Genial:

Tenho uma lágrima no canto do olho

abola_21092010

Agradeço a Bonga ter criado um tema musical que ilustra na perfeição o meu sentimento neste momento. Hoje o jornal oficial do Benfica teve a amabilidade de dedicar um espaço à quinta vitória do FC Porto no campeonato.

Com mais nove pontos que o glorioso na tabela classificativa, o FCP teve direito a uma área importante na maravilhosa primeira página do periódico, que soube mostrar suficiente desportivismo para dedicar uns 10 centímetros ao triunfo na Madeira, ainda assim, e bem, lá bem distante da estrondosa informação dos 16 segundos de posse de bola do Tacuara no derby.

Estou enternecido. Acho que não vou conter as lágrimas.

Ainda assim espero que o jornal oficial não abuse destas situações e amanhã quero saber tudo sobre os mais recentes reforços da equipa de carica em pista coberta do clube da águia.

a amizade é uma relação cultivada

as mãos do Joquer quem toma conta de mim

… para Joker, quem me tem curado…dedico este reedição…

Escrever sobre um sentimento, não precisa citações. A amizade é uma   afeição recíproca entre duas pessoas que cultivam boas relações. É a sinceridade entre essas duas pessoas que sabem partilhar sentimentos e calar. Em uma palavra, é a confiança mútua entre pessoas de qualquer idade que sabem tomar conta uma da outra, sem entrar pela vida privada do outro. É um sentimento de nunca abandonar a pessoa por quem se sente afectividade Os gregos clássico definiam a amizade como Aristóteles Assim como os motivos da Amizade diferem em espécie, também diferem as respectivas formas de afeição e de amizade. Existem três espécies de Amizade, e igual número de motivação do afecto, pois na esfera de cada espécie deve haver afeição mútua mutuamente reconhecida.
Aqueles que têm Amizade desejam o bem do amigo de acordo com o motivo da sua amizade; desse modo, aqueles cujo motivo é a utilidade não têm Amizade realmente um pelo outro, mas apenas na medida em que recebem um bem do outro.
Aqueles cujo motivo é o prazer estão em caso semelhante: isto é, têm Amizade por pessoas de fácil graciosidade, não em virtude de seu carácter, mas porque elas lhes são agradáveis. Assim, aqueles cujo motivo da Amizade é a utilidade amam seus amigos pelo que é bom para si mesmo; aqueles cujo motivo é o prazer o fazem pelo que é prazenteiro a si mesmo; ou seja, não em função daquilo que a pessoa estimada é, mas na medida em que ela é útil ou agradável. Essas Amizades são portanto circunstanciais: pois que o objecto não é amado por ser a pessoa que é, mas pelo que fornece de vantagem ou prazer, conforme o caso. A fonte de esta ideia é o livro Ética a Nicômaco de 333 antes de nossa era, versão francesa de 1992, Presses Pocket, Paris.
Texto que define não apenas uma intimidade entre duas pessoas, bem como o interesse ou despertar a simpatia de outra pessoa sobre nós, e de forma recíproca da outra pessoa sobre nós, que não nos abandona e não espera nada de nós, excepto essa mutua confiança

. Falar de amizade tem muitas palavras para serem usadas, é todo um tratado como os dos filósofos ou o interessante livro de Marguerite Yourcenar:  O tempo, esse grande escultor, de 1994 a primeira edição, 2006, a segunda, publicada por Difel, Paris e Lisboa. Defende a ideia que serve de entrada a este curto texto.

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Peões Mortíferos

A semana passada começou uma campanha com o objectivo de reduzir a morte por atropelamento. Uma das razões apontadas por Carlos Barbosa, presidente do ACP é o facto de que “em portugal há um costume horrivel de atravessar fora das passadeiras”.
A má colocação das próprias passadeiras, como esta que leva a um jardim ou a um estacionamento, não terá certamente nada que ver com isso

Não lhe ocorreu que talvez o facto de quase nenhum automobilista parar para dar passagem aos peões fosse talvez a explicação mais simples para (voltando à frase espantosa do presidente do ACP) “o peão muitas vezes acha-se no direito de atirar-se para as passadeiras e atravessar de qualquer maneira” (ver afirmações na rtp).

Ou então, o facto de por exemplos os semáforos serem só pensado na óptica do automobilista, mesmo que isso obrigue ficar 2 minutos à espera para atravessar uma rua.

Apesar disto, e esquecendo talvez que em portugal também há o hábito horrível de não cumprir limites de velocidade, o presidente do ACP achou que o factor mais importante a destacar para reduzir as mortes por atropelamento é o comportamento sádico dos peões nas passadeiras… será que acha o mesmo em relação aos atropelamentos em semáforos? Será que aí podemos confiar que estando verde para os peões podemos atravessar sem correr o risco de atropelar nenhum carro?

O Diário do Professor Arnaldo (21 de Setembro)

Estou espantado. Na reunião de Departamento de ontem, estiveram 20 minutos – vinte! – a discutir se a aula de recepção aos alunos era numerada ou não no Livro de Ponto. Que devia ser numerada, porque num dia normal iríamos ter aula àquela hora. Que não devia, porque não foi aula mesmo mas apenas recepção aos alunos. Que eu estive na escola, e se não asinar e numerar dizem que não estive. E é nisso que os professores vão ocupando o seu tempo, em vez de o ocuparem no que realmente interessa – os alunos.
Entretanto, começam hoje as aulas de substituição. Uma palhaçada que vai dar muito material, como sempre, para o meu Diário.