Nao posso senão dar as minhas mais vivas congratulações pela decisão tomada pela vereação da CML no sentido de abrir os Paços do Concelho da Câmara e outras instalações de prestigio da cidade de Lisboa, para a realização de casamentos civis.
Quando foi aberta a possibilidade dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo recordo ter avançado,entre Maio e Junho, com a ideia de que a CML devia ceder os seus espaços para a realização das cerimónias de casamentos civis a todos os cidadãos, por altura do 5 de Outubro, ou outras datas laicas, porque havia quem quisesse abrir polémica com os casamentos religiosos de Santo António,e eu pretendia evitá-la.
A CML foi agora mais longe e fez bem!
Muito há ainda a fazer neste percurso, díficil, pela Igualdade e Laicidade, mas este passo foi na direcção certa.
Fico na expectativa de que outros passos também venham a ser dados durante o mandato desta equipa politica, tal como foram sufragados e foi prometido nos documentos da campanha eleitoral que tive o gosto e o dever cívico de então apoiar a título pessoal.
Aproveito para sugerir, por ora publicamente, que nos cemitérios municipais se criem espaços neutros, utilizados por pessoas sem religião ou de outras que não a católica, os tanatórios, embora eu próprio seja católico.
Evidentemente, ainda há muitos outros passos a dar em termos de igualdade e diversidade na cidade de Lisboa, que neste caso serve de motor e modelo para o resto do país, e alguns são só simbólicos,sem custos para o erário. Mas até esses, por vezes justamente pelo seu valor simbólico, são mais custosos de arrancar.
Só não percebi o que é que isto tem a ver com a laicidade. O casamento civil é uma realidade já antiga. A abertura dos espaços municipais à sua celebração não acrescentam nem diminuem. Nunca foi proibido que fossem usados?!
Quanto aos cemitérios, os que são construídos actualmente, já são, como diz, neutros!