O Descalabro do J
O estrondo, enorme e contínuo, baralha as ideias, impede o pensamento e perturba o imperturbável caminhar das horas e dos dias.
As casas, os prédios e as pontes, caem como baralhos de cartas, lançando a destruição à sua volta. As estradas, as ruas e os caminhos, desaparecem, deixando no seu lugar, uma amálgama de trilhos sem sentido e sem indicação de rumo.
No meio de tanta desgraça, J sente-se perdido. Olha à sua volta e só a devastação e a ruína se encontram à vista. O desespero ameaça tomar conta das suas acções. As soluções não existem, os caminhos não se vêm, a solidão está presente.
Os familiares, mesmo que voltassem com os seus esforços e cheios de boa vontade, não apagariam a tristeza nem acalmariam a desesperança.
J é a imagem personificada do desânimo.
Ao seu lado, não tem companheiros de infortúnio. Ninguém repara no seu sofrimento, ou ao menos se importa. Cada um tem a sua própria dor. E as dores dos outros são sempre privadas. [Read more…]
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