"Memórias de Moçambique"


Pintura documental, na qual se retrata as derradeiras décadas da soberania portuguesa em Moçambique: a vida administrativa, económica, familiar, usos e costumes de colonos e populações nativas.
Exposição a ser inaugurada a 11 de Setembro, pelas 16.00h no Palácio dos Aciprestes, Fundação Marquês de Pombal, em Linda-a-Velha
Av. Tomás Ribeiro 16

“Ana Maria (Plácido Castelo Branco Graça Ferreira) nasceu no povoado Errego, sede da circunscrição do Ile, Província da Zambézia, na então colónia portuguesa de Moçambique, a 27 de Abril de 1933. É filha de Arlindo Dias Graça, por sua vez filho de um brasileiro, proprietário, de Ouro Preto (Minas Garrais) e de uma portuguesa de Valadares (Vila Nova de Gaia); a Mãe, Alice Augusta Castelo Branco, nasceu em S. Miguel de Seide (Famalicão) naquela que é hoje a Casa-Museu Camilo Castelo Branco sendo, por esta via, bisneta de Camilo Castelo Branco e de Ana Plácido. O Pai, funcionário administrativo, era um curioso amante das artes e na família materna há vários artistas amadores, quer de Pintura, quer de Escultura.
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A paz num abrir e fechar de olhos

(Era assim, há uns anos, quando Marcos Cruz escreveu este texto)

Há um antes e um depois do respirar fundo assim que se chega ao cais de embarque para a Afurada. Podem o dia ou a noite, dependendo dos casos, ter sido cansativos, frustrantes ou até deprimentes, que ali, massajada pelo bater de asas das pombas, pela bricolage sonora das tainhas nas águas marginais (como elas), pela placidez distante da povoação em frente e pela milagrosa frescura de toda aquela velhice, uma pessoa esvazia-se de tudo. Sobretudo de si. [Read more…]

Holly Wood vai ser executado amanhã

 A sala de execução do Alabama
 

O norte-americano Holly Wood  vai ser executado amanhã, 9 de Setembro,  no Alabama, acusado de ter assassinado a antiga namorada.

Cidadão negro de 50 anos, apresenta uma idade mental de 8 anos, equivalente a uma criança da 3.ª classe. O seu QI é de 59, sendo que o Estado do Alabama estabelece que o detentor de um QI abaixo de 70 tem funções intelectuais muito limitadas. Ou seja, é o seu caso. De resto, passou toda a sua escolaridade em turmas de Ensino Especial.

Na altura do julgamento, em 1994, foi defendido por um advogado oficioso que tinha 4 meses de experiência e que, como é óbvio, nunca tinha trabalhado num caso de pena de morte. A lei do Alabama, saliente-se, obriga a que um possível condenado à morte seja defendido por um advogado com 5 anos de experiência.

A um júri constituído por 12 cidadãos, dez brancos e dois negros, bastou uma hora para condenar Holly Wood à morte. Os dez jurados brancos votaram a favor, os dois jurados negros votaram contra.  Durante a selecção do júri, vários negros foram convenientemente afastados.

Para Holly Wood, não houve manifestações nem histriónicas vozes de protesto, a não ser do embaixador da União Europeia em Washington, João Vaz de Almeida.

 É porque são a favor. E é por isso que ele vai ser executado amanhã.

O Professor Oceano e o menino Carlinhos

O Professor Oceano mostra como faz um homem, quando o é, para manter a honra e o prestígio intactos. O menino Carlinhos mostra como um menino, quando o é, quanto mais insiste em lavar a sua honra mais se desonra, queimando e sujando tudo à sua volta. As crianças, quando se julgam o Super-homem e o Homem-aranha, acreditam mesmo. E na luta contra os “maus” vale tudo, até prejudicar os interesses do tal, noutras ocasiões tão propalado e sacrossanto, colectivo (a dita equipa de todos nós, como poeticamente alardeiam quando as coisas correm bem).

É assim que o PSD quer ser alternativa de governo?

O deputado do PSD, Bacelar Gouveia, rebelou-se. Incompatibilizado com Paulo Teixeira Pinto (PTP), que preside à comissão do projecto de revisão constitucional ‘laranja’, o demissionário acusa o citado presidente de prepotência e falta de respeito pelos pareceres de terceiros. Em particular, de manipulação da informação veiculada por PTP para Pedros Passos Coelho (PPC).

Seguidor de ideais afastados do republicanismo e da social-democracia, Paulo Teixeira Pinto era a pior escolha que Pedro Passos Coelho poderia ter feito para tamanha tarefa. E a história das divergências na comissão já vêm do passado, como então destacámos no ‘Aventar’.

Por muito que Miguel Relvas – o Vitalino Canas do PSD – queira disfarçar as divergências em matéria tão séria como o projecto do texto constitucional, são cada vez mais evidentes as dificuldades e incapacidades do PSD quanto à concepção desse projecto. Alegam ainda por cima ser vital para o país. Com estas demonstrações de inabilidade, a verdade é que pouco ou nada distingue PSD do PS de Sócrates. E queiram ou não, ambos estão condenados pela UE a entender-se sobre o OGE. Façam o ruído que quiserem. É folclore.

