Vi o António Feio duas vezes ao vivo, ambas no Teatro S. João: em «O que Diz Molero», de Dinis Machado, e na «Conversa da Treta», depois adaptada para televisão e alvo de infindáveis repetições.
Nos últimos anos, impressionou-me sobretudo a forma como falou, sem complexos, do cancro que o minava. Parecia não ter medo dessa luta desigual.
Morreu novo – 55 anos. Sim, não é costume dizer-se que a vida começa aos 50?
Tenho a declarar: este mundo é um filho da puta.