Uma pergunta sem maldade

 Uma pergunta sem maldade

Se algum dos amigos que tão acerrimamente defende a conduta de Israel, fosse israelita ou a sua família vivesse em Israel, teria a mesma posição que tem? Acredito que sim. Se esse mesmo amigo fosse palestiniano ou a sua família vivesse na Palestina, teria a mesma posição que tem? Acredito que não.

No entanto, eu, se fosse palestiniano ou a minha família vivesse na Palestina, não tenho dúvidas de que teria a mesma posição que tenho. Se fosse israelita ou a minha família vivesse em Israel, tanto quanto me conheço, tanto quanto respeito a forma idónea como tentei personalizar a minha vida, estruturar o meu pensamento e desenvolver a minha razão, sem certezas absolutas, como é óbvio, acredito que a minha posição seria a mesma. Há aqui alguma diferença significativa, não entre bons e maus, não entre sérios e não sérios, mas entre razões.

PS: Agradecia que fizessem um esforço para não escreverem comentários insultuosos.

Por falar em Guerras…

Nesta fase em que o Aventar anda um pouco belicista nada como lançar mais uma bomba, no caso, de cheiro: fiquei a saber AQUI que o Carlos Santos escreveu AQUI mais um capítulo na guerra aos seus antigos amigos, companheiros, parceiros, sócios, eu sei lá que mais. Depois da sua recente conversão ao passismo, após dedicada passagem pelo socialismo pátrio, ler isto faz-me concluir duas coisas: estamos entregues à bicharada e, não é de bom tom nem próprio de um católico fervoroso seguir a linha comportamental de Judas.

Penso eu de que…

Israel e Palestina, quem tem direito a quê?

O tema quente do momento é, sem dúvida e mais uma vez, a questão israelo-palestiniana. Nos últimos dias tenho visto afirmações e posições que não julgava possíveis, havendo muito quem advogue o extermínio, puro e simples, do opositor. Sem pretender fazer uma sondagem (essas, quando são sérias, não são feitas por blogues) convido os leitores, que tão veementemente se manifestam em todo o lado, a responder às seguintes questões:

1- Acha que a Palestina tem o mesmo, ou menos, direito que Israel a ser um estado independente?

2- Acha que Israel tem o direito de impedir a efectivação do estado palestino?

3- Acha que a Palestina tem o direito de pedir o fim do estado israelita?

4- Acha um dos opositores mais culpado do que o outro no quadro da situação actual?

5- Porquê?

6- Como se sai deste impasse?

7- Qual o papel do resto do mundo na resolução do conflito?

Respondam às questões na caixa de comentários (a todas ou apenas às que quiserem), digam as vossas razões e tentem ser sérios intelectualmente, quanto mais não seja porque, a cada dia que passa, há vítimas civis de ambos os lados.

Bloqueio a Gaza – as razões Israelitas!

Era capaz de ser mais politicamente correcto que a “ajuda” a Gaza fosse permitida, pese embora se terem encontrado entre alimentos objectos um pouco mais agressivos, tais como armas de diverso tipo. Ter-se-ia evitado o confronto com o feroz inimigo, o verdadeiro objectivo dos “humanitários”.

A acção da “Frota da Liberdade” é uma provocação política de uma dimensão inédita. Nos dias anteriores Israel avisou, repetidamente, que não permitiria a abordagem a Gaza e tinha proposto que a descarga dos mantimentos se fizesse no porto Israelita de Ashod, o que foi, evidentemente, recusado. Cerca de 800 activistas, muitos dos quais de nacionalidade Turca e outros árabes israelitas decidiram desafiar os avisos sucessivos.

O Hamas, que recentemente pôs a circular um desenho animado de um caixão supostamente com o corpo do soldado israelita Guidad, como se o entregasse a um pai desesperado, que não tem direito a ver o filho e que nem a Cruz Vermelha internacional tem autorização para visitar, vem agora fazer de conta que é “humanitário”.

Israel é um estado soberano, dificilmente podia não reagir a uma provocação desta dimensão, quem está por trás desta acção, é o verdadeito culpado das mortes que, infelizmente, aconteceram. Os soldados Israelitas foram recebidos com uma resistência violenta e armada e um dos barcos arvorava a bandeira Turca. Não são, pois, civis indefesos como se quer fazer crer.

O bloqueio a Gaza tem como objectivo impedir a entrada de armas para o Hamas, e não, para matar a população à fome. Os militantes “pro-Palestina” sabem isso muito bem, estão longe de serem os “cordeiros” que certa “ideologia oficial” quer fazer crer. Os ataques soezes e vergolhosos, com linguagem de carroceiro que utilizam, tentam esconder o facto de que muitas destas pessoas que entram nestas “caravanas humanitárias” não são mais que uns “idiotas úteis”.

Só a boa fé, conversações entre gente de bem, poderá trazer a PAZ a esta martirizada região, e o ódio que se adivinha em tantas opiniões em nada contribui para a PAZ! Entretanto, a Turquia, utiliza à exaustão, as mortes destes “bem intencionados” na sua política” de controlo regional. É para isto, para os objectivos de estados em confronto em estratégias de domínio,  que servem os idiotas úteis deste mundo!

momento de poesia

Uma paz impossível

Nos últimos dias, as posições extremaram-se, de novo, entre os pró-Israel e os pró-Palestina. Cada uma das partes utilizou os seus argumentos, quase todos retirados de uma cábula quase podre de velha, sem procurar, como sempre acontece, entender as causas dos outros.
Este é um daqueles conflitos em que ninguém tem toda a razão. Está partida em bocadinhos graças às pedras da intifada ou aos mísseis estratégicos que destroem comunidades inteiras em busca de um terrorista.

