Cool and Quiet

Cemitérios Online é um serviço online onde você pode criar uma homenagem para um ente querido  que ficará presente na internet, onde familiares e amigos podem partilhar histórias pessoais, lembranças, fotos, vídeos e enviar “flores virtuais” como uma forma de homenagear e celebrar a sua vida.”

Mas meu sonho mesmo é uma casa por 18 mil contos

Mega-Agrupamentos, Mega-Desvantagens

Esta política de se juntarem várias escolas em rede levanta vários problemas e evidentes desvantagens. Por serem estabelecimentos de ensino, não o sistema em si mesmo, que é muito utilizado há muito nas organizações, como é o caso recente dos Centros Hospitalares que congregam em rede vários Centros de saúde e alguns hospitais. A ideia básica, é poupar nos custos administrativos e centralizar as compras e serviços financeiros. E, também, complementar a oferta que, pelos custos e pela elevada especialização, não podem estar dispersos (no caso dos hospitais este argumento é evidente).
 
Mas nas escolas há logo o caso de há bem pouco tempo um sistema novo ter sido implementado. A instabilidade não é boa conselheira para ninguém. Depois há os custos de transporte para professores e alunos, perde-se proximidade e em crianças e jovens essa proximidade é muito importante. As escolas estavam a fortalecer a sua autonomia, que eu considero o factor fundamental para o sucesso da escola, e isso pode perder-se com estes agrupamentos, que podem despertar apetites de controlo político.
 
Sempre que aparece um novo secretário de estado muda-se tudo, todos têm a solução no bolso, ninguem aproveita o que de bom vem de trás. A autonomia das escolas devia ser a prioridade das prioridades, por ser um factor determinante na preparação dos alunos e nos resultados e só depois pensar em “economias” . Acredita-se que um agrupamento com maiores capacidade de meios e um maior número de alunos possa oferecer uma maior qualidade pedagógica mas contraria políticas de coesão. Para além do esvaziamento acelerado dos locais mais pequenos. Corre-se o risco de o gigantismo promover a exclusão e que afaste a escola das famílias. 
 
Há quem acredite que com os mega agrupamentos se melhora substancialmente o nível pedagógico e que a convivência abra novos horizontes!
 
É um assunto a gerir com pinças por ser virgem, mas a questão que deixo é se este caminho seria percorrido se outras fossem as condições financeiras do país! Há tanto por onde cortar desleixos e desperdícios que me incomoda que seja nas escolas que o “economicismo” dê o pontapé de saída!

Mais um…

Temos mais um Pluto de serviço. É o PSD, essa triste sucursal regionalista do Partido Popular de Rajoy. Tal como o PS, também finca os pés no “Espanha, Espanha, Espanha”. Como durante meses bem trombetearam muitos simpatizantes los social-demócratas – bem à espanhola -, este sr. Passos Coelho é mesmo muito fraquinho. Vindo da mesma chafarica, o sr. Barroso não lhe fica atrás, pois já deve estar esquecido dos imbróglios que ocorreram durante o seu simulacro de governo, quando as empresas portuguesas eram impedidas de entrar em Espanha*. Se a memória não nos falha, Barroso sempre foi muito cordato para com a insolência aznarista.

Que o governo de Zapatero seja um dos maiores proteccionistas dentro da UE e que estimule todo o tipo de medidas vexatórias às empresas estrangeiras que tenham interesses ou camiões TIR a circular pelas “autovias”, isso pouco importa ao presidente da Comissão. A plutocracia fala mais alto. E ainda quer ele suceder a Cavaco, outro cangalheiro da independência. Como se isto fosse pouca coisa, ontem veio Mário Soares pregar o missal do federalismo que mais não é, senão uma desesperada tentativa de manutenção de privilégios de uma casta que muito mal fez à “Europa”. Mais um Pluto de cauda a abanar.

*Não votei em Sócrates.

Pencahue, Vilatuxe, Vila Ruiva, século XXI

picunches do Século XX, a descansar no seu domigo

Rua Central da Vila Picunche, Pencahue, Província de Talca. Membros do Clã descansando em pleno domingo.

