindados

agora. Brinca com as pedrinhas
azambrado sob a lua
a concha na mão
o vazio a suster

agora. O frio delicadamente
revira dentro das camisolas
o corpo só isso

agora. Faço amor
dou contigo
corpo adentro
persigo-te

agora. Ajeito as lágrimas
ligeiramente feridas
ficam a jeito

agora. Tudo
dorme comigo
antes despenhando-se
contigo

agora. Apanho tudo
o fundo a pé-coxinho
cabra-cega a infância

agora. O véu cicatriza
a ignorância a justiça
o teu sexo crescendo
cerejeira

agora. Ultrapassa a loucura
escreve a vaidade
ultra-light

agora. Perdi o medo
custa-me andar
por aí
onde estás?

agora. Um desprazer
o elmo durando face
anagrama o ódio
gorila

agora. Desvio até
os olhos
que te viram dentro
segredos

agora. Passas tempo
sei aí
beber
para saciar
dói

agora. Faz o desespero
absoluto
não voltes
volta

agora. Essa densa apoderação
alarga a presença das coisas
os olhos HI-FI
recuperam-se

agora. Se a morte fosse uma flor
seria buganvília –
folha denuncia a delicadeza
em que dissimulas a vida

agora. Um sentido
partilha e esconde
a colheita a identidade
só o lume pulsa intacto

agora. Funâmbulo
no débil leme onde embriagas
a noite – escreves: antes pétala
embrumada num final perplexo.

era uma cidade ateada pelo branco

.

era uma cidade ateada pelo branco.

tu praticavas a leveza de ser bela

e jovem e rejuvenescias a cada dia,

dir-se-ia. não se trata aqui poesia.

suponhamos que voavas. voavas

e perdias-te em todas as direcções,

como as crianças. havia nisso alma,

quero dizer, havia nisso um ar, uma

candura, uma certa dose de malícia.

ateavas de brando a cidade ao passar

e praticavas a beleza de ser leve.

.

praticavas (e isso eu não podia saber)

a inesperada beleza de ser breve.

.

.

PAI

.

.

Vida fora tu correste

Passo lento, certo, seguro

Nunca foste uma alma errante

Eras fácil de encontrar

E agora que já morreste

De ti digo e asseguro

Nem todo o bom mareante

Se encontra no alto mar

.

Agora, és rio, és calma

Nada te fere ou ofende

Já não tens frio

É branca e pura

A brisa que afaga a tua alma

E te acaricia com doçura

Transparente

.

Já nada nos separa

Aguarda por mim

Tranquilamente

És eterno

Eu estou só de passagem

.

Vou ter contigo

Repara

E nesse dia, por fim

Espera por mim

E, enquanto o relógio não pára

Guarda-me um lugar para a viagem

.

.


Breves discursos sobre a Primavera (Poesia & etc.)


Primavera, de Picasso.

Assinalemos a chegada da Primavera através de algumas vozes privilegiadas. Picasso viu-a assim. Vejamos agora como Pablo Neruda saúda a mais poética das estações (Excerto do poema Oda a la Primavera, de «Odas Elementales»):

Primavera
temible,
rosa
loca,
llegarás
llegas
imperceptible,
apenas
un temblor de ala, un beso
de niebla con jazmines,
el sombrero
lo sabe,
los caballos,
el viento
trae una carta verde
que los árboles leen
y comienzan
las hojas
a mirar con un ojo,
a ver de nuevo el mundo,
se convencen,
todo está preparado,
el viejo sol supremo,
el agua que habla,
todo
y entonces
salen todas las faldas
del follaje,
la esmeraldina,
loca
primavera (…)
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As árvores, o verde e Tom Jobim

(Penedo, Estado do Rio de Janeiro, Brasil)

Pra sempre verde

Tempos de flores,de primavera
Tempos de amores, de abrir a janela
Tempos de luz,de sabiá
Deixa o mato verde se espalhar
Nosso planeta precisa carinho
De muito ar puro e riacho clarinho
Vamos tentar nossa Terra viver
Deixa o mato verde florescer…

Mas tudo que ficou foi um deserto…
(um deserto)
Venenos nas lagoas e no mar …
(e no mar)
A vida acabada para sempre…
(para sempre)
Um dia vamos ter que perguntar …
(onde está)

Cadê o azul do céu
E o verde do mar…
E o paraíso onde está,onde está
A maravilha de um lugar…

E a floresta a serra,o mar
Onça pintada e Jequetibá
Vamos tentar,nossa Terra salvar
Passarinho gosta de voar,e cantar pra sempre deixa o mato verde se  espalhar…

Cadê o azul do céu
E o verde do mar…
E o paraíso onde está,onde está
A maravilha de um lugar
(maravilha de…)
A maravilha … de um lugar.

(Tom Jobim)

Aguiar em branco – assinaturas falsas?

A Direcção do PSD, na campanha de deitar abaixo de uma vez por todas o partido, lança esta suspeita para os jornais. Só 400 das 1200 assinaturas necessárias, estão correctas!

Publicozinhar "notícias"…


Hilariante! Um dos tais referenciais da sapiência copy-paste, “publicozinhou” um artigo, alertando que milhares de russos se concentraram em Vladisvostok, Irkutsk, São Petersburgo e Kalininegrado (Conisberga, Prússia Oriental), exigindo a demissão da dupla Putin-Medved.

A patetice apressada não tem limites e noticia por noticiar. Gigantescas manifestações? Vejamos essa quase “revolução de massas”:

VladisvostoK: 500 manifestantes

Irkutsk: centenas de manifestantes

São Petersburgo: “umas” mil pessoas

Kalininegrado (Conisberga): “cerca de 2000” manifestantes.

Decerto coçando a cabeça e franzindo o sobrolho com o ar mais sério deste mundo e arredores, o escriba conclui a prosa, dizendo que …“em Janeiro, as manifestações anti-Putin mobilizaram um número superior a dez mil russos, o que deixou o Kremlin muito inquieto.” (sic)

Dadas as devidas proporções, seria o mesmo que em Portugal se organizassem manifs a exigir a queda da dupla Cavaco-Sócrates. Assim, teríamos uma avassaladora mole de revolucionários, desta forma repartidos:

Funchal: 20 manifestantes

Guarda: “algumas dezenas” de manifestantes

Porto: “uns” 50 manifestantes

Bragança: “cerca de 100” manifestantes

Paciência…

PEC – Programa de Extermínio dos Contribuintes

Diz o Miguel Sousa Tavares e o Nicolau Santos no Expresso acrescenta: Indecente, imoral e estúpido!

O Governo vai concretizar a redução do déficite à custa de um brutal agravamento da carga fiscal sobre as famílias portuguesas. Os que já pagavam vão pagar mais e os que não pagavam vão passar a pagar. Os pobres, claro! Vai com esta medida retirar dinheiro às familias e assim diminuir o consumo interno. Lá se vai a economia que, segundo as autoridades financeiras internacionais, não crescerá mais de 2,3% nos próximos 3 anos! Corta no investimento público, o que vai tambem desacelarar outro motor da economia.

Cortar no TGV é uma boa notícia mas seria necessário incentivar o investimento em projectos que dessem retorno a curto prazo em postos de trabalho. Sócrates andou a jurar que não aumentava os impostos nem cortava no investimento, mas como sempre faz, não cumpre ! Ele não sabe mais!

A caminho de um país de pobres e velhos, eis a gloriosa herança do PS de Sócrates!