Em Vias de Facto

Ena pá, mais um blogue! E um dos bons. Ora venham de lá essas postas que a malta cá está para ler e entrar em Vias de Facto.

José Sócrates: O PEC(ado) da Mentira

Ontem, em horário nobre das TV’s, José Sócrates divulgou ao País as ideias gerais do Programa de Estabilidade Crescimento (PEC). Ao referir-se aos impostos garantiu explicitamente não estarem previstos aumentos, excepto para rendimentos superiores a 150.000 euros que, em sede de IRS, passam a ser tributados à taxa de 45%. Anunciou ainda que a tributação das mais-valias mobiliárias também será aumentada, assim como a imposição de limites de benefícios fiscais para os escalões de mais elevados rendimentos. Se dúvidas subsistissem quanto à interpretação do discurso do PM, ficariam inteiramente dissipadas com o texto inserido no Portal do Governo PEC.

Haverá incremento dos valores de IRS para milhões de cidadãos. A garantia do contrário é mais uma mentira do PM; e a verdade está camuflada através da capciosa frase “passará a haver limitação de benefícios fiscais para os escalões de mais elevados rendimentos”.

Com efeito, ao reduzir os anunciados benefícios fiscais, ou seja, as deduções respeitantes a despesas de saúde e de aplicações em PPR, o Governo toma uma medida que eleva a matéria colectável, a taxa efectiva de IRS aplicada e consequentemente o valor do IRS a liquidar pelos contribuintes. Mas há mais: os pensionistas que aufiram mais de 22.500 euros (1.607,14 euros / mês) verão ainda a dedução específica reduzir-se, o que equivalerá a pagar mais 489,35 euros de IRS para quem ganhe até 30.000 euros / ano – isto adicionado à redução no valor das despesas de saúde com direito à dedução significará a perda, por ano, de cerca de 1/3 de uma mensalidade. Segundo o Jornal de Negócios, as alterações previstas para pensionistas em termos de IRS representarão aumento de imposto a entregar ao Estado, para cerca de 2,5 milhões de contribuintes.

Sabe-se da gravidade situação económica e financeira das contas nacionais e da subsequente necessidade de medidas excepcionais, se distribuídas de forma socialmente justa. Usar a mentira e iludir a grande maioria dos cidadãos é condenável. Há aumento de impostos para muitos e José Sócrates não falou com sinceridade e clareza. O PM está para mim como o algodão do anúncio: já não me engana.

Eutanásia:

No próximo dia 25 de Março a JP-Maia realiza um debate sobre a problemática da Eutanásia/Morte Medicamente Assistida. Fizeram o favor de me convidar para moderador. Ora, para começar a retribuir o amável convite, lanço já a discussão entre os nossos aventadoras(es) e leitores(as) e deixo as informações essenciais para prepararem a vossa agenda pois estão todos convidados:

A Juventude Popular da Maia realizará, no próximo dia 25 de Março, pelas 21h, um debate relacionado com o tema da Eutanásia – Morte Medicamente Assistida. O painel contará com personalidades do mundo político, médico-científico e religioso. Certos de que será um tema de elevado interesse geral, contamos com todos às 21h no Fórum da Maia.

Moderador: Fernando Moreira de Sá, profissional de Ciências da Comunicação
Orador: Dr. Rui Nunes, Presidente da Associação Portuguesa de Bioética
Orador: Pe. Jorge Teixeira da Cunha, Professor da Universidade Católica
Orador: Dr. João Moreira Pinto, Secretário Geral do CDS/PP Porto
Orador: Drª Laura Ferreira dos Santos, autora do livro “Ajudas-me a morrer? – a morte assistida na cultura ocidental do século XXI”

Localização (Google Maps): http://bit.ly/aAZRwM

www.jpmaia.org
geral@jpmaia.org

Pesadelo em Londres, versão 5D – os golos do Arsenal – Porto

O Porto, com HULK em campo, perdeu com o Arsenal. Eis os golos:
http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/gt299YYq4N5Pjzqelkyu/mov/1

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Shutter Island — A loucura decretada

Socorcese com o seu actor talismã, Leonardo, pintam uma tela magistral sobre a loucura e os seus demónios, ou melhor, sobre os demónios que cada um carrega.

