Mãe

 

 

(adão cruz)

Mãe

 Mãe. A palavra universal, a palavra mais consensual da humanidade. Nem Deus. Deus é de uns e não de outros. Deus é conceito de muitos e negação de outros tantos. A mãe não. A mãe é de todos sem excepção. A mãe é de todos e é só nossa. A mãe é do crente e do ateu, a mãe é do pobre e do rico, do sábio e do ignorante. A mãe é dos poetas, dos filósofos e artistas, dos bons e dos maus. A mãe é do amigo e do inimigo. Não há mãe de uns e não de outros, não há ninguém sem mãe, não há mãe de ninguém. A mãe é de toda a gente, a mãe é de cada um, a mãe é do mundo inteiro e do nosso mais pequeno recanto. A mãe é do longe e do perto, da água e do fogo, do sangue e das lágrimas, da alegria e da tristeza, da doçura e da amargura, da força e da fraqueza. [Read more…]

José Trocas-te ao vivo

José Sócrates foi anunciado como José Trocas-te na cerimónia de apresentação da Estratégia Nacional de Energia. Já não é só no Contra Informação. Agora também é na Informação.

u k e k e isto :-)

A vida apresenta-se renovada sim, mas no essencial muda pouco. No outro dia uma das nossas leitoras comentou com uma frase que só tinha uma palavra. O resto eram letras, sinais , espaços…

Muita gente está preocupada porque isto é sinal que os alunos não sabem português, e vão em mau caminho. Será, mas a verdade é que isto só tem de novo ser prática de telemóvel que nos anos sessenta não havia. Quem passou pelo Instituto Comercial de Lisboa e pelo ISEG andou anos e anos a escrever assim ou muito parecido. Eram raros os livros e a matéria era ditada pelo professor que não esperava por ninguem, o aluno só tinha tempo de escrever para apanhar o máximo possível e mais tarde completar com os colegas

Alguns de nós tiraram Estenografia, curso de 3 meses se bem me lembro, e a escrita era do mesmo tipo. “Naturalmente” saía “natu——” , “que” era “q”, “, aumentar, crescer” , “subir” era “/” ( uma seta a apontar para cima) “descer”, “diminuir” era ” /” ( uma seta a apontar para baixo) “mais” era “+” , “menos” era ” _”, “de acordo”, “parecido”, “igual” era “=” e usavamos as expressões utilizadas na Matemática. “S…”, que era “se e só se” , “implica”,determina”, “obriga” ( uma seta para a frente), enfim cada um com a sua própria escrita!

Depois havia os arrumadinhos que “passavam a limpo”, e completavam com a ajuda de outro(s), letra circular para poder ser passada a fotocópias e ganhar dinheiro com a venda ou para emprestar às miúdas. O meu amigo Joaquim Martins da Silva era (é) um campeão entre as miúdas por causa dos apontamentos. Nada disto impediu os bancos se encherem de quadros e as empresas industriais de directores e administradores, resultado da talvez  única vantagem que a minha geração teve em relação à actual. Emprego à saída da escola.

Outra das “capacidades” que tínhamos que desenvolver era “a leitura em diagonal” e conseguir reter o essencial. Ou fazíamos isto bem, controlando os reais problemas que existiam na empresa ou outro o faria. Ou ainda pior ninguem o faria. Isto mostra que saber português não é importante? Claro que não, para se chegar aquele nível de “interpretação” eram precisos muios anos de trabalho no português ( só o facto de gostar muito Luis de Camões é que me aguentou na poesia, depois de ter que “dividir as orações” dos Lusíadas).

Estes sinais dos jovens não são catastrofistas, bem ao contrário, mostram a capacidade das novas gerações em se adaptar às novas tecnologias, nas comunicações, na informática, quem consegue dominar estas técnicas vai tambem conseguir evoluir e acompanhar o futuro.

Governo acaba com concursos de professores, uma nova guerra começa

Com uma enorme deslealdade para com os sindicatos que assinaram um acordo com o Ministério da Educação, o governo prepara-se para aprovar um novo estatuto da carreira docente (que o Aventar publicou) que termina com os concursos, obrigando os professores a ficarem colocados na escola onde se encontram.