Tudo isto e muito mais me faz acreditar tanto no PSD como no PS; ou seja, rigorosamente nada.      

Os motivos para desconfiar de ambos são inúmeros e eloquentes. Desde há 34 anos, quando se iniciou a saga do ‘bloco central’, em alternância ou coligada, assisti ao desmantelamento cavaquista da indústria – tarefa delegada no comissário Mira Amaral – da agricultura e das pescas; depois, ao esbanjar guterrista de avultadas somas de fundos europeus na continuação de incessantes obras de estradas, de auto-estradas e de outras faraónicas; Guterres acabou por se refugiar na ONU; veio o Barroso que, logo que teve oportunidade, também fugiu do pântano, a caminho da fama e do proveito pessoal (o país que se lixe!); tivemos o interlúdio santanista e, finalmente, viemos parar à governação de Sócrates, com o desfile das políticas desastrosas, que sofremos no dia-a-dia.

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As melhores frases de José Sócrates (VI)

Arranque do ano lectivo – a confusão continua (ou contínua)…


O dia de hoje (8 de Setembro de 2010) é assinalado pelo Governo com o arranque do ano lectivo.
Ninguém estranha que o Primeiro Ministro apareça num centro escolar novo cheio de MG2 – a versão mais recente do Magalhães. É parte da herança Maria de Lurdes que continua bem presente quer pela presença do Sr. Secretário de Estado, Doutorando em Sociologia no ISCTE, quer pela ausência da Srª Ministra Maria Vilar.
A agenda educativa tem sido muito marcada pelas questões em torno da carreira dos professores e sobre essa será significativo dizer que desde 2004… nunca mais fui objecto de qualquer tipo de avaliação – Sócrates tomou posse em 2005 e até agora… zero! [Read more…]

o crescimento das crianças-6ªparte-II-indigenismo

ritual Mapuche, praticado pelos Picunche,para a sua defessa dos Huinca Chilenos

Nguillatun – Ceremonia religiosa

Capitalismo agrário, subdesenvolvimento agrário: imdigenismo

Talvez, podia pensar como Jack Goody fez para a Ghana em 1963, quando pertencia ao Partido do Povo que libertou a Ghana do colonialismo inglês. Quando tentou entender a situação do País com os conceitos ocidentais de Feudalismo e escreve o seu texto Feudalism In Africa? que depois passa a ser o livro de l971, Technology, tradition and the State In Africa, onde tenta perceber a continuidade política que for capaz de guardar a continuidade entre gerações que vivem uma diferente experiência. Mas a sua reflexão, que continua em Production and Reproduction, 1976, não ajuda ao País que é iletrado e que tem as suas próprias continuidades e descontinuidades, que faz estalar a guerra., que tem as suas próprias literacias em signos não escritos, entendidos por eles e não multilingues. Essas guerras já vividas pelos Picunche e Espanhóis, pelos Galegos nos séculos dezanove e vinte. Pelos portugueses, nos mesmos séculos, até acabarem Espanha e Portugal em vias pacíficas para a igualdade subsumida ao capital. E o Chile, numa desigualdade esfomeada também pelo capital subdesenvolvido. O crescimento das crianças de hoje, é fundamentalmente diferente ao crescimento de ontem. O de ontem, tinha um objectivo centralizador da actividade familiar, o obter a terra por meios para todos iguais. Os de ontem, são criados no derrube de um sistema da aristocracia, que eles têm que reconstruir outra vez na base da sua própria força. Os de hoje, têm um objectivo igual, mas que dispersa e tira do elo estruturador antigo, a propriedade rural. O capital é o objectivo individual e autónomo. Como diz o Presidente do Sindicato de Agricultores da Extensão Agrária Galega, há muita gente no campo e é preciso limpar e redistribui-los pelas outras tarefas, encher as cidades e as habilitações, as industrias e a poupança. Fazer de cada um, uma força empresarial. Que já existe na sua mentalidade. Embora Victoria, Pilar e Anabela continuem na ideologia ocidental cristã, esta ideologia não é outra que a que se adapta à

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A expectativa dos grandes para o futuro dos miúdos

“O que queres ser quando fores grande?”

A pergunta adivinhava-se a todo o instante. Os adultos têm destas coisas, uma vontade tremenda de saber o que a miudagem quer ser quando ‘for grande’. Os petizes é que não estão para essas coisas, querem é que os deixem em liberdade. O que querem ser quando forem grandes não faz parte da ementa nestes dias de pouca responsabilidade.

Mas exigia-se a resposta. Os enormes olhos dos grandes aguardavam, em expectativa muda. “Mecânico de automóveis”. A resposta foi dada em instantes, quase sem pensar. Não queria nada ser mecânico de automóveis, mas tinha ouvido uma conversa onde alguém, um outro grande, disse que era profissão um pouco suja mas segura e com rendimentos garantido.

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O sucessor de Ricardo


Mais meia dúzia destas e Eduardo estará pronto para fazer publicidade à Avibom.