Onde começa a loucura ? A loucura começa quando alguem com um qualquer poder sobre um ser humano decreta essa condição? Sou louco porque não penso e não ajo segundo a moral e as regras vigentes? Sou louco porque revelo a verdade quando o que se espera de mim é a mentira?

Num hospital psiquiátrico plantado numa ilha tenebrosa, de onde não se sai, sujeita à inclemência da natureza, ao abandono das autoridades e ao esquecimento por Deus, protegendo de si mesmos os mais perigosos loucos, a loucura/verdade travam uma luta sem tréguas. Para guardar a verdade e conseguir resistir é preciso aceitar a condição de louco que lhe foi imposta por quem veícula a verdade oficial.

No Holocausto Nazi, no Gulag Soviético e nas Sociedade Ocidentais utilizam-se métodos para controlar as mentes “desviadas”, seres humanos como cobaias, que vão desde as brutais condições em que os presos vivem, até aos electrochoques, à “portuguesa lobotomia” ( de Egas Moniz) aos medicamentos que retiram a vontade, a esperança e a dignidade, tudo a bem da “ciência”.

Um grande filme!

PS: a lobotomia, operação ao cérebro inventada pelo Prof Egas Moniz, é escalpelizada como um método anti-humano. Ainda há bem pouco tempo vivia um condutor de camions nos US que em criança foi sujeito à lobotomia suborbital, processo introduzido por um médico americano que utilizava, na casa do próprio doente, um “espetador de gelo” para operar via globo ocular. A finalidade era cortar alguns ligamentos nervosos e assim baixar o nível das descargas electricas do cérebro que se manifestavam em situações de loucura. Há famílias nos US que já apresentaram queixa nos Tribunais com vista a ser retirado ao médico português o único Prémio Nobel da medicina portuguesa!

Drª. Cavaca, como é que se chama?

Ri-me sozinho, ontem à noite, enquanto assistia, na SIC Mulher, à cerimónia Mulher Activa do Ano. Uma prémio para o qual estava nomeada a nossa aventadora Maria Pinto Teixeira.
A certa altura, foi ao palco agradecer não sei o quê uma voluntária do Banco Alimentar. Imediatamente antes, discursara Maria Cavaco Silva, mulher do Presidente da República, que ficou por ali. A tal voluntária discursou e, na altura dos agradecimentos, quis referir a primeira-dama mas… tinha-se esquecido do nome dela.
– «Queria agradecer à Drª. …, ah, ah…»
E virou-se para trás, para a Cavaca, e perguntou-lhe alguma coisa que a câmara não captou. Deverá ter perguntado «Drª Cavaca, como é que se chama mesmo?», porque voltou a virar-se para a assistência e continuou:
– «Queria agradecer à Dr.ª Maria Cavaco Silva…»
Não há dúvidas de que foi um excelente momento de televisão. Um espectáculo perfeito, a que só faltou a vitória da nossa Maria Pinto Teixeira.

O corno foi à Assembleia

O corno foi à Assembleia da República e, como se esperava, defendeu o primeiro-ministro. Que não, que o primeiro-ministro não sabia do negócio PT/TVI. Mesmo que as escutas provem o contrário, e mesmo que não conste que está dentro do pensamento de José Sócrates, Granadeiro consegue garantir que o primeiro-ministro não sabia.

E depois queixa-se de ter sido encornado. Foi encornado e gostou.

Ao cuidado do Governo: o exemplo sueco

Já que se gosta tanto de usar os exemplos dos outros, para reduzir reformas, direitos e afins, para se fazer sacrifícios, para se ser mais produtivo, e tudo o mais, aqui está um exemplo que, já agora, poderíamos seguir.

Até a bem da tão propalada moralização da vida política nacional, e do dito esforço colectivo que representa o PEC.

Claro que se pode sempre dizer que estes suecos mais o seu Parlamento não passam de uns demagogos, ou que há diferenças climatéricas que impedem de seguir o exemplo, etc. …

Diálogos de café: o eixo da terra

-Eh, pá, finalmente um dia de sol. Já estava farto de tanta chuva.

