Pagando produções fictícias


Imaginemos algumas situações que hoje, qualquer bípede julgaria caricata:

1. Estando vivo até uns anos depois de 1974, o governo português convida António Lopes Ribeiro, para a realização de uma mini-série sobre a tomada do poder pelos militares e a consolidação da 2ª República sob a direcção de António de Oliveira Salazar.

2. Em 1955 e decorrida uma década após o desaparecimento do III Reich, a recentemente constituída República Federal da Alemanha, contrata Leni Riefenstahl e Wolfgang Liebeneiner, com o fim de passarem ao cinema, a tomada do poder por parte do NSDAP de Adolfo Hitler.

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Não sou conhecido da Polícia, sou cigano, sou Suspeito

Ontem, enquanto trocava um pneu da minha carrinha à porta da casa da minha sogra, num bairro social na Figueira da Foz, fui interpelado por dois agentes policiais à paisana que me pediram a identificação e os documentos da carrinha.

Perguntei o porquê desse pedido, e eles “simpaticamente” disseram que não me conheciam, e que como nunca me tinham visto na cidade pediram-me a identificação que dei de seguida. Perguntei aos agentes se era prática fazerem isso com todas as pessoas que chegam de novo à cidade, e se é prática, como é que conseguem checkar no Verão as milhares de pessoas desconhecidas que chegam à cidade!? pois deve ser duro reconhecer quem está de novo ou não!
Os agentes já sem jeito, não me conseguiram responder…
Depreendo que só pedem a identificação aos ciganos, ou aqueles que têm traços físicos ciganos  ou a todos aqueles que são realojados nos bairros sociais.
Esta é a soma das forças policiais:

Cigano+  Negro+ Imigrante + habitante de bairro social= Criminosos

Estas práticas de generalização e de tendência revela a abertura da sociedade para a inclusão de todos aqueles que há muito são forçados a estar na margem da sociedade. Pois convèm que os focos da criminalidade estejam conectados com alguns…
Parabéns Portugal !

Bruno Gonçalves

Nota do Editor: mais um texto do Bruno, mais uma dúzia de comentários se aproximam.  O Bruno continuará com a porta do Aventar aberta e à sua disposição, e os que carregam 500 anos de ódio e inquisição no escasso cérebro continuarão a latir. É a vida, e a democracia também.
JJ Cardoso

As doenças e a pedofilia

o pedófilo é doente como todos, mas doente social e patológico

Palavra definida pela negativa, como convém quando a substância é a dor. Provém da palavra latina dolentia: falta de saúde, ou dolentiae: dor.

Há vários tipos de doença com os quais lutamos imenso para sarar. Há as que saram e há as que matam, há as que nos acama, há as que, passado um tempo, recuperamos do referido mal. Historicamente, há as que eram incuráveis, como o cólico miserere hoje denominado apendicite ou inflamação do apêndice ileocecal. Doença que, até 1940, matava se não fosse operada ou subtraída do corpo antes de infectar os intestinos ou o peritoneu (membrana serosa que cobre as paredes do abdómen = Peritónio). Doença que, actualmente, é simples de curar e ocorre mais entre crianças que entre adultos. Se acontecer uma inflamação do peritónio, a penicilina G é um antibiótico natural derivado de um fungo, o bolor do pão Penicillium chrysogenum (ou P. notatum). Descoberta em 15 de Setembro de 1928, pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming, está disponível como fármaco desde 1941, sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso. A apendicite não é, hoje em dia, uma doença que mate, excepto se não for tratada atempadamente por falta de recursos da família do doente, ou porque não se acredita na pessoa que diz sofrer essas dores. Há outras doenças, urgentes de tratar, que começaram a aparecer por meados do Século passado, como o Alzheimer e o vírus HIV, transmitido por via sexual ou sanguínea, caracterizada pela destruição ou pelo desaparecimento das reacçõesreações imunitárias do organismo (o agente da sida é o retro vírus HIV). A doença caracteriza-se pela destruição de uma [Read more…]

Convite

         

         

           

          

 

 Caros amigos

Foi editado o meu sétimo livro, o meu quarto livro de pintura, e o terceiro deste conjunto de três, com idêntico formato, mas de cores e subtítulos diferentes. “ADÃO CRUZ um gesto de silêncio”. Teve o apoio da Fundação Ilídio Pinho, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e da Ordem dos Médicos. Faremos uma pequena apresentação, o Prof. Doutor Cassiano Abreu Lima e eu próprio, na Ordem dos Médicos, Rua Delfim Maia, 405, Porto, (junto ao jardim de Arca d’ Água), no dia 2 de Outubro (um sábado), pelas 17,30 horas. Como sempre, a vossa honrosa presença é para mim muito importante e um grande motivo de orgulho.

 

Adão Cruz

Foi de metro, o Satanás

Vá de metro, Satanás, proposta publicitária do grande O´Neill, recusada como o entranhar pessoano da Coca Cola, virou realidade.

Num país que se pode orgulhar de ter tido um Presidente que ia de eléctrico para o despacho fica bem a um governante utilizar o metropolitano, nem que seja simbólicamente. Desconhecer o preço do bilhete, e sair pela porta reservada a “lactentes, grávidas e pessoas com mobilidade reduzida” fica bem a José Sócrates, sempre à espreita de uma oportunidade para se afirmar como chico-experto, um pequeno diabrete brincalhão.

O jornalismo está a aproximar-se cada vez mais do momento em que, se desaparecer, ninguém nota

Imperdível a entrevista de José Vítor Malheiros, por ocasião do aniversário do Público Online. O título é manhoso, mas o conteúdo fundamental para entender o jornalismo online em Portugal e arredores.

Gosto sobretudo desta fatia:

Há um conselho do [crítico de media, blogger e professor universitário americano] Jeff Jarvis: “Do what you do best, and link to the rest.” Isto é um bom conselho, mas é uma coisa a que as pessoas reagem muito [negativamente]. Mas mesmo que eu não faça um link, os leitores fazem. E, quando não o faço, eles sabem que não lhes estou a fornecer esse serviço e ainda pensam que estou a esconder algo.

O desejo

(adão cruz)

(Texto de Marcos Cruz)

 O desejo

 Nada expressa com a eloquência do desejo os limites do pensamento, como nada expressa com a eloquência do filho os limites do pai. O desejo nasce atado às expectativas de quem o criou, não podendo o abrir dos seus olhos dar-lhe a ver a liberdade essencial que o constitui. O meu pensamento formula um desejo e atem-se a ele, à sua sorte, prende-se a algo que lhe escapa, a uma magia cujo truque desconhece, ficando a glória ou a revolta do pensador suspensas do cumprimento ou da frustração desse desejo. Até que o pensamento se dilua ele próprio no céu da vida, muitos desejos partirão para lá como seus enviados, não causando surpresa que uns lá não cheguem e outros de lá não voltem. É preciso crer para ver, e crer mais não é do que viver. Crer é amar. O desejo representa a incapacidade, o medo de crescer, a recusa em abrir os olhos da alma. Daí que a expressão “matar o pai” adquira tanto significado na psicologia: matar o pai é justamente matar o desejo a que cada filho nasce agarrado. [Read more…]