O milagre da IURD

Em Faro! Ali junto ao mar, um milagre aconteceu. Um crente meteu a massa que tinha e a que não tinha nas mãos santas do bispo.A mulher é que não deixou se não ele metia ainda mais, tudo por amor à irmandade.

Entretanto, o milagre da multiplicação dos pães tardava a acontecer ao contrário dos bancos que começaram a apertar com o pobre do homem. Perdida a cabeça, foi-se ao “santuário” com uma rectroescavadora e deitou tudo abaixo. E agora?

Uma hipótese é voltar a acreditar no milagre, outra hipótese é meter o bispo na prisão, outra é esperar que lhe devolvam a massa. O problema é que para acontecer alguma destas hipóteses é preciso  um milagre.

As Scuts do Almerindo.

O Ricardo lançou aqui um novo desafio para escrevermos sobre as Scuts do nosso descontentamento. Eu, já  disse  aqui no Aventar que estou de acordo que se pague, a não ser que não haja alternativa. Na verdade, casos há, em que a eutoestrada foi construída sobre a anterior estrada, não havendo, pois, qualquer alternativa. Nestes casos os residentes não devem pagar, seria como uma “multa” por viverem naquele lugar.

O príncipio utilisador/pagador é um bom príncipio que, aliás, vai estender-se à educação e à saúde. O melhor, mesmo, é os cidadãos começarem a perceber de vez que este Estado onde nada se paga, é o tal que já mama 50% da riqueza criada no país. Estamos a viver alegremente acima das nossas possibilidades e, os políticos, a gozarem com o pagode, lançando estradas atrás de autoestradas, como se fosse possível. Já somos o país com mais autoestradas por km2. Talvez as pessoas  percebam que a autoestrada que passa lá ao pé da porta não é necessária, uma boa estrada seria mais que suficiente, só serviu para alimentar os bancos, as construtoras, os consultores e  arranjar  tachos muito bem pagos.

Porque é que Sócrates quer construir o TGV, o aeroporto e a terceira ponte, tudo desnecessário, com o país na miséria, sem que nos emprestem dinheiro, o homem insiste, sabendo à partida que o “Zé povinho” paga tudo, todas aquelas obras são, como a maioria das autoestradas, insustentáveis financeiramente, vão ter que ser pagas por todos nós.

Não gastam um tostão na ferrovia, para exportar e importar mercadorias, vão secando tudo o que possa contribuir para melhorar a economia, o que interessa mesmo é alimentar o “monstro”!

A pagar, com o dinheirinho a sair do bolso, talvez as pessoas comecem a fazer contas e a darem por ela, pela verdade,  que não há autoestradas grátis e que a UE ajuda, mas devia ser para investir em bens e serviços transaccionáveis. A continuar como até aqui é a miséria para a maioria do povo e os lucros para o monstro.! E a construção de autoestradas e de pontes nunca irá acabar!

Entretanto, o Almerindo, já fez saber que são precisos 95 milhões, só para a tesouraria, e que não encontra quem lhe empreste dinheiro.E, como se sabe, as empresas vão à falência pela tesouraria, isto é, a falta dela, a não ser que o governo entre com o que não tem. Dinheiro!

Bonito serviço, grandes gestores, grandes políticos, belas autoestradas!

Noites de Fogo

Agualva-Cacém, 2010.

Salgueiro Maia, o maior português do séc. XX

Há uns meses atrás, o Aventar lançou uma petição para salvar a casa onde nasceu Salgueiro Maia, em Castelo de Vide. Uma casa que, como se pode ver pelas imagens, está em avançado estado de degradação.

Entretanto, com o vírus que nos afectou em Outubro, perdemos as centenas de assinaturas que já tínhamos reunido e tivemos de começar tudo de novo. Muitos dos que assinaram inicialmente não voltaram a fazê-lo.

Passados todos estes meses, sentimos que cumprimos o nosso dever de homenagear aquele que, na minha humilde opinião, foi o maior português do século XX. Nas palavras de Sophia de Mello Breyner,

Aquele que na hora da vitória
respeitou o vencido

Aquele que deu tudo e não pediu a paga

Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite

Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício

Aquele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida»
como antes dele mas também por ele
Pessoa disse

Em sete meses, reunimos mais de 600 assinaturas. Como é nosso dever, serão endereçadas à Assembleia da República, à Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Castelo de Vide e à Associação 25 de Abril. Ainda não é tarde para salvar a Memória da Revolução.

Obrigado a todos.

O oásis, novamente

film strip - oásis

A notícia: «Sócrates confiante nas reformas e medidas de austeridade», pela Lusa, publicada no DN.

Qimonda e a Maia

Por vezes alguns analistas políticos não percebem os motivos que levam o eleitorado a castigar de forma exemplar alguns candidatos. Um fenómeno mais estranho, para eles, no caso de eleições locais.

Desculpem chamar para aqui o meu cantinho mas a Maia é disso um exemplo. Em todas as eleições o Partido Socialista ganha, folgadamente, as referidas votações. Todas? Não. Nas eleições autárquicas esse partido costuma, perdoem a expressão, levar um banho de todo o tamanho. Assim foi, uma vez mais, nas últimas. E a verdade é que os mais desatentos ou aqueles que não vivem nem conhecem a Maia, ficam espantados.

Para os restantes, o espantoso é ver os dirigentes locais desse partido, com total desplante, dizer os mais incríveis disparates com o ar mais sério do mundo. Foi o que acabei de ver no Porto Canal. A notícia (que se reproduz no vídeo abaixo) era de hoje. A Câmara da Maia integrou 31 antigos trabalhadores dispensados da Qimonda. Ou seja, durante um ano estes 31 maiatos(as) vão trabalhar em diversos departamentos da autarquia e adquirindo formação e experiência que lhes permita enfrentar o futuro com mais esperança. Uma parceria entre a autarquia, o IEFP da Maia e financiado a 100% por um fundo comunitário – naquela que foi, até hoje, a única candidatura de uma câmara portuguesa ao dito fundo (Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização).

Ora, o Dr. Jorge Catarino, dirigente do PS da Maia, afirmou no Porto Canal, sem se rir, [Read more…]