As empresas privadas que mantêm o Estado !

Vejam lá se já ouviram falar das empresas portuguesas que inovam, produzem, não vivem à conta do estado, concorrem a nível mundial em mercados muitíssimo concorrenciais, mas não têm boys nem girls a ganharem “balúrdios”!

Já viram ou ouviram algum político preocupado com estas empresas? No máximo, vão lá para tirarem a foto e a entrevista para a TV. E, claro, não se esquecem delas para pagarem impostos. Aí vão:

Alert, Nfive, Critical Software, Têxtil Manuel Gonçaves, Lameirinho, Simoldes, Ibermoldes, Efacec, Fepsa, Stab Vida, Primavera, Bial, Grupo Pestana, Vila Galé, Janz, BA vidro, Ydreams, Logoplaste, Fresite, Renova, Nelo Kayaks, Frulacts, Alfama, Altitude Software, Out Sistems, WeDo, Brisa Space services, Activspace, Tecnologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Hovione, Porto editora, Luis Simões, Martifer, Novabase, Delta, Revigrés, Douro Azul, Cabelte, Queijo Saloio e outras há…

Mas como se nota, não constam as PT, a Galp, a EDP, os Bancos, a Motta-Engil. a Teixeira Duarte… as tais que precisam dos TVGs, das pontes, das autoestradas, que o Estado lhes oferece continuamente e que nós pagamos…

Se fosse precisa uma explicação para sermos o pais mais pobre e mais desigual da UE, está aí, para quem quer ver. E o curioso é que não há partido nenhum que coloque estas empresas na primeira fila das suas preocupações.

As importantes, sugam a riqueza às que criam valor e é melhor estar próximo da “caixa forte” onde está a massa do que no terreno a ter dores de cabeça…

Ah, e já agora, são todas de iniciativa privada, a mal amada!

Palestina : Jogos de poder!

“Effective leaders help others to understand the necessity of change and to accept a common vision of the desired

outcome.”

John Kotter

No presente caso do actual conflito da Palestina (ver abaixo) torna-se cada vez mais óbvio que tudo não passa de um mero jogo de poder que tem como fim principal  enfraquecer a “Pax Americana” e fazer com que ela apareça cada vez mais um “tigre de papel” perante o mundo. Nesse jogo, tanto os palestianos necessitados como Israel e a “indústria mundial dos bons e preocupados samaritanos” apenas têm o papel de peões e os últimos o de idiotas úteis.

Seria ideal que a “Pax Americana” finalmente acordasse e puxasse um “joker” chamado “New Deal”. Isto lhe permitiria ganhar de novo poder solidário juntos dos povos do mundo e nós nos livrariamos da crescente ameaça de um dia ficarmos sujeitos a quaisquer leis arcaicas.

Rolf Damher

SPIEGEL ONLINE, 06/04/2010

The Problem with Aid: International Donations Not Always Welcome in Gaza


The aid shipment that the Palestinian activists’ flotilla was hoping to bring to Gaza before they were halted by Israeli commandos is now awaiting delivery. But Hamas will only let the badly needed goods into the territory under certain conditions. In the Gaza Strip, aid is not always greeted with enthusiasm.

By Ulrike Putz in the Gaza Strip

You can download the complete article over the Internet at the \following URL:

http://www.spiegel.de/international/world/0,1518,698766,00.html

Estive com a selecção no parque…

E confirmei várias certezas e outras tantas incertezas, conversando com um dos “oficiais ” da comitiva. Como a função do Aventar é, antes de mais, esclarecer, aqui vai :

Certos a jogar : Eduardo, Bruno, Ricardo Carvalho, Deco, Raul e Ronaldo. Estes são a estrutura da equipa.

A jogar em 4x3x3 :

Eduardo

Paulo , Bruno, Ricardo, Duda

Pepe, Pedro Mendes

Deco

Nani ,  Hugo     Ronaldo

A jogar em 4x4x2:

Eduardo

Miguel, Bruno, Ricardo, Coentrão

Raul, Pepe, Deco, Simão

Liedson e Ronaldo

Com o 4x3x3 ,jogaremos quando for necessário arriscar, por exemplo correr atrás do prejuízo. Com o 4x4x2, jogaremos sempre de ínicio, o que faz que o Nani fique no banco, ele que é o jogador em melhor forma.Uma hipótese é metê-lo no lugar do Liedson, já que está habituado a jogar com o Ronaldo, jogaríamos sem ponta de lança e apostando na velocidade e versatilidade.

Outra hipótese é no meio campo, meter o Raul no lugar do Pepe ou do Pedro, dando largas às movimentações e ao ritmo elevado do Raúl, para além da capacidade goleadora. Quem vai ser utilizado muitas vezes, devido à velocidade, vai ser o Dany

Há muito que mora no meu coração o pânico quando joga a selecção, mas não me livro dele. Desta vez é com o Eduardo, como seria com o Beto ou outro, não temos um grande guarda redes.

Bem os aconselhei, a naturalizar, seria o Helton, mas ninguem me deu ouvidos. Sofre coração, sofre…

Sócrates e a Crise

Eu, o Pedro Nunes, o António Lopes e o Miguel Novais discutimos a Crise, Sócrates, Crise, Sócrates, Passos Coelho, Presidenciais, Sócrates, Crise e Sócrates. A moderação é da responsabilidade da Rosa Carvalho. É no Domingo, 6 de Junho, às 19h no Porto Canal, Domínio Público.

Estão todos convidados.

Desilusão

(adao cruz)

 (Dedicado ao Joaquim Quicola, amigo que eu sei que me entende) 

Desilusão

Olho as folhas caídas na espiral de espinhos e flores e água sem regresso. Minha voz de gravador que outros ouvem, só eu não, tem milhões de segundos num segundo que já foi meu.