É de doidos varridos, tanto mais que acontece numa altura em que muitos professores não puderam concorrer, tendo sido ultrapassados por outros mais novos.

É uma forma directa de convidar os professores a um regresso à rua. Não se entende, a menos que se trate de uma imposição de Teixeira dos Santos, que deve confundir escolas com repartições de finanças.

Vai perceber a diferença em muito pouco tempo.

Mourinho: O Génio

Lamento informar mas o José Mourinho, o Special One, voltou a provar que não é português. Temos pena, mas não é.

Ele estuda os adversários, ele domina a matéria, não teme nenhum rival e, para cúmulo, é arrogante como o caraças e vence. Todo ele transpira superioridade e prova-o. Reparem, quantos de nós não conhecemos um colega de trabalho, um agente de autoridade, um político ou um familiar armado em arrogante mas ao qual não atribuímos grande importância ou valor pois estamos fartos de o(s) ver falhar redondamente, demonstrar um conteúdo básico para lá da capa emproada que tapa a verdadeira mediocridade? Pensem bem, quantos? Uns poucos, não? Eu conheço alguns. Mas nenhum deles domina as matérias, sabe da poda e vence. Nem um. Até podem ganhar uma ou outra batalha mas perdem sempre a guerra.

Já Mourinho é um vencedor. Eu admiro-o mas não o considero um português. Infelizmente, nós não somos assim.

O chefe da Máfia envia-te um pedido de amizade no Facebook

Há coisas que dão mau resultado se acontecerem: Netanyahu passear sozinho à noite na Palestina, o papa ser um frequentador compulsivo de casinos e bordéis, Obama confraternizar com a Ku Klux Klan sem guarda costas, Cristiano Ronaldo passar as noites em discotecas públicas, o chefe da Ndrangheta cultivar amigos no Facebook, por exemplo.

Mas Pasquale Manfredi, conhecido por Scarface, chefe do clã Nicosi-Manfredi, procurado por ser suspeito de crimes de associação mafiosa, homicídio, extorsão, tráfico de drogas e posse ilegal de armas, não deve ter pensado nisso. Conhecido como frio e implacável, Scarface guardava consigo um pequeno segredo: derretia-se a fazer amigos no Facebook. Não percebeu que a realidade virtual deixa um traço real e palpável, bastando à polícia localizar o seu modem para o apanhar de rato na mão.

Como resultado, o próprio Facebook coloca a notícia na página onde aloja os 16 Pasquale Manfredi que por lá existem. Quantos amigos teria, afinal, Scarface? Jogaria Farmville? Mandaria coraçõezinhos e embrulhinhos com delicadas prendinhas digitais aos seguidores? A polícia não esclarece, o Facebook não revela.

Mc Snake não volta a cantar, e a polícia vai continuar a matar? (2)

A TVI24 recolheu junto de uma fonte policial um depoimento sobre o procedimento habitual num caso de fuga a uma operação stop:

Nos casos de fuga a uma operação policial, o procedimento habitual é o de recolher de imediato as características do veículo, a matrícula e enviar a informação à central que depois emite às restantes patrulhas, de modo a que o suspeito em fuga possa ser interceptado noutro local ou para que o caso passe para as brigadas de investigação criminal. «As perseguições acontecem quando existem mandatos de captura ou existe perigo para a vida dos agentes ou de terceiros», explicou a mesma fonte.

A mesma fonte chega a afirmar que o agente autor dos disparos pode ter agido para «mostrar serviço» já que, espante-se quem não conhece os processos de avaliação da função pública, «isso tem valor para a avaliação e para a progressão na carreira».

Dos comentários ao que já aqui escrevi retiro este testemunho de um leitor:

Moro em S. Domingos de Benfica e essa noite estava acordado.
Não vi, mas ouvi os disparos. Sim eu disse disparos no plural porque não foi nem um nem três tiros que o agente disparou contra o alegado grande criminoso, pelo menos nos olhos deste grande agente policial com queda para juiz de rua.
Nessa noite comecei por ouvir dois tiros seguidos e nem tinha passado três segundos, quando são disparados mais e desta vez não foram apenas dois. Bem, eu não sei quantas munições tem uma arma da psp mas leva-me a crer que este agente regressou á esquadra sem elas.

