A minha empregada diz-me assim: o sr.doutor é o máximo. O sr. dr. é que dava uma boa empregada. O sr. faz tudo, seja de homem ou de mulher (salvo seja, penso eu no meu íntimo!). Mas ela tem razão, e eu não digo isto para armar nem com presunção. Mas tanto avalio e preparo um doente para uma intervenção ao coração, como prego um botão numa camisa ou levanto a bainha da calça, (melhor seria levantar a bainha da saia!). Várias vezes tenho dito que me encontro, por vezes, no computador, com os pincéis na tinta, a ler uma revista de cardiologia e a fazer um estrugido. Sou assim e assim serei enquanto os olhos e a mente mo permitirem. Mas, sendo assim, vejo-me por vezes à rasca para cumprir os meus deveres de aventador, pelo que peço desculpa ao amigo Ricardo e outros que tiveram e têm a gentileza de me querer nas colunas do blogue que em boa hora criaram. [Read more…]
Vidas Alternativas desde a economia às prisões, passando por algumas poucas vergonhas
Postas estas considerações bravias, passo então ao que vos queria anunciar:
O caso A41 – Uma vergonha:
Ontem a maioria dos deputados na Assembleia da República demitiram-se das suas funções ao deixar passar algo vergonhoso, o caso da SCUT A41. Sobre o tema já muito escrevi AQUI e não me quero repetir. Fica apenas a divulgação da tomada de posição corajosa de Bragança Fernandes que afirmou em público o que muitos autarcas da A41/42 afirmam em privado:
Abaixo o cartaz das festas da Senhora da Agonia
se eu não me sentisse confuso de como fui feito…
…o que um filho diria a um pai que se importa com ele, toma conta e é feliz…por ter um pai por perto….e não compra o filho e vai-se embora….ensaio de etnopsicologia da infância…
À minha descendência
Porque de certeza não foi o espírito que me criou. Faz já dez anos. Não foi o espírito que entrou no corpo da minha mãe e depositou aí o meu corpo. Diz a minha mãe que foi ela quem me trouxe ao mundo. Que me pôs neste mundo. Que me deu à luz. Que entregou o meu corpo à família e ao pai. E aos vizinhos. Que me viram no dia do baptismo. Diz a mãe que me levou no seu ventre durante cumprido tempo. Diz a mãe. A mãe sempre diz tudo o que ela sofreu comigo dentro. Diz que sofreu por ter que acordar à noite para me amamentar. Diz a mãe que teve de mudar as minhas fraldas milhares de vezes quando era pequeno e não sabia usar penico. Diz a mãe.
Gostei muito deste bocadinho
A experiência de participar no Aventar, um bom esforço para tentar criar um blogue de topo a partir das caixas de comentários, e uma melhor tentativa de inventar blogues políticos plurais, foi gratificante, palavra a usar sempre nestas ocasiões.
Agradeço ao Ricardo o convite e aos aventadores a diversão conjunta enquanto a houve.
É realmente possível criar blogues onde se escreva sobre política sendo os participantes adversários políticos. E fazê-lo despreocupadamente com uma escrita popular, se quiserem meio tablóide, à velha imagem dos jornais, que a roda foi inventada antes da pólvora mas continuamos a usar as duas.
A minha capacidade de convivência com o analfabetismo é que é, até por deformação profissional, limitada. O resto é choque de egos, e escrever é sempre egocêntrico senhores, mais duas ou três trapalhadas, e para já levo a minha parte dessas coisas para a liberatura em formato blogue, regressando à primeira coisa que fiz quando aprendi a palavra html, na altura apenas uma sigla.
Acima de tudo, e o que vale mesmo e sempre a pena, levo daqui amigos com quem na política nada tenho, mas ficaram meus camaradas na mesma. Colegas são as putas, como se sabe.
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