Avaliação dos professores não é o único problema

Face à decisão do Tribunal Constitucional, o eleitoralismo falará ainda mais alto que o costume e o PSD já acorreu a prometer a revogação. Não me parece nada descabido que os professores pressionem, até dia 5 de Junho, os partidos, obrigando-os a assumir compromissos e concordo com o Paulo Guinote: não há que ter medo de sermos acusados de corporativismo.

O discurso simplório dos políticos atribui um valor completamente negativo às corporações (não por acaso, o blogue oficial clandestino do poder dito socialista tem o nome que tem). No entanto, o corporativismo é uma espécie de instinto de sobrevivência das classes profissionais: a perversão estará sempre no seu excesso ou na sua ausência.

De qualquer modo, é importante relembrar que a avaliação dos professores é um dos muitos problemas da Educação. Num país com um défice cívico que tem levado a população a alhear-se de tudo o que vá para além dos erros de arbitragem no futebol, num país tão desgovernado, tão longe de qualquer planeamento mínimo, a corporação docente deveria saber explicar à população quais são os problemas da Educação.

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