Filosofia de bolso (5)

– Na vida, os valores e os princípios têm o seu peso. Por isso é que há uns que sobem mais facilmente do que outros.

“Geração Zero” ou “Geração Caótica de Woodstock”

A máquina ultraconservadora americana está oleada para o exercício de temeridades comunicacionais poderosas. Tão poderosas que, além dos obstáculos criados ao crente Obama, na reforma do sistema de saúde por exemplo, é capaz de lançar diabólicas acusações de propaganda, mesmo sobre destinatários geracionais não identificados. O pior é que encontra um acolhimento, muito generalizado, de cidadãos norte-americanos, do Arkansas a Utah, que é como quem diz do primeiro ao último Estado da Nação.

Agora, segundo notícia do jornal i, A culpa da Crise é dos Hippies. Com efeito, afirma a notícia que “os hippies de Woodstock terão criado a base do colapso financeiro de Setembro de 2008”. Trata-se, efectivamente, de um libelo acusatório redutor e pensadamente malévolo, o qual impende sobre todos os hippies, em particular aqueles que à época experimentaram a exuberância de vida em Woodstock. Muitos já partiram, mas permanecem com todas as culpas gravadas na tumba.

A tese é defendida no documentário “Geração Zero”, da Citizens United, afecta ao Partido Republicano dos EUA. O produtor é um tal David Bossie que, certamente, encaixou uns quantos milhares ou milhões de dólares – o mais importante para ele – e manifestou com desmesurado desvelo a dedicação à causa republicana. Uma causa gratificante e que difere daquela que, por exemplo, atinge mais de 45 milhões de seus concidadãos sem cobertura de um sistema de saúde e expostos ao risco de sofrimento e/ou morte em caso de acidente ou de patologia de qualquer género. A culpa é – dizem eles – da ‘Geração de Woodstock’.

Até à revelação de tão esclarecedor libelo, confesso a minha ignorância. Julgava eu que o Alan  Greenspan, nascido em 1926, o Milton Friedman (1912-2006), o Bernard Madoff (1938) e outros seus contemporâneos não se integravam na juventude de Woodstock. Afinal, das duas uma: ou festival de Woodstock é mais antigo do que eu pensava ou a plateia etária era mais alargada ao tempo.

Resta em mim uma desilusão, porque ao participar no “Woodstock à portuguesa”, em Vila Nova de Cerveira, também estou, de certeza, na “geração dos irresponsáveis”, ou seja, a “Geração Caótica de Woodstock”  a tal que criou os ‘hedge funds’, a falta de supervisão da banca de investimentos, os bancos ‘off-shore’, a excelência do monetarismo e até, calcule-se, o casino de Wall Street. Este, todavia, continua em funcionamento com filiais dispersas por todo o globo.

Quando é que acabam os efeitos de Woodstock para que humanidade viva melhor? Da Citizens United nada me dizem. Nem sequer respondem.

1,84 de Guarda-redes

Há em Portugal uns mitos à volta do futebol.
Um deles é que o Quim é baixo.
Vejamos:

Quim: 1,84
Baía: 1,86
Casillas, do Real Madrid: 1,84
Valdés, do Barcelona: 1,83

Tens coragem de dizer que és de Esquerda?


Tens coragem de dizer que és de Esquerda?

Apoias este Governo e este Primeiro-Ministro, votaste nele.
É um Governo que negociou o Orçamento com a Direita e que vai negociar o PEC com a Direita.
É um Governo que não toca nas mais-valias em Bolsa, que continuam isentas de tributação.
É um Governo que não toca nos privilégios fiscais dos Bancos, que continuam a pagar 50% do IRC das outras empresas.
É um Governo que não cria um imposto para grandes fortunas.
É um Governo que não taxa os bens de luxo.
É um Governo que não mexe no sigilo bancário ou no sigilo fiscal.
É um Governo que só faz privatizações.
É um Governo que não mexe nos privilégios dos gestores públicos.

Mas é um Governo que vai diminuir o Rendimento Mínimo.
É um Governo que vai diminuir o Complemento Solidário para Idosos.
É um Governo que vai diminuir o Subsídio Social de Desemprego.
É um Governo que vai diminuir a Pensão de Viuvez.
É um Governo que vai diminuir o Complemento de Dependência (idosos).
É um Governo que vai diminuir o Subsídio para Pessoas Deficientes.

Continuas a ter coragem de dizer que és de Esquerda?

A última proposta do Ministério da Educação para revisão do ECD

Projecto de alteração ao ECD – versão de 15 de Março de 2010 http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf
O Ministério da Educação apresentou ontem aos Sindicatos a última proposta de revisão do ECD.

E se de repente a Proposta do ME estiver fora, em n pontos, do que ficou acordado com os sindicatos, o que é que a FNE e a FENPROF vão fazer? O preço do fim dos titulares não está a ficar muito alto?

Ver a proposta completa aqui.

Querido Pai – para falar (em três tempos) das atrocidades da guerra e das ditaduras


Fizeste-me. Embora ninguém o queira dizer. Porque é a mãe quem faz o filho. Mas, eu sei, todos sabemos que me fizeste. A melhor lembrança de vida és tu. Com o teu silêncio, a tua distância, o teu sorriso, as tuas palavras duras, as tuas indicações. O caminho das alternativas. Talvez, a reverência à mãe. O carinho que sempre vi, teres por ela. Esse carinho calado, orientador, receptor, que aceita e dá.
Fizeste-me. Com o teu corpo, é verdade. Mas com a tua paixão depois, é mais verdade ainda. A tua paixão pela mulher que me levou no seu ventre. Essa paixão que eu não vi, mas senti. Senti dentro do corpo da mulher que amavas, senti no teu respeito por ela, na tua entrega a ela. Na tua preocupação silenciosa por ela. Sem dizer a ninguém se era ou não difícil com ela lidar. Porque tu eras homem e ela mulher, essas duas diferenças que a sociedade marca e que a cultura hoje quer ultrapassar. Para definir uma igualdade impossível entre homem e mulher, entre pai e mãe. [Read more…]

De Tanto Olhar

De tanto olhar

Tanto olhar

Olhos perdidos

Na lonjura das águas

Vejo-me nos tempos idos

E recordo as minhas mágoas

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De tanto olhar

Tanto olhar

.

(Poema e fotografia da exposição “Água e Palavras”)

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Da censura da Direcção do Jornal de Notícias ao Aventar

O Aventar solicitou ao Jornal de Notícias, a publicação do seguinte anúncio:

O mesmo foi recebido pelos “Serviços de publicidade” e foi pago.

Como o mesmo não viu a luz do dia, foi pedida uma justificação, e a resposta foi a seguinte:

“Um dos meus colegas fez uma tentativa de contacto telefónico para o nº de telef. constante na ficha mas sem sucesso.

O anúncio não foi autorizado a publicar pela nossa Direcção.

Quanto ao valor já foi restituído na 6ª feira passada para o cartão de crédito com que efectuou o pagamento.”

Tudo isto foi já devidamente publicado no Aventar.

Face a tal, e no meio de total estupefacção perante semelhante comunicação – principalmente no que refere à afirmação “O anúncio não foi autorizado a publicar pela nossa Direcção” -, tratou o Aventar de solicitar a mesma publicação no jornal Público, que aceitou.

De reter estas duas afirmações:

“Um dos meus colegas fez uma tentativa de contacto telefónico para o nº de telef. constante na ficha mas sem sucesso.”

– “O anúncio não foi autorizado a publicar pela nossa Direcção”.

Pelos vistos, para o Jornal de Notícias, depois de aceitar um anúncio e receber o preço, dar o dito pelo não dito ao cliente, rompendo com um contrato sem sequer fundamentar, de dizer porquê, só merece o esforço de uma mísera tentativa de contacto telefónico.

