Notícias frescas da Suazilândia

Nothando Dube

Conta-nos hoje o Ionline:

rei da Suazilândia, Mswati III, despediu o seu ministro da Justiça, depois de descobrir que o político mantinha um relacionamento com uma de suas 14 mulheres. Ndumiso Mamba deixa o cargo, após as imagens terem sido reveladas na internet.
Segundo o Daily Mail, o ex-ministro da Justiça mantinha um caso com a 12ª mulher do rei, uma jovem de 22 anos chamada Nothando Dube, ex-miss da Suazilândia. Ainda de acordo com o jornal britânico, a imprensa local está proibida de publicar o escândalo sobre a traição no ceio (sic) da monarquia.

Agradeço a notícia. Fiquei a saber que o rei escolhe as esposas (vai em 13) num festival anual que ocorre no dia do seu aniversário, tendo reparado em Nothando Dube quando esta tinha 16 anos. Não deve ser fácil satisfazer um harém tão numeroso, e compreende-se a intervenção do ministro da Justiça.

Também fiquei a saber que no Ionline pagam a um analfabeto que escreve “ceio” por seio, e que divulga notícias do início de Agosto com a tranquilidade de quem precisa de encher chouriços em finais de Setembro. O que se compreende: o Correio da Manha fê-lo vai para 2 dias, a Visão e o Diário Económico foram atrás, tudo porque alguém precisou dos mesmos enchidos num tablóide inglês qualquer. A parte das “imagens divulgadas na internet” é treta: o casal foi apanhado em flagrante pelos serviços secretos reais, acontecimento que deu origem a fotos como esta:

A única notícia, por assim dizer mais fresca, é que o cargo já foi ocupado, pelo reverendo David Matse, presidente da Comissão de Direitos Humanos, ou seja, especialista numa coisa que a Suazilândia não tem. Este rei ainda acredita nos homens da igreja. E na altura das portas, antes que se aleije.

Musique française à la carte

O companheiro Pedro lançou o repto. Vá lá saber-se por que razão, foi acometido por súbito impulso de um revivalismo da música francesa do século passado.

Pelo meu lado, admirador dos intemporais Piaff, Gainsbourg, George Brassens, Gilbert Bécaud, Aznavour e outros (o belga Jacques Brel também está associado a esta vaga), retribuo com a inolvidável ‘La Mer’ de Charles Trénet:  

Que tal?

Fim de Semana Musical

Depois de ter passado os dois últimos dias a dar-vos música (com clássicos da música popular do séc XX) encerro hoje com filet-mignon.

Em tempos de revivalismos e remisturas várias, também por cá – Deolinda, Oquestrada, Diabo na Cruz, etc.- veja-se esta pérola francesa de Zaz

e o original da inesquecível Piaf [Read more…]

Por mim, o campeonato acabava já hoje

Evitava-se a pressão sobre os árbitros para beneficiarem o do costume, e a Académica voltava aos lugares que lhe pertencem historicamente, com uma equipa que dá espectáculo, no ano da afirmação de Jorge Costa como grande treinador que vai ser.

Até obras de arte sob a forma de golo não têm faltado, este com o gostinho especial de ser marcado ao adversário de estimação, o Derrota de Guimarães:
http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/BQEqAAKWCFfDlFLpH33p/mov/1

Golo de Sougou, Académica 3-Guimarães 1

religião, confissão do medo-II parte

La Pietá, Michelangelo Buonorroti, 1494

2.- Confissão do medo. IIª parte

Duvidei. Duvidei e volto a duvidar. Não da divindade[1], mas sobre se uma qualquer Confissão é de medo ou do medo. Caso escolha a primeira opção, não tenho outra alternativa que desorientar o leitor de que os seus sentimentos de fé ou Confissões foram organizados para assustar os seres humanos da sua divindade. Se escolher a segunda alternativa, é-me possível explicar o que tenho observado em trabalho de campo. Um dia, um rapaz sem trabalho, deslocou-se ao centro de emprego para se inscrever na lista dos sem trabalho. Acendeu uma vela. Como faria um antropólogo qualquer, perguntei porquê. Respondeu de imediato: para pedir pelas almas dos meus defuntos Bem sabia eu que não era assim, era pelo medo que tinha de não obter uma resposta positiva. A anima rogada era ele próprio e seu medo do insucesso. Foi e voltou sem nada, endereçou-se à vela e disse com raiva: vela maldita que nada fizeste por mim, e apagou-a. Lá foram os seus defuntos e as suas almas rogadas! Queria cobrar ânimo, valor. [Read more…]

Onde cortar na despesa?

Portugal precisa de quem puxe pelo país Na passada sexta-feira ouvi o primeiro-ministro dizer em Nova Iorque que preferia uma redistribuição fiscal (leia-se aumento de impostos) a cortes na saúde, na educação e no estado social.

Esta declaração é fantástica. Em primeiro lugar diz-nos que os impostos irão aumentar e em segundo que só na citadas três áreas é que há espaço para cortes na despesa. Ficamos a saber que os governos civis não vão fechar, que a imensidão de institutos, fundações e empresas municipais que duplicam a administração pública continuarão como até aqui e que o patrocínio estatal de actividades comerciais como computadores, construção de estradas e demais obras públicas não será contido.

Recorre-se ao medo e fica tudo na mesma. Excepto para os tais 15% que contribuem para 85% da receita fiscal, que sentirão, uma vez mais, os impostos mais pesados e a carteira mais leve.

A Situação Política Nacional

Estes gajos do 31 da Sarrafada são geniais. Duvidam? Então vejam: