Temperaturas Altas
O cemitério do Freeport recomeça amanhã…
Com índicios de corrupção, amanhã o Ministério Público tem que tomar uma decisão. Acusa ou arquiva!
Ao que sabemos (os faxes, o vídeo, as conversas sobre envelopes…) acrescentam-se os depósitos bancários em notas, muitos milhares de euros em várias contas de vários titulares, todos ligados ao processo. Em dinheiro, em notas, todos deram uma boa explicação, negócios, partilhas, mas a conclusão a que se chegou é que todos depositaram mais dinheiro nas respectivas contas que o que declararam às finanças.
Crime fiscal? Amanhã com a acusação, se a houver, vamos saber as bases da pronúncia, se a decisão for o arquivamento, vamos ter tudo eacarrapachado nos jornais. Bem sabemos que a prova em tribunal não se compadece com “intuições”, mas as notícias, vão ter títulos a “preceito”, deixar dúvidas no ar, e desenvolver o processo por muitos dias a tal ponto que quando se chegar ao fim, cada um de nós vai ficar com uma “impressão”.
Agora uma coisa é certa, um cemitério tem muito menos vida que um freeshop, apoquenta muito menos as avezinhas , e não atormenta os sapais e, no entanto, foi chumbado.
Até os mortos se viraram com aquela aprovação!
Canal Caveira
a Nai Esperanza

o meu imaginário desenha a uma señora de respeito, com alma diferente ao corpo
Andei pelas pradarias do lugar de Lodeirón, Paróquia de Vilatuxe en Lalín, Pontevedra. Não havia lugar em que eu não vise a nai, como se denomina em Luso Galego a nossa palavra mãe, essa senhora que nos deu à luz do firmamento. Como tenho relatado em outros textos meus de começos de Julho deste ano, Esperanza era a minha nai. Sentia por ela um carinho imenso, que não tinha cura. Pelo sim, pelo não, estava sempre presente e tomava conta de mim, como mais um neno da família, um catraio que ela cuidava. A conheci em tempos recuádos, quando eu tinha 30 anos e ela, quarantatrés. Levava comida ao meu amigo, hoje o seu viúvo, três anos mãis velho que ela.
Não sabia que tinha ido embora em 2006, póla enfermidade não merecida. Era não apenas carinhosa, bem como enchia a cara de bicos (beijos em português) a filhos e netos. Trabalhava mais do que devia. Tinha morrido de enfermidade não merecida e que nenhum podia curar.
Ministério Público fechou caso Freeport
Está pronto. Pelo menos em parte. Foram mais de cinco anos de investigação, de escutas, documentos, vídeos, intriga, enfim um conjunto de elementos que ajudam a fazer um argumento de um caso estranho.
O Freeport, é sabido, nasceu torto. Muito torto. Ainda não se endireitou no que diz respeito à dignidade da política e, sobretudo, da justiça portuguesa. Lenta, estranha, a funcionar a para e arranca, com inúmeras fugas de informação.
Consta que dois arguidos foram acusados. Se se confirmar, foi o chamado rendimento mínimo num processo complexo e que ainda dará muito que falar.
Este é mais um daqueles casos que nos faz lamentar o estado a que Portugal chegou.
O folclore à volta dos testes de resistência à banca
O desfile folclórico, em Portugal, começou com a onda de boatos lançados sobre o BCP. O banco, escrevia-se e dizia-se, estava em estado de insolvência e em risco de intervenção governamental. Afinal a instituição obteve a segunda posição dos quatro bancos nacionais testados, atrás do BPI e à frente da CGD e do BES – o Dr. Ricardo Salgado bem se esforçou, mas foi o último do pelotão português.
O espectáculo folclórico, porém, não se confina ao espaço bancário nacional. Segundo o Diário Económico, seis bancos alemães estão sob suspeita de escamotear dados essenciais para os testes. Mas alemão é alemão e, nesta UE de todos iguais e todos diferentes, o problema seria catastrófico caso a omissão fosse cometida por bancos da Grécia e/ou Portugal. Aí sim, o risco para os dois países de sair da zona euro era muito elevado. Causariam gravosas consequências ao interesse colectivo da dita zona, entre as quais o enfraquecimento da própria moeda europeia perante o dólar.
Como a falta deliberada, dos tais bancos alemães, não fosse já de si matéria para reflexão e desconfiança, vêm agora dois ilustres produtores de opinião, o investidor Jim Rogers e o famoso economista Roubini, garantir que os testes à banca europeia não foram suficientemente realistas.
Toda esta profusão de pareceres e notícias contribui para um folclore de ‘ópera bufa’ sem comicidade. O grande espectáculo é, de facto, o drama da crise económica mundial a impender sobre milhões de famílias, antes habituadas a crédito abundante e barato e que hoje vivem de salários escassos ou mesmo sem eles. Nada que os falsetes de um tenor bufo não resolvam. Entoará os cânticos do sublime ‘mercado’, a única divindade capaz de iluminar o caminho para o paraíso e para solucionar a crise.
Sondagens leva-as o vento…
Cavaco Silva com quase 60% de intenções de voto e 80% de pessoas que acreditam na sua reeleição mesmo que não votem nele, é desde já vencedor nas presidenciais.
Manuel Alegre muito longe e não fazendo o pleno do PS. Fernando Nobre fica-se pelos 12%. Os dados estão lançados. E para que isto se mantenha assim, Cavaco não mexe um dedo para ajudar o país a sair da situação. O mesmo se diga de Passos Coelho e de Sócrates. Um não sai, o outro não quer entrar.
PSD com 40% à beira da maioria, o PS com 34%, o PCP com 10%, BE com 8% e CDS com 5%, temos uma empate técnico entre a esquerda e a direita. Bonito serviço, só faltava isso, um país numa crise destas e não haver saída política. É o que acontece aos incompetentes!
É muito possível, se Passos não deixar que se enraíze a ideia que possa vir a mexer no Estado Social, que o descontentamento seja uma drenagem de votos do PS para o PSD, o pior está para vir, como a subida do desemprego é sinal.
Passos Coelho muito perto de ser o próximo primeiro ministro!
Deus ex machina
A notícia: «Sócrates é como Deus nosso Senhor, está em toda a parte», no Diário Económico.
Imagem de fundo: Deus ex machina.
Dia da pátria Galega – grande manifestação em Compostela!
Muitos milhares de pessoas em manifestação de rua, exigindo “A Nação Galega”
No dia nacional da Galiza, o estrolabio saúda os irmãos Galegos – Viva a Galiza livre e independente!
PS: Adiro pessoalmente à saudação, pois não sei o sentir dos meus companheiros do Aventar.
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