A valsinha das medalhas

Quando chega o 10 de Junh0 , só me lembro desta música. E de como, um dia, até esse vulto do jornalismo português que se chama Leonor Pinhão foi condecorado. E de como, um dia, até eu hei-de ser condecorado.


(peço desculpa pela qualidade do som, mas o meu velho vinil de 1986 já não está para grandes andanças).

A VALSINHA DAS MEDALHAS

Já chegou o dez de Junho, o dia da minha raça
Tocam cornetas na rua, brilham medalhas na praça
Rolam já as merendas, na toalha da parada
Para depois das comendas, e Ordens de Torre e Espada
Na tribuna do galarim, entre veludo e cetim
Toca a banda da marinha, e o povo canta a valsinha

REFRÃO
Encosta o teu peito ao meu, sente a comoção e chora
Ergue o olhar para o céu, que a gente não se vai embora
Quem és tu donde vens, conta-nos lá os teus feitos
Que eu nunca vi pátria assim, pequena e com tantos peitos

Já chegou o dez de Junho, há cerimónia na praça
Há colchas nos varandins, é a Guarda d’Honra que passa
Desfilam entre grinaldas, velhos heróis d’alfinete
Trazem debaixo das fraldas, mais Índias de gabinete
Na tribuna do galarim, entre veludo e cetim
Toca a banda da marinha, e o povo canta a valsinha

Letra: Carlos Tê
Música: Rui Veloso

Comments

  1. Luís Moreira says:

    Ricardo, mas tu pai de duas queridas crianças mereces uma medalha! Que comparação,rapaz?

  2. maria monteiro says:

    “Ricardo, mas tu pai de duas queridas crianças…” então parabéns pelo nascimento do segundo bebé. Um grande abraço. maria