-Pois é, parece que a culpa é do anticiclone dos Açores.

-Ouvi dizer que este ano está mais fraquinho…

-Mudou de sítio, pá, o problema é esse.

-Se mudou de sítio não sei, mas lá que tem chovido como o caraças, isso tem. Ouve lá, como é que o anticiclone mudou de sítio?

-Foi o sismo, acho que o do Haiti. Li no jornal que entortou o eixo da terra.

-Entortou o eixo da terra?

-Entortou o eixo da terra e, como ficou todo torto, o anticiclone saíu do lugar.

-Puxa, não admira que o tempo tenha ficado doido. Isto está cada vez pior.

-Já não há volta a dar. Como é que se pode endireitar outra vez o eixo da terra? Nem daqui um século.

-Porra!!! Estamos lixados, pá, a minha sorte é que já não me sobram muitos anos.

os amores são como o vento

 

Namoro, ele e ela em procura da igualdade

 para Maria da Graça

O título precisa  uma certa certa definição. Amores há muitos e de diversas maneiras. Há o amor à Mãe, há o amor à Pátria, há, finalmente, o amor à Humanidade, e dentro de Humanidade, há o amor personalizado. Esse amor a dois, que é nosso melhor alimento espiritual e que dá força para continuar a vida.

Vivemos num país de brandos costume, como é denominado Portugal, que causam estragos se nós sabermos por não saber precaver situações de alto risco. Apenas durante estas duas passadas semanas, tivemos uma hecatombe na Madeira, como já comentara num ensaio anterior; a seguir, e por esse descuido, o Chile ficou de joelhos: nem partido nem quebrado, mas sim, dobrado. Faz dos dias antes desta data, a Turquia ficou de rastos. O que segue, não é sabido. Quem nos dera sermos bruxos ou uma divindade qualquer. Conheceríamos assim o futuro e aprenderíamos a gerir o presente.

Mas o presente tem um senão. Especialmente em amores privados. O homem quer mandar, assim foi habituado desde a sua mais tenra infância, e não consegue suportar o machismo crescente da mulher. Pelos menos, na minha geração que não a dos mais novos: novos são meus netos que, a todo minuto, devem começar a namorar, especialmente o mais velho, que neste Junho faz dez anos. A sua pequena irmã de sete, já pretende ter sedutores, porque imita a mães que é linda como o sol, sabe que é assim e, sem se exibir, aceita com paciência as simpatias dos seus colegas e compatriotas holandeses e ingleses. Tomás segue os passos do pai, que está sempre a trabalhar no seu Museu da Insurreição, que bem dirige. É um genro de bom feitio e lindo, como o seu filho, meu neto. Nem um nem o outro, reparam se são pretendidos ou não, não têm vaidade, não se exibem. [Read more…]

E se beber 4?

Diga adeus à obesidade com dois copos de vinho por dia.

No fim da Guerra, um dia de sol


Quem se passeie pela net, decerto encontrará sites e foruns nos quais mutuamente se agridem nacionais dos mais diversos países. Se os ingleses “são por regra” bêbados, os holandeses são uns parolos de soca nos pés e chibata na mão, os alemães são todos militaristas, os franceses nunca tomam banho e os italianos pertencem todos – e mais alguns – à Mafia. Quanto a nós, portugueses, ficamos-nos pelos tipos com 1,45m de altura, bigode, boné de presilha e escarro nas paredes. A perfeita tradução para a banda desenhada, fê-la a dupla Goscinny-Uderzo num album do Asterix, talvez O Domínio dos Deuses, não tenho a certeza.

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Diz que é o Choque Tecnológico!

Portugal perdeu 8 posições no «ranking» mundial do Governo electrónico.
Lá se foi mais uma bandeira.

Pensamentos XXXIX e XL

XXXIX

Quando estiveres no mar, se vires uma baleia com cornos,

pensa, primeiro, que é uma vaca.


XL

Quando uma galinha te mostrar os dentes,

pede-lhe que mie.


Conheça o primeiro Caderno de Pensamentos do Sr. Anacleto da Cruz.

