OS CUBANOS

POR JOAQUIM QUICOLA

Estou muito agradecido aos meus cambas aí da tuga por me darem a oportunidade de escrever aqui nesse tal de blog Aventar. Por causa disso tenho aproveitado para ver outros blogs pulas e ver e aprender com as discussões que aí vos animam. Já reparei que há dois temas internacionais que vos cuíam muito. Israel e Cuba. O people aí se entusiasma mesmo muito quando o mambo envolve esses dois países. Com Israel se envolvem muito, mesmo muito, e ficam a falar dos judeus e dos muculmanos, e uns são isto e outros são aquilo. E o deus de um e o deus do outro. E uns já sofreram muito e agora lhes chamam de nazis, que foram precisamente aqueles que os fizeram sofrer. E depois vem os americanos e a geo estratégia e mais não sei o quê. Tudo muito complicado. E tem também os idiotas úteis, que na minha opinião até são bons idiotas por sempre têm alguma utilidade, já viu o que é ser idiota inútil, deve ser mesmo muito mau ser idiota que não serve para nada. Mas sobre esse tema eu já falei mesmo, já dei a minha opinião na sequência do cota Adão. Para mim tem de respeitar a terra do outro senão vai dar maka. E a partir daí tudo muito bem. Não tem mais mambo. Tás a ver né?

Depois vem Cuba. E porque Cuba isso e os cubanos aquilo e o Fidel e a democracia e o quê. Mas gostaria de dizer o seguinte. Angolano como eu, assim tipo genuíno, só posso falar bem dos cubanos e inclusive do mais velho deles . Já nem vou falar que foi cubano que me deu instrução para movimentar muito bem a minha kalasnikou. Nem mesmo que foi cubano que combateu, conjuntamente com as Fapla e o people da Swapo, a Unita e o tropa sul-africano e o muito mercenário pula que estava do lado de lá. E vou vos falar uma coisa. Cubano na guerra é muito barroso. Ali na trincheira deles a Unita podia mandar fogo, mas não passava nada. Eu mesmo posso comprovar. E no momento da ofensiva eles não paravam, iam mesmo. Eu vi muito cubano morrer aqui em Angola, assim mesmo sem problema.
Prefiro ainda frisar que eles vieram e trouxeram médico, engenheiro e professor. Fizeram hospital e escola e casa. Hoje muitos médicos angolanos, inclusive alguns que estão a trabalhar na clinica da esposa do Zé Edu e a fazer muito cachet, foram formados pelos cubanos. Pode não ser a medicina do branco. Mas no paludismo, na malária, na cólera e na febre tifóide e mesmo na tuberculose, tudo doenças de mbumbo, eram barras mesmo. E ao mesmo tempo viviam como o angolano. Não vinham por causa da bufunfa até porque naquele tempo do socialismo esquemático o cumbu era escasso. Eu pensava inclusive que lá em Cuba devia ter muito largent para eles estarem a ajudar Angola assim, mas fiquei mesmo muito espantado quando soube que eles tão vivendo muita dificuldade por causa do tal de bloqueio dos americanos.
Não sei qual era o esquema para vir assim e ajudar da forma que eles fizeram. Mas se não tinha esquema deveria de ter porque esse povo foi muito amigo, mesmo barra com o povo angolano. Se não tiveram cachet está muito mal. Eles lutaram pela pátria angolana, como é?.E não só. Me disseram inclusive que o próprio Mandela lhes agradeceu porque colaboraram com a Swapo e mudaram muita coisa na África do Sul. Pois então! Como ainda vou falar mal de Cuba e do mais velho Fidel?
É essa a minha opinião sobre os cubanos.

Estamos Juntos!

Palestina – Entre um Whisky e um arroto!

Conhecem-se alguns desenvolvimentos sobre o que aconteceu no navio Mavi Marmara, que foi assaltado por um comando Israelita do que resultaram nove mortos e alguns feridos. Mas os mais importantes testemunhos são-nos dados pelos relatórios das autópsias aos cadáveres e por um Sargento que participou na ocupação do navio. As autópsias indicam que os mortos apresentam mais que uma bala disparada a curta distância e que há pelo menos um que levou um tiro na testa e outros dois, levaram tiros nas costa e na nuca.

O sargento Israelita que reconheceu ter morto seis dos nove  activistas, relata que disparou quando descia a corda do helicóptero, e que o fez, porque os seus camaradas que estavam à sua frente a “pousar” na coberta do navio, estavam a ser agredidos pelos activistas e deitados ao mar. Era gente treinada, e com armas para a luta corpo a corpo ( foram encontradas armas e coletes de protecção).

Não sabemos qual será a verdade, o que sabemos é que no teatro de guerra não há bom senso, nem dialogo, nem razão, há mortos e feridos, e tambem sabemos que o que verdadeiramente está em jogo num cenário de “mata, mata” é que uns morrem e outros ficam para contar. E sabemos ainda melhor que quem está de fora, quem não correu risco nenhum, está pronto a apontar o dedo acusador!

Entre dois whiskies tomam-se decisões e partido sem cuidar de ver as circunstâncias que fazem o homem e a sua acção, os bons são os “nossos”, os bandidos, cães, fascistas e nazis são os “outros”. Se alguem tenta colocar a questão ao nível de uma discussão desapaixonada sob o ponto de vista ideológico, interessando compreender para evitar mais dor e sofrimento, ( a diferença viu-se bem nas duas noites em que aqui no Aventar se discutiu o assunto) percebe-se, rapidamente, como as pessoas chegam a conclusões que, se não iguais, são muito próximas e com soluções humanas e respeitosas para com os povos em conflito. (não se pode mandar um dos povos ao mar…)

Mas os bem pensantes,(somos de esquerda! Como se a guerra fosse de esquerda ou de direita) ainda têm um último arroto, antes de largarem a presa. É que a solução passa pela democracia, dois Estados de Direito, num só território e dois povos coexistindo pacificamente. Nem um ” finest old scotch whisky” 15 anos ajuda a engolir “veículos democráticos” necessários para a solução do problema.

E que tal uma Água das Pedras?

O Dia D e os acordes da vitória!

O dia 6/6 é um dos dias mais importantes da nossa vida. Iniciou-se o mais heróico desembarque e a maior operação militar da história da Humanidade! Nas praias da Normandia o Eixo Nazi conheceu o principio do fim!

o crescimento das crianças em vilatuxe

Fundada no Século XI, recostruida no Século XIX, 1864,centro de eunióes dos fregreses

1 Durante os anos 1995, 1996 e 1997, fiz trabalho de campo entre os Picunche do Valle Central do Chile. Do que fica dos Picunche. Hoje são a memória de costumes que não têm explicação para eles. E não se denominam Picunche, eles próprios: ou são proprietários, ou inquilinos, ou pessoas habilitadas pelos seus estudos superiores, como se pode ver das genealogias que construí no trabalho de campo. Conheci aos Picunche em criança, de forma diferente a como os conheci em adulto, ou em criança adulta. Eram para mim, pessoas habituais. Até para mandar em elas. Anos mais tarde, saí do Chile e não voltei durante trina e três anos. Em 1994 fui oficialmente convidado a visitar o País e dar cursos e conferências. Retornei á terra que conhecia no Valle Central, terra na qual tinha vivido por dois anos e meio em 1971, até esse Setembro trágico de 1973, que me devolveu á Inglaterra. Ver essa terra outra vez, foi uma emoção. Visitei o Concelho de Pencahue, da Província de Talca e encontrei um arquivo deixado pelos espanhóis, que se tinham apoderado do País em 1542. E a minha visão mudou. A minha visão ia já mudada. E entendi aos Picunche, como nunca o tinha feito antigamente. Resultado de esse entendimento, sã as notas que escrevo em este texto. Em conjunto com as notas que fiz de Vilatuxe, a aldeia Galega que tinha estudado a partir dos anos setenta. Fui vinte e cinco anos depois. E entendi Vilatuxe de forma diferente, como o digo em estas notas. Os anos mudam às pessoas. As políticas mudam os contextos. Entretanto, não abandonei Vila Ruiva, em Portugal, que faz 17 anos que conheço e estudo. É desse conjunto de vivências, notas, convívio quotidiano com os habitantes, que me ocorreu continuar a elaborar uma tese que faz já tempo, ando a pensar e continuo a defender em este livro. Enquanto oiço a minha querida Nozze de Fígaro, que me inspira o como eram as pessoas vivas na memória social que faz indivíduos que hoje são. [Read more…]

As pontes são boas pr'a todos!

Os hotéis estão cheios no Algarve, as praias da Linha e da Costa não aguentam mais ninguem, a cidade está vazia de pessoas e carros. É o que se chama o paraíso!

Crise, que crise? Aumentam os impostos, as famílias estão superendividadas, vamos todos viver pior, 40% dos portugueses vivem na dependência do estado, o desemprego está nos 10,8%, o rendimento mínimo e os subsídios são uma miséria, mas o que é certo é que os hotéis e as praias estão cheios.

Gasta-se gasolina, carro, alimentação, dormidas e há sempre uns trocos a que não se pode fugir mas a vida é para quem sabe dar a volta por cima. “Eles ” vão tratar disto, vais ver que vem massa lá de fora, achas que os camones dos alemães deixam cair isto? e então o sol e o inverno sem neve que os gajos vêm para cá apanhar? E a cerveja? E o vinho? Pá, não te apoquentes que há sempre algum…

E o pessoal que fica cá dentro, na cidade, está tambem de férias, restaurantes meio cheios, ruas desertas, passeios sem carros, esplanadas magníficas só para uns quantos felizardos, até o Museu de Arte Antiga estava só com uns camones lá de fora, deu para estar sentado a olhar para “Os painéis de S. Vicente”, há uma nova teoria sobre uns números que aparecem na bota de um dos Infantes, pode ser a data e a assinatura do pintor…

E o PIB? Que se saiba esse gajo foi para as Bermudas levar com um ciclone na tola e um dia destes aparece aí com um chapéu de abas largas à maneira. E, logo a seguir temos o campeonato do mundo, hoje já houve festa , milhares de entusiastas a despedirem-se dos jogadores ao longo do caminho de Oeiras para o aeroporto.

Já viram se o aeroporto fosse em Alcochete?