A Linha de Sintra revive em Cristo

Moody’s: Banca portuguesa em queda

As agências de ‘rating’, ora uma, ora outra, são vigilantes zelosas do estado do sistema financeiro internacional. Não há país ou instituição financeira que agora escape – escapou o deflagrar da crise nos EUA, o Lehman Brothers e mais de uma centena de bancos norte-americanos falidos, mas tudo isto é pormenor insignificante.

À semelhança do que havia feito para a República Portuguesa, a Moody’s baixou a notação dos principais bancos portugueses: CGD, Santander Totta, BES, BPI, Espírito Santo Financial Group, BCP, Montepio e Banif. O Diário Económico é mais detalhado na notícia, citando, banco a banco, a nova notação e a qualidade do ‘outlook’, positivo ou negativo. Cinco das referidas instituições financeiras estão sob o estado de ‘outlook negativo’. Significa correrem riscos acrescidos de nova descida das notações.

Segundo Maria-Jose Mori, analista da Moody’s, a descida generalizada das notações deve-se à fraca capacidade do Governo para ajudar os bancos; ou seja, dizemos nós, falta de mais dinheiro dos exauridos contribuintes para valer aos financeiros do regime.

Com este cenário, e sobretudo as subsequentes dificuldades e custos de financiamento mais elevados, a economia portuguesa acelera o passo para uma recessão mais profunda, conforme previa ontem o Banco de Portugal. E justamente ao contrário do optimismo de José Sócrates, espelhado na frase: «Não vejo nenhuma razão para não confiar no nosso país». Eu e muitos portugueses vemos um punhado de razões. Oxalá seja o senhor engenheiro a estar certo.    

A vitória de Sérgio Paulinho numa etapa do Tour e o país dos mínimos

É bonito que Sérgio Paulinho tenha vencido a etapa (uma etapa) da Volta a França em bicicleta. Afinal, não foram assim tantos os portugueses que o conseguiram, mas a festa em redor deste feito é a prova das fraquezas do desporto português.

É feito histórico apenas porque foram muito poucos os lusitanos a obter um triunfo numa etapa do Tour. Para corredores espanhóis, franceses ou italianos, por exemplo, é o pão nosso de cada dia. É por isso que somos um país de mínimos. Só queremos os mínimos. Os máximos é melhor deixar para os outros, que estão mais habituados.

Tempo perdido

film strip - isaltino

A notícia: «Relação desagrava penas a Isaltino Morais», no Público

O novo cartaz das Festas da Senhora da Agonia de Viana do Castelo


Há uns dias, dei conta da polémica que se estabeleceu em Viana por causa de um cartaz das Festas da Senhora da Agonia.
Milhares de vianenses exigiam a sua retirada, em especial por causa da rapariga. Pois bem, a luta parece que está a dar frutos e o cartaz acaba de ser retirado.
Em seu lugar, irá aparecer este que o Aventar hoje divulga em primeira mão. Uma minhota típica, de pêlo na venta, dará um toque de beleza e de doçura às Festas da Agonia deste ano.
A luta dos vianenses valeu a pena.

Krugman insiste!

Que a Grécia pode muito bem estar à beira de sair do euro e, por arrastamento, Portugal. Claro que é um Prémio Nobel da economia e há que estar atento, mas não sei se é uma evidência ou se é um desejo. O problema maior seria a curto prazo para a Grécia, a sair ,seria como ficar a flutuar em mar aberto enquanto o grande navio se afastava. Era uma questão de tempo para entrar numa situação de empobrecimento progressivo, e não se vê o que traria de bom à UE ter aqui à porta um mendigo a arranjar-lhe todo o tipo de problemas.

O arrombo no barco (UE) seria catrastófico, pelo que daria de sinais de má conduta e de falta de solidariedade dentro da união, a credibilidade apagava-se e o arrastamento de outros países seria inevitável. Era o principio do fim!

Cavaco Silva já veio dizer que conhece muito bem Krugman e que só por razões de “estar fora do euro” é que o leva a colocar hipóteses que ele, Cavaco, sabe que não acontecem. Estudou muito bem o Euro e a criação da Zona Euro, tem livros publicados sobre o assunto, e não há razões para ter medo. Cavaco disse, está dito!

