Espero que Passos Coelho ganhe as eleições. Não sou militante do PSD. Mas amo o meu país. E gosto da palavra Pátria. Sabe-me bem até ao tutano dos ossos. E da palavra escrita em Português. Somos o povo do desenrasca. Desorganizado. Capaz da genialidade do improviso. Incapaz de se organizar. Séculos de barafunda. Inventámos o mundo e esbanjámos sempre aquilo que o mundo nos entregou. Mas somos a Pátria do afecto, do abraço, da festa. E resmungões. Mais refilões do que revolucionários. Incapazes de consolidar elites criadoras. Fogem daqui a sete pés. Somos exportadores de inteligência. Se a inteligência pagasse IVA, o ministro das finanças não precisava de PEC.E adoramos o decadentismo.
Não sou militante do PSD, dizia. Mas nas sua listas, liderei o projecto Santarém. Na primeira eleição passámos dos oito mil votos, de média histórica, para doze mil votos. Coisa que só uma vez o Prof. Cavaco Silva conseguira numa das suas maiorias absolutas. Ganhámos. O mais impávido e sobranceiro bastião socialista ribatejano caiu feito em cacos.Agora, nas últimas autárquicas, chegámos aos 22 mil votos. Não volto a recandidatar-me a Santarém. O trabalho que estamos a fazer e o crédito a favor do PSD é de tal forma que só a palermice pode fazer com que não dure muitos anos.
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