Queira o leitor saber o que penso destes três sítios visitados nos últimos anos. A cada um estou intimamente ligado pelas pesquisas e, simultaneamente, pelo prazer que usufrui no convívio com os amigos que aí fui deixando, ao longo dos anos. Como se fossem da minha família. Queira o leitor saber também que ocorreram mudanças nos três locais, que estão ligadas entre si, não apenas pela economia mundial, como pela memória do tempo. Cada um deles é um lugar diferente. Visitados, também, por um antropólogo diferente. Talvez, não no físico, mas sim nas ideias e no pensamento. Pensei que no Chile era possível falar com liberdade. Enganei-me, eu não estava certo. Os Picunche que conheci outrora como inquilinos e com quem, nos anos 60, do século XX, colaborei na formação dos sindicatos, são hoje em dia pessoas individuais e [Read more…]

Os pés pelas mãos

(texto de Marcos Cruz)

OS PÉS PELAS MÃOS

A minha filha está na cozinha, em bicos de pés, a tentar chegar com as mãozitas a um pacote de bolachas que eu afastei o suficiente, julgo, da borda do balcão. Afinal, julgo mal: ela fez cair o pacote. Ponho-me a imaginar o que pensará ela sobre a conquista – se achará que foram as mãos as responsáveis, se atribuirá o mérito à inclinação dos pés, se premiará o conjunto ou se nem perderá tempo a reflectir sobre isso, que é o mais provável. O meu pai está na cozinha, sentado, a dizer-me que a ciência, mesmo sendo um cemitério de hipóteses, é o único caminho para a verdade, ao passo que a filosofia é, na generalidade, um amontoado de disparates. Segundo ele, a filosofia é apenas um degrau, um degrau que está abaixo da ciência. Eu pergunto-me, e pergunto-lhe por outras palavras, sem que ele mostre vontade de me ouvir, se esse degrau não estará para a ciência como os pés da minha filha estarão para as suas mãos na abordagem ao pacote de bolachas.

O Carlos Santos voltou a casa

Algum dia tinha de acontecer. Depois de alguns meses alucinantes na blogosfera, depois de passar de menino querido a menino rejeitado, depois de ser levado aos ombros e ser executado virtualmente na praça pública, o ex-aventador Carlos Santos voltou a casa. É um renovado «O Valor das Ideias» que tem hoje para nos apresentar, dividindo o espaço – que a vida está cara – com outros nomes que não conheço.

No primeiro post, escreveu sobre religião. Para trás, fica a defesa de Sócrates no Simplex, o acordar para a realidade em A Regra do Jogo, a breve passagem pelo Aventar e a denúncia do abrantismo no Corta-Fitas. Ele saberá de que forma irá conduzir este novo blogue a partir daqui. Se fosse a ele, esquecia o que está para trás e concentrava-me no futuro. Há tanto para dizer destes que nos desgovernam há 5 anos…

Jornal de quê?

Capa do JN (07-07-2010)

Parece que se chama “Jornal de Notícias“.

E parece que ninguém duvida da sua história, grandiosidade, rigor e influência no panorama da imprensa nacional.

Eu, pelo menos, não duvido. Ou melhor, não duvidava. É que a ver pela capa da edição de hoje, pergunto-me quais os critérios de selecção das ditas “notícias”.

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Os 13 pecadilhos dos serviços de de distribuição predial de águas

1 – Facturação bimestral que não mensal, como o define a lei, com perturbações nos equilíbrios dos orçamentos domésticos…

2 – Facturação assente em estimativas, o que preclui o princípio da protecção dos interesses económicos do consumidor, já que o fenómeno gera tanto sobrefacturações como subfacturações com ulteriores acertos

3 – Apresentação de facturas com dívidas já prescritas, o que constitui flagrante violação do princípio da boa-fé a que se acham submetidos serviços e empresas.

4 – Recurso às execuções fiscais quando não é de dívidas administrativas que se trata, mas de dívidas emergentes de contratos privatísticos, de consumo: não se ignorará que a simples ameaça das execuções fiscais leva a que se pague até o que se não deve.