O «amigo Joaquim» tem medo de quê?

Agora que Joaquim Oliveira se recusou a ir à Comissão de Ética explicar os negócios do seu Grupo, fico à espera de saber o que têm a dizer todos aqueles que tanto criticaram o director do «Sol» por ter adiado uns dias a ida ao Parlamento.
Que Joaquim Oliveira prefere fazer as coisas pela calada, na sombra, já sabíamos. Agora, que se recuse a ir à Assembleia da República, já é algo que ultrapassa todos os limites. José António Saraiva foi, Pinto Balsemão foi, Moniz foi. E o amigo Joaquim, que ainda tem o desplante de processar o Estado, tem medo de quê?

A conheci e nada pedi. Um poema

a mulher do meus sonhos

Entrei na sala de aulas. Era o meu dia de proferir uma lição. A lição da semana. Não olhei para sítio nenhum, conforme meu hábito, nem falei. Distraia-me. Distrair-se no começo da elocução, era um pecado. Um grave pecado. O meu dever era ensinar. Para ensinar, deve-se estar concentrado. Todos o sabiam e por isso não me falavam. Era sabido por todos que no meio da conferência, ia parar, calar e dizer, caramba, estava tão dentro dos meus pensamentos, que me esqueci de cumprimentar. Todos riam. Mas ninguém falava. Conhecido era que qualquer frase ia danar-me, perdia o fio da memória, esquecia a frase seguinte. A prova era dura. Era meu costume enviar as habituais seis páginas da temática que ia proferir, vários dias antes. Todos liam e sabiam do que eu ia tratar. Carregado de textos, enquanto falava, procurava citações em livros sinalizados por mim com pequenos colantes amarelos escritos com a ideia central para desenvolver ao longo de 45 minutos. Nenhum minuto mais, nenhum minuto menos. O título da aula era a minha hipótese, e os pequenos colantes que marcavam diversos sítios dos vários textos, as ideias substantivas para provar a central. Esses 45 minutos voavam como borboletas, com os meus olhos fixados em cada flor que ai estava. Olhava-as, mas não as vias. Bem sabiam as minhas borboletas que um pequeno sussurro delas, encurtava o meu pensamento e não ia saber como continuar. Cada dez minutos, contava uma anedota para aligeirar a lição e aliviar a forçada concentração a que as obrigava. Borboletas femininas, borboletas masculinas, de curta idade, à tarde e à noite, adultos que trabalhavam durante o dia e apareciam às 18.15 – a minha lição devia começar às 18, mas eu dava quinze minutos de tolerância, porque, em hora de ponta, as deslocações eram cumpridas e pesadas, porque um café para estarem acordados, porque um queque para entreter a fome. Porque a conversa de corredor era obrigatória. Porque milhares de motivos entretinham as minhas borboletas.

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Faltam 423 dias para o Fim do Mundo…

Os amigos são para as ocasiões e Constâncio sabe disso. E adivinhem lá, adivinhem: quem vai pagar a crise, quem é??? Entretanto, um português foi raptado por piratas somalis! São burros estes piratas, então não sabem que nós ainda estamos economicamente piores do que eles?

Joaquim Oliveira trata a AR como se fosse a Liga dos Clubes. E nada como ver e rever as gaffes da nossa classe política, nada como rir para alegrar a classe média.

Assim vão os nossos dias…

ADENDA: Absolutamente notável é esta posta do Gabriel no Blasfémias:

E a responsabilidade é da senhora que ainda dirige o partido, que há muito deveria ter criado condições, retirando-se atempadamente, para que tal partido estivesse  neste momento pronto a dar plenamente o seu contributo, com projecto claro para o eleitor. Mas por razões pouco claras, tal não era do seu interesse, pagando o país por isso uma factura muito cara.

Presente e futuro da Advocacia: uma questão de República (7)

Continuando o que escrevi aqui.

Além das matérias exclusivamente respeitantes aos Advogados e à Ordem dos Advogados (OA), existe um conjunto de questões da Justiça que de modo directo e incisivo influenciam quer o estado quer o rumo da Advocacia em Portugal.