Mais ainda: só após interpelação escrita é que o Jornal de Notícias veio comunicar que “O anúncio não foi autorizado a publicar pela nossa Direcção”. Mais nada. Porque razão foi tal decidido pela Direcção do Jornal de Notícias, nem uma palavra.

Aliás, na mesma linha de fazer uma só tentativa de contacto telefónico para contactar o cliente do qual se aceitou um serviço e respectivo dinheiro e depois se mandou à fava.

Devem estar em contenção de custos…

Fora a já referida violação contratual – já de si grave e que dá lugar a inequívoca obrigação de indemnizar a outra parte nos termos do Código Civil -, irei pronunciar-me, sucintamente, à não autorização da Direcção do Jornal de Notícias – que duvido ter-se tratado de uma decisão unânime – em publicar tal anúncio, enquadrando-a, com especial enfoque em sede do Código da Publicidade (aprovado pelo DL 330/90, de 23/10, e actualizado até ao DL 57/2008, de 26/03).

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16 de Março de 1974: falsa partida (Memória descritiva)

Como julgo já aqui ter dito, através de um jornalista amigo que, no quadro das suas funções, assistia às reuniões do MFA, fui seguindo o caminho que as coisas estavam a tomar. Naquele princípio de 1974, as reuniões que fazíamos na Rua de Silves, na Parede, ora em casa do Joaquim Reis, um compadre meu ou na garagem de um outro elemento do grupo (quando havia muita gente), eram animadas pelas informações que o tal jornalista ia trazendo. Sabíamos que, mais tarde ou mais cedo, a tropa sairia para a rua.

Por isso, naquele sábado pela manhã, quando começámos a ouvir as notícias na rádio e na televisão, pensámos que era o “tal” movimento que andávamos a seguir há meses. Tínhamos muita esperança e quando verificámos a facilidade com que a tentativa foi neutralizada, apanhámos uma grande desilusão. Só na reunião da semana seguinte ficámos tranquilos – o “tal” movimento não fora ainda desencadeado. O que se passou então no dia 16 de Março de 1974? [Read more…]

Trocar apoios sociais por salários

Se uma empresa tem condições para continuar a laborar, ou se após investimentos tem condições de estar no mercado, porque não a Segurança Social apoiar nessas vertentes em vez de pagar a desempregados?

Só tem vantagens. Desde logo porque não fica mais caro ao Estado, depois porque permite que a empresa se adapte e se torne competitiva, e não de menos importância tira às pessoas essa sensação de inutilidade de quem está desempregado.

Claro que isto tinha que ser com conta, pois não se pode de maneira nenhuma estar a conceder apoios a empresas que sempre viveram a pagarem salários de miséria e o mesmo para as que não têm mercado ou foram ultrapassadas por novos produtos e estão absoletas.

A flexisegurança ( permitir que os empregados transitem entre a empresa e a Segurança Social) que é uma medida que vai na esteira da que estamos a tratar, embora não sendo a mesma, tem contribuído bastante para que os Estados do norte da Europa se defendam bem desta crise que está longe de acabar e que vai gerar ainda mais desemprego.

As vantagens são evidentes em termos de produção e sociais ! E com o desemprego acima dos 10% vamos ter violência e problemas sociais se nada se fizer para tirar as pessoas das tabernas e dos bancos dos jardins.

Faltam 418 dias para o Fim do Mundo

A polícia mandou parar uma viatura. O condutor não parou. A perseguição acabou com um morto. Desta vez não era mais um simples desconhecido. A bronca está instalada.

O país está falido. O governo tinha que procurar obter receitas. A vítima é a classe baixa e média baixa. É Portugal no seu melhor. Isso e os prémios da PT. É fartar vilanagem…

Em Portugal perdem-se actas como quem perde um isqueiro. E ficam leis por regulamentar. É a velha incompetência lusa em acção.

A crise não é culpa da banca nem dos especuladores. É dos hippies. Da Geração Rasca, passando pela À Rasca e terminando na Zero…Para relembrar outras gerações à rasca, toca a não perder pitada do The Pacific.

