Assalto por encomenda


Estamos em crise e o senhor Cavaco Silva foi uma vez mais atrás de D. Manuel II. Tal como o rei, viajou até ao Buçaco, para quase incógnito, comemorar discretamente a vitória sobre a “querida França do regime”. Bem ao contrário do Desventurado, não foi recebido em delírio pelas populações e muito menos ainda, pelo exército. Sabe-se que o rei terá exclamado após tanto entusiasmo, ….”hoje conquistei o exército!” Pensava ele nos promissores fastos dessa conquista, sem sequer imaginar que uns dias depois, aquelas espadas lustrosas permaneceriam oportunistamente nas bainhas. Pelo contrário, seriam os cutelos do talho no qual Portugal se transformaria por muitas décadas.

São assim, os defensores da pátria e das instituições. Estamos habituados. Isto dizemos, para que o senhor Cavaco Silva saiba do país em que se vive. Hoje inaugura festas e para a semana poderá ter de partir à pressa. Nunca se sabe, nem nada está garantido. É a única certeza.

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"béde inglish"

Mais um momento genial do 31 da Sarrafada!!!

Presença portuguesa em Marrocos

Esfera armilar

Esfera armilar existente na fachada do Castelo do Mar de Safim

“Um reino português em Marrocos era sonho irrealizável com os nossos parcos recursos em gente e dinheiro”. (LOPES, 1989, pág. 12)

Esta frase de David Lopes espelha uma realidade constante durante os 354 anos que durou a presença portuguesa em Marrocos, marcada pela existência de praças-fortes isoladas, dependentes dos abastecimentos do exterior, constantemente ameaçadas pela hostilidade do território envolvente, como tão bem exprimiu ao afirmar também que “não vemos (…) D. Henrique fechar os olhos às realidades e querer conquistar um país que Portugal, de pouca população e pobre, não podia abarcar. Um realista como ele sempre se revelou não podia ter tão estulta pretensão; e se algum dia teve esse sonho, filho da inexperiência primeira, deve ter acordado dele quando o mar imenso se começou a abrir diante das suas caravelas. Os perigos eram aí, afinal, menores e as vantagens maiores”. (LOPES, 1989, pág. 12) [Read more…]

os amigos

mãos solidárias e recíprocas, símbolo de que dá e nada solicita

Amigo é um substantivo muito usado nas conversas do dia-a-dia. Apesar de estar definidos en todos os dicionários, acaba por ter uma séria de significados. O que me parece menos meigo, é quando a palavra é usada em detrimento de outras pessoas: oiça meu amigo, é melhor ir embora e deixar-nos em paz. Ou, se o substantivo é usado como apelativo: hei amigo, ande cá…. Ou, mais grave ainda, se referimos alguém de importância na vida social, na sua ausência: esse deputado é muito meu amigo, confie em mim… Ou o candidato a Presidente da República, o Primeiro-ministro, o nosso chefe, são incluídos na conversa como pessoas da nossa intimidade. Durante uma época da minha vida, fui enviado ao Chile pelo meu Catedrático da Universidade inglesa onde estudava e ensinava, houve um alçamento militar e o nosso Presidente foi assassinado, como tenho referido em outros ensaios de este sítio de debate; o meu Chefe, sabia o que era um campo de concentração, tinha passado quatro anos em Auschwitchz, (Auschwitz-Birkenau é o nome de um grupo de campos de concentração localizados no sul da Polónia, símbolos do Holocausto perpetrado pelo nazismo. A partir de 1940 o governo alemão comandado por Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área, então na Polónia ocupada. Houve três campos principais e trinta e nove campos auxiliares). Bem sabia Sir Jack Goody o que eu [Read more…]

PSD devia mandar Cavaco à merda

O Presidente da República está a pressionar o PSD para aprovar o Orçamento de Estado. Não porque seja bom para o país, mas porque lhe dá jeito para a recandidatura.
Cavaco Silva é o mesmo, relembre-se, que recusou a sua foto num cartaz de campanha do PSD e que contribuiu decisivamente para a queda de um seu Governo e correspondente subida ao poder de José Sócrates. Ele não quer nem nunca quis saber do PSD para nada.
Agora, o PSD deve responder-lhe da mesma forma. Rejeitar o Orçamento prejudica-lhe a campanha? Azarito!