Será essa sumária abordagem que se farei a partir de agora, e que se reporta a problemas sérios e graves da nossa República que, por isso, dizem respeito a todo o cidadão. Uma abordagem assumida e necessariamente política. Pois que política advém do grego “politiká”, ou seja assuntos públicos, o que diz respeito ao público. Tal como República, do latim “respublica”, se reporta à coisa (“res”) pública, à administração da coisa pública, do que é público.

Nos últimos anos, tem-se assistido a uma mudança de paradigma (no sentido de modelo) no modo como é encarada a administração da Justiça por parte da classe política. E tal mudança é de fulcral importância, pois que é a classe política que faz as leis que ditam as regras de funcionamento e as competências das instituições da República – com especial relevo, no presente caso, para os tribunais – bem como as soluções a dar aos casos apresentados à Justiça. Já que a actividade de um Juiz é mesmo essa: aplicar o Direito ao caso. Direito, esse, criado mormente pelo Parlamento e, em certas matérias ou condições, pelo Governo.

O controlo parlamentar sobre a actuação do Governo, é atenuado quer pela lógica funcional parlamentar – o partido maioritário no Parlamento, que assim forma Governo, não vai verdadeiramente fiscalizar o Governo de quem é “pai”- quer pela perversa e má prática política lusitana de que o Chefe de Governo pode acumular o cargo de líder do partido pelo qual foi eleito.

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Poesia – Não Tenho Princípio Nem Fim

Não tenho princípio nem fim

Não principio nem acabo

.

Sou o rumor das pétalas a abrir

Sou o grito das cores berrantes

O vestígio de beijos a florir

A noite a cair em instantes

Sou o sangue a correr em mim

Sou vida e morte por um bocado

.

Sou o som da semente a nascer

Sou o que sou, de minha autoria

Volto amanhã se hoje morrer

Sou o rumor do nascer do dia

.

Não tenho princípio nem fim

Não principio nem acabo

Anseio por ser eterno,

Ao fim e ao cabo.

O Porto é uma nação? Independência da Região Norte de Portugal (Memória descritiva)

Mapa da Gallaecia.

A primeira vez que fui ao Porto, viajei com os meus pais, pois era um miúdo pequeno, com seis ou sete anos. Chegámos num sábado, numa manhã de Primavera, fria, mas luminosa. Saímos do comboio na Estação de São Bento e logo fiquei maravilhado com as diferenças – o empedrado das ruas, os eléctricos acastanhados e (pareceram-me) mais largos do que os de Lisboa, os prédios escuros… Via muito cinema e a Baixa do Porto, pareceu-me um cenário londrino. Tudo era diferente.

O meu pai era o único que conhecia a cidade e, orgulhosamente, servia de cicerone. Mas não a conhecia tão bem como dizia e no dia seguinte, um domingo, andámos muito a pé e quando quisemos regressar à pensão ou pequeno hotel da Avenida dos Aliados tivemos de apanhar um táxi. E foi ao taxista que, quando o meu pai se queixou de que a cidade estava muito grande, usou uma expressão que iria ouvir pelos tempos fora (com registos diferentes): «O Porto é uma nação!».

Quando, dias atrás, falei na necessidade de debater um assunto que me parece mal resolvido – o das queixas que a Norte, particularmente na cidade do Porto, se ouvem relativamente ao poder central – não imaginava que houvesse um movimento propondo clara e abertamente a secessão. Circulam documentos nesse sentido, existem sites e blogues, os comentários (alguns) são arrepiantes de ódio e asco ao Sul. Tinha lido um desabafo separatista de um amigo do Aventar, mas atribuí ao facto de ele estar num mau dia. Não supunha que a questão fosse tão grave. [Read more…]

PSD – O debate das Directas no Porto:

Numa excelente iniciativa da Distrital do Porto do PSD, os quatro candidatos à liderança do PSD debateram, ontem, na Fundação Cupertino de Miranda, o que querem para o PSD e para Portugal. O LR no Blasfémias já fez um bom resumo da matéria e, por isso mesmo, vou ser parco em palavras.