Assim vai o nosso Mundo…

inverdade é diferente de mentira…

MC Snake não volta a cantar, e a PSP vai continuar a matar?

Nuno Rodrigues, aka Mc Snake, foi atingido por um disparo da PSP na sequência de uma perseguição no mínimo mal esclarecida.

O vocalista convidado deste  Navegantes de Sam The Kid não volta a cantar. A pergunta é: a PSP voltará a assassinar (disparar sobre um veículo mesmo que em fuga não havendo uma situação de perigo para terceiros em Portugal é homicídio) acidentalmente, ou está mesmo a comprar uma guerra social?

É que se estiver até pode comprar barato, mas vai-lhe custar muito caro.

Actualização: Nem armas, nem drogas, nada foi encontrado no automóvel, um velho chaço que não precisava de ser travado a tiro. O autor do disparo foi constituído arguido, mas continua em funções. Ao menos tiraram-lhe a arma?

caluda! fuga, silêncio e fantasia

O que os adultos pedem às crianças

É o que se grita às crianças. É o que os adultos gritam às crianças, quando os adultos calculam. Quando os adultos querem pensar e pensar sem a pequenada em frente. Ou, com a pequenada em frente. Que, ao não saber o que os adultos falam, falam elas. Porque desejam ser ouvidas. E nem sempre ouvidas são. Porque o adulto tem que pensar, decidir, optar. E a pequenada fica confundida, confusa, contrariada. Ainda que não saiba que é assim que fica. E foge. E não ouve. E refugia-se na fantasia. Foge para a rua, não ouve e continua a falar, tece ideias dos contos de fadas.

1. Foge. Foge para a rua, para os amigos da rua. Eles sabem e dão acolhimento, dão camaradagem, dão ternura. Essa ternura que os adultos parecem não ter para eles, por mandarem calar. Os amigos da rua constituem um grupo unido que transfere afectividade, mesmo que dentro das disputas. Mas afectividade, essa que pode existir porque não há laços de hierarquia consanguínea, familiar, paternal, maternal. São, esses amigos da rua, todos iguais. Com a diferença de quem sabe jogar melhor ao berlinde, quem sabe atirar o pião de forma mais acertada, quem emboneca a boneca com fitas mais brilhantes. A hierarquia entre eles, define-se pelas habilidades. A hierarquia dentro de casa, é de idade. E de origem. Os filhos do papá, os filhos da mamã, os filhos do papá e da mamã, esses meios-irmãos que até avós e tios diferentes têm entre eles. Donde, a concorrência de qual é o papá mais valente, vive-se no seio do lar; e de qual é a mamã mais diligente, vive-se dentro da casa. Na rua, os adultos desaparecem para ficar o domínio da conversa apenas a aferir as habilidades para a brincadeira e o jogo. Os adultos que calculam, precisam de gritar e dizer caluda aos pequenos, enquanto combinam como vão fazer para repartir a autoridade entre esses papás que são e vivem fora, esses papás que o não são e vivem dentro. A escola, os deveres, o convívio, são secundárias. A distribuição entre os ancestrais consanguíneos, é que a conversa rival primária: o teu papá não aparece, a tua mamã anda apaixonada pela outra família e o novo bebé…Na rua,

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Um Louvor do Aventar à Direcção Nacional do PPD/PSD

José Magalhães, Fernando Moreira de Sá, José Freitas, Ricardo Santos Pinto. Miguel Dias, Adão Cruz, Carla Romualdo, José João Cardoso, J. Mário Teixeira e Carlos Fonseca

No âmbito das comemorações do 1º aniversário do Aventar, foi marcado um almoço no Porto para o dia 13 do corrente mês.

Face à concorrência do congresso social-democrata, logo se adivinhou que alguns elementos aqui da casa poderiam ter a tentação de faltar. Isto, porque alguns elementos desta casa estavam convencidos – imagine-se… – que lhes seria permitido estarem presentes no dito evento, na qualidade de “bloggers”.