Sonho de amor, invisível e ateu.

Pela escada fantasma do falso destino, destino essencial, quem subia ou descia, afinal…era eu.

Nos gestos por dentro, nos jardins de contraste da natureza fecunda, no penoso brio de um curriculum lavrado na areia, meti as mãos na areia e palpei o futuro.

Palpei a filosofia dos cadáveres, e em febril pulsação, espremi a vida dentro de uma mão cheia.

Enchi de virilidade a cidade, a cidade e o lixo, o lixo e o luxo, a luz e eu.

No fundo das veias nasceu gelado um provinciano despojo, feito de tempo gasto e de nojo.

Por dentro e por fora saltaram faíscas de senso e contra-senso, que apenas escreveram epitáfios de sangue em letra de amor e fizeram um caixão com as tábuas da verdade.

A verdade era uma mesa, a vida os dados, e o amor a saudade de quem jogou a certeza nos passos errados.

Entre a tese e a antítese nada voa nem mexe, não há sim nem não entre passado e presente, e o futuro é o deserto que temos à frente.

Neste chão de lama, na ejaculação abortada, nos restos de orgia da orgia de restos, em ritmo de coração moribundo, sobra o tremor da carne adormecida.

A arte, o sonho, a verdade, o viço e a cor perderam o brilho, e a esperança sopra cinzas que ninguém sabe do que são.

O TENENTE PULA

POR JOAQUIM QUICOLA


Hoje, se me permitirem, vou contar a estória do tenente Ilídio. O tenente Ilídio foi meu comandante no tempo das FAPLA. Era pula. Os pais eram portugueses mas o tenente nasceu em Ndalatando, provincia do Kuanza Norte. Kamundongo como eu, ainda que não genuíno. Não sei da vida dele, aliás a estória que vou contar é a da sua morte. Mas sei que tinha vinte e poucos anos, era casado e deixou dois filhos. Como todos os pulas, fumava muito e bebia muito café. Ché, o Ilídio fumava. Mesmo. Acendia cigarro, acabava, acendia já outro, e assim sucessivamente. Se não tivesse morrido ainda na guerra, morria de cancro no pulmão.

O dia em que morreu era véspera do dia das Fapla. O tenente comandava três pelotões estacionados em Dangeamenha, na estrada que vai de Ndalatando para o Dondo. Ocupávamos umas antigas instalações comerciais, compostas por três fileiras de lojas que formavam um u virado para a estrada e no meio estava o posto de comando. Do lado de lá da estrada estava o campo minado.

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Eleições legislativas antecipadas?

Ninguem quer governar nestas condições, até porque tudo indica que a situação é bem pior da que os socristas nos querem fazer crer. O FMI já anda por aí, 50% de possibilidades de intervir, preparam-nos os próprios porta vozes do PS, o que quer dizer que é quase certo. O segundo PEC está em marcha, nos segredos dos gabinetes de Bruxelas, e na semana passada o país esteve novamente à beira de não conseguir fazer os pagamentos imediatos.

Mas o caminho é estreito, para não dizer que a curto prazo não há outro, enquanto não passa o olho do furacão é preciso que Sócrates beba o cálice do seu próprio veneno até ao fim. Pelo meio temos as Presidênciais o que tambem introduz contenção na estratégia de tomada do poder. No meio disto tudo, a identificação da situação com este desemprego e com as medidas que vão tornar-nos mais pobres, com o PS a ser identificado com tudo isto, arruma e destrói, de caminho, a candidatura de Alegre.

Mas logo que as coisas estejam concertadas, que se tenha batido no fundo, é muito possível que o reeleito Presidente da República marque eleições antecipadas. Quase certo, exige-lhe o PSD e a nação.

Entretanto, há vozes que tentam beliscar a candidatura de Cavaco, ameaçando apresentar um novo candidato no centro-direita. Só fazem isto porque sabem que a reeleição são favas contadas e chegam-se à frente por ainda não terem sidos convidados para a festança das mordomias e dos lugares bem pagos.

Há momentos, na SIC, vi Medeiros Ferreira, em directo, passar a extrema unção a Sócrates e a Alegre!

UE – Integração ou dissolução?

A capacidade para o auto-engano é condição base para se tornar político.“

Fernando Pessoa, Livro da Inquietude

Hoje começo com uma breve tradução parcial de uma entrevista que o Ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Joschka Fischer, deu ao magazine DER SPIEGEL (21/2010)

SPIEGEL: A UE já existia antes de existir o euro. Porque ela estaria no fim se a moeda comum não se impor?

Fischer: Não se trata só de uma moeda, trata-se do projecto europeu em si. Trata-se da questão se a Europa é suficientemente forte e se tem a vontade comum de defender este projecto contra ataques de fora, neste caso contra especuladores. Aqui é de importância central a unidade e determinação. Infelizmente desde a eclosão da crise em volta a Grécia, o nosso país tem reagido de forma totalmente diversa.

SPIEGEL: Mas com pode ser que um pequeno país como a Grécia lançe a UE para uma crise existencial?

Fischer: Desde o princípio não se tratava apenas da Grécia. Os mercados confrontaram a Europa duramente com a realidade. Todas as nossas bonitas ilusões – também as minhas próprias -, todo o nosso auto-engano, tudo isso foi varrido. Integração verdadeira ou dissolução, hoje é esta a alternativa.

SPIEGEL: A que ilusões se refere?

Fischer: Sempre se dizia que não se podia falar mais dos Estados Unidos da Europa. Dizia-se que o euro era capaz de funcionar só com base nos critérios de Maastricht, sem qualquer integração política. Os mercados nos mostraram que isto assim não funciona. Por isso, agora é preciso dar-se um passo corajoso para frente.

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