5 – Recurso aos tribunais administrativos de questões que são eminentemente privatísticas, de consumo, com subversão dos meios processuais, como sucedeu com o indeferimento liminar esta semana de uma acção inibitória proposta contra as Águas de Gondomar.

6 – Cobrança de ramais de ligação quando uma leitura não enviesada da lei o não permite

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A Silly Season está quase a acabar

A Silly Season, conceito anglo-saxónico que se refere ao período de férias dos políticos, tribunais, jornalistas, etc., está a começar nesses países. Caracteriza-se pela falta de notícias importantes e sérias, sendo os media tomados de assalto pela “falta de assunto” e por uma maior incidência de temas frívolos e mais ou menos estúpidos.

Em Portugal, verifica-se o contrário. Indo os políticos de férias, fechados os tribunais, laureando a pevide os opinion-makers, as notícias perdem uma certa mesquinhez que lhes está na matriz do ADN e passam a ser menos estúpidas, quiçá mais profundas e inteligentes. É aproveitar e devorar, porque só dura o momento de umas férias. A Silly Season, felizmente para nós, está quase a acabar.

RTP – milhões deitados à rua!

Não há nenhum serviço que a RTP preste que não possa ser comprado aos canais privados! Por um preço infinitamente inferior. Agora que vamos entrar na era do digital que vão ser necessários investimentos de muitos milhões é a altura de optar. Ou se continuam a deitar para o lixo milhões , entrar na era do digital com a tecnologia existente “analógica”, ou privatizar a RTP e passar a comprar “tempo” aos canais privados e emitir tudo o que os governantes quiserem emitir. Só não podem “alinhar” os telejornais mas de resto podem emitir todo e qualquer programa, incluindo os que se dirigem aos portugueses da “diáspora” de todo o mundo. Tudo por 1/10 do dinheiro gasto todos os anos!

Com os enormes problemas que o estado enfrenta, manter o luxo de um serviço privativo, em nada diferente dos privados, é um crime, quando se exigem sacríficios de toda a ordem aos cidadãos e às empresas. Ou se privatiza, ou se reestrutura, por forma a manter um serviço mínimo, de outra forma a asfixia económica é certa, a não ser que continuemos a ter uma vasta escolha de programas e uma cada vez menor opção quanto aos serviços de saúde, educação e serviços sociais.

A opção diz tudo quanto às prioridades dos nossos governantes!

IPF, Encontros do Olhar, e gente que mais valia ter estado calada

Terminou ontem o “Encontros do Olhar” do IPF. Fui ver e ouvir.

Fiquei chocado com a indelicadeza do sr (?) Morais e com a notória má educação do sr(?) Morais Sarmento, a ponto de momentaneamente ter intervindo nesse final de debate, aquando do desilegantíssimo comentário do sr(?) Morais Sarmento, sobre as semelhanças que ele encontrou com o nome “Portografia”.

Nas intervenções ouvidas nesta última fase dos Encontros do Olhar do IPF, destaco a palestra de José Marafona, um senhor da Fotografia Nacional, que muito e bem nos falou da sua visão da fotografia.

Estive presente e subscrevo inteiramente o texto que se segue, da autoria de Luís Raposo.

Devo dizer que faço parte do Grupo F4 e sou sócio da Portografia.

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PT, Telefónica, Vivo e o ‘Socialismo Neocolonial’

A trilogia ‘PT – Telefónica – Vivo’ converteu-se em romance. Com contornos de maior ‘suspense’, após o uso pelo Estado Português de poderes conferidos pela golden share na PT. Os discursos e intervenções subiram de tom. Uns a favor, outros contra. E aguarda-se a deliberação de Bruxelas, mesmo sem eficácia imediata.

Os opositores ao uso dos citados poderes, em geral, refugiam-se no argumento de que não foram respeitados os interesses dos accionistas – e eu exclamo e que espécie rara de accionistas! BES, Ongoing e Visabeira. Todos adquiriram acções da PT, sabendo da posse da golden share pelo Estado, assim como dos direitos e consequências inerentes. Agora, os mais usurários revelam surpresa e discordância à opinião pública.