Realmente, a questão das claques pró Rangel levantada por LR, algumas vindas de fora da GAMP, foi notória e despropositada, mas enfim, populismos estilo RGA. Julgo que a presença da comunicação social no evento condicionou o discurso dos candidatos pois tiveram de medir as palavras entre o discurso para dentro sem os prejudicar fora e o discurso para fora mas sabendo que quem voto são os de dentro.

Rangel prefere, para já, seguir o estilo populista à Portas. Aguiar Branco demonstra que, infelizmente, partiu tarde pois vale bem mais do que a “relação de forças” apresentada. Já Passos Coelho pareceu muito condicionado pela procura de um discurso para dentro que não prejudique fora, o que se entende por ser, francamente, aquele com mais hipóteses de vir a ser PM.

Marcelo foi o ausente mais presente. O Fantasma…

Governo deixa cair garantia sobre todos os depósitos

Com o início da recuperação, as Finanças deixam cair o compromisso político que existiu durante a crise. Em caso de falência dos bancos, os depósitos estão garantidos até 100 mil euros e não na totalidade.

No auge da crise financeira, no final de 2008, o Governo apressou-se a sossegar os portugueses: para além do aumento da protecção legal dos seus depósitos, que subiu para até 100 mil euros, o Estado garantia cada cêntimo, mesmo acima desse valor.

Agora, pouco mais de um ano depois, o Estado já não garante todos os depósitos, abandonando essa garantia política.

“Atenta a normalização das condições de funcionamento do sistema financeiro, entretanto verificadas, tal compromisso perdeu a sua justificação”, diz o Ministério das Finanças.

Questionado pelo Diário Económico, fonte oficial deixa claro que o momento actual já é de rescaldo da crise financeira, não se justificando, por isso, que as garantias para os depositantes existam para além do que é assegurado pelo Fundo de Garantia de Depósitos (FGD). Este sistema de protecção garante hoje até 100 mil euros por titular de conta. Este limite foi igualmente uma medida de excepção e, mesmo aqui, a partir do dia 1 de Janeiro de 2012, o FGD voltará a pagar apenas 25 mil euros por depositante.

COMENTÁRIO ENVIADO POR MIM AO JORNAL

VIA EMAIL DIRECTO

EM CASO DE FALÊNCIA DOS BANCOS. QUAIS?

BANCOS PORTUGUESES? BANCOS ESTRANGEIROS? [Read more…]

Crédito ao Consumo e do Sobreendividamento dos Consumidores

No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Consumidor (dia 15  de Março), a continuação das “Jornadas do Norte”, desta vez dedicadas ao “Crédito ao Consumo e do Sobreendividamento dos Consumidores”, no Auditório Horácio Marçal – Junta de Freguesia de Paranhos – Porto, dia 13 de Março de 2010.

Programa e ficha de inscrição, em NetConsumo.

Apontamentos de Óbidos (3)

(Óbidos vista das suas muralhas)

Apontamentos de Óbidos (4)

(Óbidos vista das suas muralhas)

Obrigado a TODAS!

A questão parece simples sendo verdadeiramente complexa: a Mulher precisa de um dia internacional? A Mulher ocidental certamente que não mas existe mundo para lá do nosso quintal.

Aliás, o nosso quintal teve ontem um belo conjunto de guardadoras de rebanhos, que isto da tradição já não é o que era. Dúvidas? As visitas são uma boa resposta: quase 2000 visitas únicas e mais de 4700 page views, uma das melhores segundas de sempre! O motivo: óbvio, a elevada qualidade do que aqui foi escrito neste Dia Internacional da Mulher por todas estas fantásticas bloggers:

Carolina; Maria Noémia Pinto; Zita Formoso; Isabel Diogo; Maria de La Fontaine; Mimi; Salomé Correia; Carla Romualdo; Ilda Rodrigues; Lurdes Rocha Girão/Paula Salema; Tereza; De Puta Madre; Ana; Ângela Castelo Branco; Maria Pinto Teixeira; Tindergirl; Rita Santos Rocha; M João RijoRenata Moreira de Sá Cruz e Ana Paula Fitas.

Foram 21 colaboradoras de luxo. O nosso muito, mas mesmo MUITO obrigada a todas vocês e a todas(os) as leitoras(os).