Houve apreensão durante algum tempo, até que pela iluminada decisão da Direcção Nacional – Comissão de Organização do Congresso do PPD/PSD (e não apenas PSD, por respeito ao mentor do congresso), respirou-se de alívio, pois que os “bloggers” levaram com a porta no nariz e, à custa disso, os da casa ganharam um lugar à mesa.

Bem haja, pois, a decisão da Direcção Nacional – Comissão de Organização do Congresso do PPD/PSD, que contribuiu para que o almoço do Aventar no Porto, fosse mais participado, à custa dos que não tiveram lugar em Mafra.

Por isso, assim lavramos o nosso Louvor à Direcção Nacional – Comissão de Organização do Congresso PPD/PSD.

Este blogue poderá ter muitos defeitos, mas ser ingrato não é um deles.

Apontamentos de Óbidos (11)

(Caminhando pelas ruas de Óbidos)

Eduard Khil, o cantor soviético do YouTube


É o novo êxito do YouTube: um vídeo musical de 1976, no qual o cantor romântico soviético Eduard Khil trauteia a melodia de uma canção à qual os censores do Kremlin não deixaram passar a letra por falar de um cowboy cuja namorada ficava em casa a tricotar meias.
Realmente, depois de ouvir a letra com atenção, não se percebe quais os motivos que levaram à censura. Quanto a Eduard Khil, parece que não sabe muito bem o que é a internet.

As ditaduras e a instrução

claustro mosteiro trapenses

 Para a Sra. Dra. D. Dulce de Freitas.

Este espaço de debate, tem sido usado para esclarecer os conceitos de educação e de instrução. Tema recorrente neste espaço, mas ainda não esclarecidos. Pelo que novamente os trago para debate, à luz das minas conversas com uma amiga, que eu denominava Titucha e que muito me esclareceu. 

1. Os eruditos.

A ditadura não é virtual, é a materialidade da acumulação do poder nas mãos de apenas uma pessoa que governa. A ditadura não é virtual, assume todos os poderes para mandar como entende. Para agarrar qualquer um que pense de forma diferente. Qualquer um que deseje a divisão do comando do poder.

A ditadura apoia-se, normalmente, nas armas e na proibição de pensar de todos os seres que queiram ser diferentes. Principalmente, na proibição de pensar. Os perigos para uma ditadura não são os opositores políticos: esses são assassinados. Os seus perigos são os intelectuais das ciências definidas, normalmente, como sociais.

De entre eles, qualquer um capaz de pensar de forma diferente e organizar forças para se opor ao ditador. Ditador nunca eleito pelo voto, sempre apoiado pelos interesses de proprietários de bens de produção, a sua gestão e a sua autoridade sobre a força de trabalho, gestores que os possuem e os querem libertar. O objectivo do ditador é lucrar, ganhar, triplicar o poder sobre os bens e as pessoas.

A ditadura é a cobiça dos proprietários que apertam os laços sociais, da memória e do pensamento, para lucrar sem pagar e aumentar a mais o valor já incrementado na democracia formal gerida entre proprietários de bens e proprietários de força de trabalho. Tal e qual Tomás de Aquino define, tal e qual Ludwig Feurebach, professor de Karl Marx, apela para a greve, como Aristóteles tinha já definido, como Durkheim fala mais tarde, como Wagner escreve nas suas quatro óperas, escritas entre 1848 e 1874: O Anel dos Nibelungos, como Max Weber analisa na sua obra a tirania religiosa para os diferentes grupos de fé espalhados pelo mundo no seu texto publicado em alemão em 1920 y em castelhano em 1984, a primeira edição dos seus textos escritos entre 1898 e 1905, reunidos num texto denominado Ensaios sobre sociologia da religião, que como começa com o seu afamado A ética protestante e o espírito do Capitalismo, e continua com os textos Las sectas protestantes y el espíritu del o capitalismo, publicado em 1915, assim como La ética económica de las religiones universales. Ensaios de Sociologia comparada de la religión, de 1920 Textos todos reunidos em edição Castelhana da Editorial Taurus de Madris, a partir de vários ensaios, publicados como Gesammelte Aufätze zur Religionssozociologie. [Read more…]