Hoje completa-se o 60.º aniversário da morte de Guilhermina Suggia (faleceu a 30 de Julho de 1950). Nascida no Porto ainda no decurso do século XIX, 27 de Junho de 1885, a talentosa Suggia, aos 13 anos, era a violoncelista principal da Orquestra da Cidade do Porto. As suas actuações em público tinham sido, porém, iniciadas com 7 anos de idade.
Com a ajuda abnegada do pai, igualmente violoncelista, e da irmã Virgínia, pianista, o talento de Guilhermina Sofia removeu obstáculos e preconceitos, hoje dificilmente entendíveis – o facto de pertencer ao sexo feminino dificultou-lhe muito o ingresso e progresso na carreira. Todavia, apenas com 17 anos e como solista, integrou a orquestra alemã Gewandaus em 1903.
Dos relatos históricos, consta que era artista muito determinada. Guilhermina Suggia trabalhava pelo menos cinco horas diárias, na incessante busca da perfeição e de saberes. Conseguiu vencer e ser a primeira mulher solista de violoncelo, a nível mundial.
Ontem, a Antena 2 prestou-lhe merecida homenagem, a que singelamente me associo. O som quente e intimista do violoncelo é, para mim, um dos odores musicais de enorme prazer inebriante. Adoraria ouvir Guilhermina Suggia, ao vivo. Impossível, como muitos outros desejos e sonhos.
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