As melhores frases de José Sócrates (I)

E Madaíl, também funciona em piloto automático?

“O grupo não vai ser nada afectado. Os jogadores têm muita tarimba e muita capacidade para jogarem em piloto automático”

Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, sobre o ‘caso Carlos Queiroz’

Se é assim, o melhor é despedir o seleccionador, não contratar mais nenhum e deixar que os jogadores decidam (na Playstation, por exemplo) quem entra a titular e quem fica no banco.

Melhor ainda, acreditando que Madaíl fez um bom trabalho nos últimos anos e que o pessoal da federação tem muita tarimba e capacidade, também devem conseguir trabalhar em piloto automático e não é preciso presidente da federação para nada.

Uma maçã podre do desporto português: Laurentino Dias

Estávamos nos inícios de Setembro de 1988. Já se tinham realizado duas jornadas do Campeonato Nacional de Futebol quando a «bomba atómica» foi lançada: o Famalicão, acusado de corrupção na época anterior (compra do jogo contra o Macedo de Cavaleiros), era despromovido à III Divisão. Alguns dias antes, o Conselho de Disciplina da FPF dera como não-provada a tentativa de corrupção, mas o Conselho de Justiça foi de opinião contrária. O beneficiário directo foi o Fafe, que assim ascendeu à I Divisão em substituição do Famalicão.

O advogado do Fafe e grande responsável pela reviravolta federativa era então Laurentino Dias, que à época ocupava também o lugar de Presidente da Assembleia Municipal de Fafe e de Deputado à Assembleia da República pelo PS. Dizia-se à boca cheia, na altura, que foram as suas movimentações de bastidores que permitiram a despromoção do Famalicão.

22 anos depois, agora Secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias intervém de forma descarada na vida interna de uma Federação à qual tirou recentemente o Estatuto de Utilidade Pública. Ao enviar recados sobre Carlos Queirós e ao avocar a si o processo, via Autoridade Anti-Dopagem, mostra mais uma vez o quão negativo tem sido a sua passagem pelo desporto português ao longo das últimas décadas. E com isto, sofre o futebol luso e a Selecção Nacional. A debandada dos jogadores já começou.

Laurentino Dias é uma maçã podre do desporto português, que deve ser removida o quanto antes para bem de todos nós.


A Inteligência Saiu à Rua

http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=14575136&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0

Linha do Minho, Agosto 2010. (podia ser noutro sítio qualquer)

Censura no Facebook

Ontem a minha conta e a de pelo menos oito camaradas, no Facebook foram bloqueadas, bem como a página Vermelho e Negro de orientação nacionalista revolucionária. Os bufos ao serviço do sistema devem ter enchido a caixa de denúncias.
Para quem acredita na tolerância e na liberdade de expressão tão propagandeados pelo sistema é tempo de ir pensando bem. Os novos senhores do Templo atiram para a fogueira dos hereges todos aqueles que ousam dizer a verdade.

Sócrates, o eterno optimista


Não será por falta de optimismo que o Governo Sócrates não levará o barco a bom porto. Será por incompetência mesmo.

as culturas da cultura. infantil, adulta, erudita (I Parte)

ser ou não ser

o menino que não queria ser pastor, em época de crise, não teve opção

1ª Parte excerto um livro meu: O imaginário das crianças. Os silêncios da cultura oral

A questão, 1ª e 2ª edição, Fim de Século. Uso o texto de 2ª edição, 2007

Miguel (v. Genealogia 1), o neto do Marques, queria uma bicicleta. Conseguia equilibrar-se na minha, que era preta, de ferro e pesada. Seu pai, a trabalhar nas obras de uma cidade longínqua, não tinha dinheiro suficiente para comprar uma; a mãe,

jornaleira, guardava o dinheiro para os gastos da casa. Os avós, quinteiros da casa da aldeia onde eu e eles vivíamos, observavam os vizinhos e sonhavam com outra vida enquanto entregavam produtos e dinheiro das vendas aos proprietários. A bicicleta não podia materializar-se, e Miguel Marques sabia; com sete anos, sabia. Mal podia, entrava na garagem da casa, enquanto eu andava pelas ruas e “belgas”1 ou estava ausente, tirava a bicicleta e juntava – se aos amigos que tinham cada um a sua. Filipe Manuel, o pai, ausente nas obras, não sabia. Nem sabiam Elvira, a mãe, longe nas jornas de outras casas, nem o avô Marques, ocupado com a rega e a cava da terra da quinta. A avó Elvira, lavava no tanque, falava à pequena Marta, sua neta, que olhava o irmão, sem nada dizer. A bicicleta não era dele, era de outro que não precisava dela nesse momento, esse outro sorridente e nunca zangado. [Read more…]