E , eu por mim, sempre acrescento que os americanos nunca viram com bons olhos a criação da Zona Euro, por ter aparecido uma moeda capaz de fazer frente ao seu dólar , senhor absoluto e moeda de reserva global !

Bancos, Seguradoras, etc…

Psicopatia – distúrbio mental grave caracterizado por … ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, falta de remorso …

ACOP reclama do Parlamento a neutralização de portagens nos sublanços em obras

A discussão acerca dos troços em obras nas auto-estradas ainda não se encerrou ainda.

A Lei 24/2007, de 18 de Junho, e o retardado diploma regulamentar – o Decreto Regulamentar 12/2008, de 9 de Junho – não resolveram o problema. Complicaram-no em demasia.

E, no fundo, com tantos pressupostos, os consumidores ficam a ver navios… sempre que haja estrangulamentos com as consequências negativas que se lhes associam.

O que a ACOP vem agora dizer é que, com a generalização das portagens a todas as vias outrora designadas como SCUT (sem custos directos para o utilizador), que nem sequer se apresentam, em geral, com o piso em condições, forçoso será considerar que sempre que haja estrangulamentos se neutralizem os troços em que as obras se efectuam e se dispense, por conseguinte, a portagem nesses sublanços.

Mas que a coisa opere automaticamente sem que o ónus recaia sobre o consumidor.

Obras começadas, portagens neutralizadas. Portagens reduzidas. Por virtude da linear aplicação do princípio da redução dos negócios jurídicos a que se reporta o artigo 292 do Código Civil. Só e tão só!

A ACOP vai recorrer ao Parlamento, a fim de vincar a sua posição. E na expectativa de que isto se tome em conta no diploma que eliminará as SCUT.

Auto-estradas em obras, portagens abolidas no troço. É elementar. O mais é anti-direito, arbítrio, prepotência, iniquidade!

Coimbra, aos 13 de Julho de 2010

A DIRECÇÃO NACIONAL DA ACOP

Oeiras: Presidência da Câmara a funcionar na Penitenciária

O José de Freitas tem razão. A confusão propagou-se durante o dia de ontem. Vários órgãos de informação publicaram versões distintas das deliberações do Tribunal de Relação de Lisboa (TRL) sobre o processo de Isaltino de Morais. Tornou-se, de facto, difícil saber a verdade.

Imaginemos o noticiado pelo Diário de Notícias como certo. O jornal cita fonte de informação do TRL à Lusa. Publica detalhes da comutação das penas. Enfim, dá algumas garantias de rigor – embora, hoje em dia, sobre os escritos e ditos da comunicação social, pairar com frequência a dúvida entre o real e a ficção, a ingenuidade e a má intenção e outras dicotomias do género. Sobretudo, em casos de políticos no activo ou retirados, gente da alta finança, gestores públicos e privados, e gente muito, muito mediática.   

Então, a ser verdadeira a versão do DN, o edil estará em risco de cumprir uma pena de prisão efectiva de dois anos, não perdendo, contudo, o direito de exercer o mandato de Presidente da Câmara Municipal de Oeiras.

Para um leigo, como eu, em matéria de Justiça e direito autárquico, a informação avançada pelo DN suscita naturais dúvidas e interrogações. Será que vão encarcerar o Isaltino em estabelecimento prisional, em célula especial, com decoração e mobiliário à altura de um Presidente da C. M. de Oeiras? Terá direito a gabinete complementar para o secretariado? E a uma sala de reuniões para receber o vice-presidente, os vereadores, empreiteiros e munícipes ilustres ou modestos? Obrigarão o homem a vestir sempre a farda de presidiário, às riscas, e boné a condizer? E receberá as visitas com tal indumentária? Bom, chega por ora de perguntas. Aguardo respostas.

Por curiosidade, vou procurar em todos os motores de busca se, no mundo, existe ou existiu situação idêntica. Caso não haja, é sinal de que o Portugal contemporâneo, a somar ao engenheiro formado ao domingo e a outros casos anedóticos, conta com mais uma originalidade: um presidente de câmara a exercer o cargo na penitenciária. Para o exercício de cargos políticos, seremos país pioneiro no tocante à ausência de reservas sobre espaços a utilizar. Prisões incluídas.