Do ponto de vista histórico, religioso, social, político e económico ambas as partes têm a sua razão. Mas cada uma delas está pouco interessado nos interesses dos outros. Cada uma dedica-se, da melhor forma que sabe, a gritar a sua defesa e a ameaçar a outra parte. Assim acontece com uma parte significativa daqueles que suportam os argumentos do lado que apoiam. É um permanente ‘ou nós ou eles’.

Logo, está instalado um permanente diálogo de surdos, apenas atenuados por escassos gestos apaziguadores de alguns líderes. Mas que não passam de tentativas pontuais e sempre vãs.
Por isso a paz não é possível no Médio Oriente. Nunca foi, desde há mais de dois mil anos, não é hoje e não será nunca num futuro decente.

Negócios do coração !

Angola pura e simplesmente não paga às empresas portuguesas que labutam no seu território. Teixeira dos Santos, lá foi ,mão à frente outra atrás, solicitar que o nosso dinheiro de uma linha de crédito aberta para utilização nas importações dos nossos produtos, fosse utilizada no pagamento às empresas portuguesas. Fomos lá pedir o que é nosso para pagar o que nos devem.! Isto sim, são negócios!

Entretanto, o nosso amigo do “coraçon” que subjuga a Venezuela, recebeu de braços amigos o seu amigo José, e concedeu que vai libertar o dinheiro que os 600 000 portuguese que lá vivem, reuniram para a ajuda humanitária à Madeira. Os termos, que são públicos, com que Sócrates se dirigiu a Chavez, solicitando as dávidas dos cidadãos portugueses, fazem corar o mais empedernido patriota.

Mas sempre que regressa destas viagens de “estado” com comitivas de dezenas de empresários, o sucesso é sempre fantástico, são assinados dezenas de acordos que, espremidos, não dão sumo para um refresco. Agora está na Argélia e Marrocos e é ver as assinaturas, os abraços, a fidelidade eterna, o incremento nas relações , enfim, preparem-se que vem aí a solução do desemprego .

O FMI anda por aí,  cada vez mais perto e, Sócrates, à sua maneira, foge da realidade como o diabo da Cruz. Cresce o desemprego continuamente? Sócrates descobre negócios em Marrocos. A situação é muito pior do que ele alguma vez sonhou? Descobrem-se milionários negócios na Venezuela. Os negócios são os mesmos de há dois anos, que não se concretizaram? Nada que preocupe, fazem-se outra vez. As empresas portuguesas fazem negócios e depois são pagas pelo nosso dinheiro? Nada que atrapalhe, temos que ajudar quem está em dificuldades e, além disso, são nossos amigos do coração.

O ridiculo mata, mas ninguem dá por isso!

Um feriado a mais

As festas e procissões do Corpo de Deus já não são o que eram, restando algumas dignas desse nome no norte do país.  Criada na Idade Média tende a desaparecer com a descrença no cristianismo e a concorrência dos feriados municipais próximos do solstício de Junho.

O facto de ser festa móvel também ajuda. Não embarcando na cantiga das pontes e feriados, onde a festa se mantém que passe a descanso municipal. Como feriado nacional não faz sentido.

Adenda:

Como era de esperar os incansáveis anti-feriadistas atacaram hoje, num dia em que têm alguma razão.  Segundo o sr. Luís Bento, que professa numa tal Universidade Autónoma de Lisboa, 3 feriados a mais que a Europa equivalem a um prejuízo para a nação de 111 milhões. Não sei como se fazem tais contas, mas sei como se contam feriados, nem que seja pelos dedos. Ora como já aqui se demonstrou Portugal tem 12 feriados, sendo a média europeia de 11,92. Para Bento e o jornalista temos 14 feriados, o que ainda assim não faz 3 acima da média. E como se chega a esse número? é simples, conta-se o Domingo de Páscoa como feriado (o que até é verdade) e a Terça-feira de Carnaval também (o que é mentira, embora a experiência cavaquista de retirar a tolerância de ponto nesse dia tenha corrido mal). 111 milhões? desconfio que já percebi como atingiram tal número.

O sonho de Sá Carneiro!

Nas últimas sondagens o PS tem 26% dos votos. Vamos admitir que não baixa mais ( ainda hoje soubemos que o FMI já anda cá perto, tal é a situação, o que quer dizer que pode ter menos) e que o BE e o PCP juntos alcançam os 20%. Alegre alcançava no máximo 46% dos votos, longe dos 51% necessários! Ganhava Cavaco!

O PSD na mesma sondagem aproxima-se dos 46% o que, nas legislativas, dá a maioria absoluta, por causa do método de Hont e que, o CDS, baixaria para o táxi, cerca de 5%. Ganhava  Cavaco!

As contas que estão aí em cima são já para a 2ª volta já que na primeira, Nobre, vai roubar votos à esquerda, principalmente ao PS, como se viu em 2004 dando cerca de 14% a Soares.

Ganharia sempre Cavaco, o problema é que há uma maioria de esquerda na sociedade portuguesa e que pode sempre libertar-se das “contas feitas” e relançar a incerteza. Outro factor, é que sendo as Presidênciais antes das legislativas, o voto comece a configurar o habitual. Se Cavaco está em Belém, então o governo não pode ser do PSD, tem que haver “balança”, o PS seria novamente governo.

Mas este caminho afigura-se absurdo, atendendo a que o PS está profundamento desgastado, as sondagens atribuem-lhe os tais 26%, como formar governo?

Poderemos ter Cavaco em Belém e um governo com maioria absoluta no parlamento, entre o PSD e o CDS, e ao fim de 30 anos o sonho de Sá Carneiro realizado. Um presidente, uma maioria, um governo!

E as reformas sempre adiadas poderem encontrar as condições políticas necessárias e suficientes para serem realizadas!