BP e a poluição de Fundos de Pensões

Há notícias recorrentes do desastre ecológico causado pela plataforma petrolífera da BP ao largo de Louisiana, EUA. Onze operários perderam a vida, mas este facto passou quase despercebido à opinião pública mundial. As eleições norte-americanas esperadas para Novembro e a pressão sobre Obama absorveram o conteúdo dos noticiários nos prejuízos reais causados às actividades económicas locais, pesca em especial, e à destruição do meio ambiente. Reconheça-se a relevância destas questões, pelo menos na perspectiva da luta política. Contudo, os efeitos do desastre em causa não se esgotam nestes domínios.

As penalizações impostas à BP estão a provocar complexas penalizações para terceiros; ou seja, para aposentados e investidores em geral. Por cada barril de petróleo (159 litros), a petrolífera britânica terá de pagar uma multa de 4.300 dólares. Se feitas as contas à quantidade de barris derramados, com facilidade se chega aos milhares de milhões de dólares que a BP está condenada a pagar, nos EUA. Os montantes são de tal ordem que The Source – Wall Street Journal admite o não pagamento de dividendos no 2.º e 3.º trimestre do ano em curso. Desde 20 de Abril, início do desastre, as acções da BP registaram uma desvalorização próxima dos 50%. É obra.

Chegou-se, assim, a uma situação catastrófica para milhões de reformados. No Reino Unido, os políticos garantiram-lhes – e eles acreditaram – que a melhor solução seria a opção por fundos de pensões privados, no sentido de assegurar pensões de reforma sólidas e de maior valor. Nos EUA, e atendendo a que quase 40% das acções da BP estão em mãos de investidores daquele país, também há fundos de pensões afectados. A falta de um sistema de segurança social coeso e abrangente é imagem de marca das terras do ‘Tio Sam’. Portanto, os danos para aposentados norte-americanos, ao abrigo de fundos de pensões, são óbvios.

Sublinhe-se ainda que, em 2009, a BP pagou cerca de 10 biliões de dólares de dividendos. Tanto como 14% de todas as remunerações do mesmo tipo pagas por empresas cotadas na bolsa de Londres (FTSE).

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O teste do stress…

Começou por ser o “stress test” mas rapidamente passou a  teste do stress. Os bancos só agora descobriram que com a divulgação dos resultados do teste, vamos todos ficar a saber qual a exposição “às bolhas” e “às dívidas soberanas” de países como a Grécia, Portugal, Espanha, Itália…

Vai ser um corridinho aos depósitos, mas para levantar a massa, não para depositar, quem é que acredita em bancos que estão expostos a dívidas e a riscos que os podem mandar para a falência? Por causa de rumores, bem menos sólidos, já o BCP anda a fazer queixinhas ao PGR, os meninos não acreditam no banco…

Entretanto, nos United States, onde não se brinca em serviço, já passou no Senado uma proposta para regulamentação dos bancos, muito rigorosa, com toda as lições que esta crise trouxe, bem ao contrário da União Europeia onde se  faz de conta ” que não se passa nada”. A senhora  Merkel está  mais interessada em controlar os “PIGS” e os seus déficites do que relançar a economia.

Quem lhe diz que é muito mais perigoso cair em recessão económica do que ter uma inflacção descontrolada? E meias por meias ? Fazer crescer a economia e controlar num prazo mais longo?

Até Sempre…

Retiro-me do Aventar. Não por qualquer outra razão que não seja a minha falta de tempo e motivação. Na verdade, fui muito bem acolhida e sempre muito bem tratada… também por isso, gostei de ter participado neste projecto plural mas, seria injusto integrar este colectivo sem nele participar a um ritmo que não corresponde nem a metade daquele a que escrevem. Continuarei com o meu blogue pessoal, A Nossa Candeia, que me requer trabalho e atenção para que possa ir mantendo a chama. Sei que não interpretarão mal a minha decisão porque imagino que todos estranhem eu ir aqui escrevendo tão pouco. Obrigado pelo vosso civismo. Continuaremos a ler-nos e a visitar-nos, espero eu. Um agradecimento especial ao Ricardo, ao Luís Moreira, ao Carlos Fonseca, ao João Cardoso, ao A.Pedro Correia, ao Adão e ao Fernando Moreira. Um abraço amigo a todos.

Bem-hajam… e Até sempre!

Razões para ocupar o poder!

Cavaco Silva não toma medida nenhuma, deixa andar para não desagradar a ninguem. Tem uma razão para ocupar o poder. A reeleição!

José Sócrates, vê a novela do processo “Freeport” chegar ao fim, já não tem razões para ocupar o poder, pode ir embora, mas não há quem queira substituí-lo. Uma chatice de todo o tamanho!

Paulo Portas, vê os processos dos Submarinos e do Portucale aproximarem-se a grande velocidade, está  na altura de ocupar o poder, já mostrou a ansiedade, a proposta está aí. CDS para o poder com o PS , mas sem Sócrates! Vai ter que esperar ou convencer Passos que, como ainda não passou pelo poder, não tem razões para ter pressa, e a crise não acabou, para quê a pressa?

E o país? Haverá alguem com razões para ir para o governo para tratar do país?

Colton Harris-Moore, o bandido descalço, teve de se calçar

Colton Harris-Moore_1907

Colton Harris-Moore foi detido. Falamos dele em Dezembro passado. Não sei se se lembram. Apresentávamos como o ‘bandido descalço’. Com 19 anos de idade apresenta um currículo recheado de sete anos de crimes e uma legião de fãs impressionante, que até lhe criaram um clube de fãs.

Roubou cartões de crédito, roupas, automóveis, barcos e pequenos aviões. Esteve dois anos em fuga. Deixou a sua área de conforto, Camano Island, no Estado de Washington, EUA, e andou por onde pode, sendo acusado de mais de 50 assaltos em três estados norte-americanos. Alguns terá feito, outros talvez não.

Foi detido há dias nas Bahamas, numa cena de filme. Tentou fugir num barco que roubou, ainda ameaçou suicidar-se. Disse querer fugir para Cuba, de forma a evitar a captura pela polícia dos EUA.

Presente a tribunal, a advogada oficiosa disse que deveria pedir emprego na CIA. Colton Harris Moore aproveitou a oportunidade e garantiu que se o deixassem, apanhava Bin Laden. Vai ser julgado em Seatlle, no estado de Washington

Talvez o grande desaire destes tempos tenha sido a obrigação de se apresentar calçado em tribunal.

Saltar do 8º para o 10º

film strip - salto do 8º para o 10º ano

A notícia: «Nenhum aluno conseguiu saltar do oitavo para o 10º ano», no Público.