De tantos ditos e contraditos, há até comportamentos de pasmar. Há um mês, o sinistro banqueiro de todos os regimes, o Dr. Ricardo Salgado do BES, defendia que o Estado deveria accionar a golden share para contrariar a compra da Vivo pela Telefónica; ontem, em declarações proferidas em Cabo Verde, disse o contrário e mais: agora há o perigo da operadora espanhola lançar uma OPA sobre a PT. De patriótico, já muitos sabíamos, Ricardo Salgado não tem migalha ou gota, como há semanas fazia notar a insuspeita escritora Rita Ferro. E está bem acompanhado por ‘compagnons de route’ de refinada ética, os empresários da Ongoing e da Visabeira. ‘Day after day’, as coisas mudam. Hoje o jornal ‘i’ anuncia que Salgado também terá dito que se houver uma OPA da Telefónica sobre a PT, o Estado deverá opor-se através da ‘golden share’. Enfim, contradições atrás umas das outras.

Deixemos, agora, a negociata dos ilustres accionistas, atraídos por parte de 7,15 mil milhões de euros – o país e as suas gentes beneficiariam imenso. Centremo-nos na crítica do arrevesado Rui Ramos na última edição do ‘Expresso’. Famoso historiador e doutorado em Ciência Política por Oxford, o ilustre académico entende que a decisão do Estado é um acto de “socialismo neocolonial”. Equivalente, escreve ele, à decisão “do país manter, não companhias de telemóveis no Brasil, mas a administração portuguesa nas terras de África” (sic). Esta visão transcendental só poderia sair de um cérebro genial.

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A solidez de um livro, segundo Sobrinho Simões

Por SANTANA CASTILHO

No livro que acaba de lançar, Maria de Lurdes Rodrigues cita Max Weber para justificar a sua acção política, movida, diz ela, pela “ética das convicções”. Atentem, generosas leitoras e leitores, ao naco de prosa que a ex-ministra escolhe para caracterizar quem tem vocação para a política (no caso, ela própria):

“… Só quem está certo de não desanimar quando … o mundo se mostra demasiado estúpido ou demasiado abjecto para o que … tem a oferecer … tem vocação para a política …” (in “A Escola Pública Pode Fazer A Diferença”, p. 18)

Freud ensinou-nos que nenhuma palavra ou pensamento acontecem por acidente. Uma coisa são os erros comuns, outra, os actos falhados. É falhado o acto que leva Maria de Lurdes Rodrigues a citar, assim, Weber, para justificar a sua acção política. E fez tudo o que fez, confessou-nos no circo do lançamento, com grande alegria, qual pirómana que se baba de prazer ante as cinzas da escola pública que deixou.

Eis as entranhas de uma coisa que não é pessoa, que não tem alma, e que não aguenta mais que 18 páginas para dizer, de modo obsceno, o que pensa dos que esmagou com sofrimento.

O livro é híbrido e frio, como a autora. É um relatório factual e burocrático sobre as suas tenebrosas medidas de política educativa. A excepção a este registo está na introdução, um arremedo ensaísta de alguém que chegou a ministra sem nunca ter percebido o que é uma escola e para que serve um sistema de ensino. Permitam-me duas notas factuais a este propósito e a mero título ilustrativo: [Read more…]

DEM: privacidade versus segurança

Se alguém se aproximar de uma janela e espreitar o interior de uma casa estaremos perante um problema de privacidade. Mas será um problema de segurança se por aí entrarem para a assaltar.

Vem este exemplo a propósito ter lido por aí alguns argumentos em defesa do DEM (Dispositivo Electrónico de Matrícula, vulgo chip) afirmando que não existem problemas de privacidade com os DEM porque o alcance destes dispositivos é de apenas alguns metros (cerca de 5) e que, além disso, não existem equipamentos de leitura disponíveis no mercado.

Ora quem opta por esta linha de argumentação está a confundir problemas de privacidade com problemas de segurança.

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Bisca Lambida

Para actualizar a colecção.